Sabe quando nos pegamos pensando no... Artur Figueiredo Marchiori

Sabe quando nos pegamos pensando no impossível? Quando nos damos conta de simplesmente estar fantasiando nossa realidade, a procura de se sentir melhor, de poder encontrar uma maneira apenas de nos fazer mais felizes? É quando percebemos que nada na vida faz mais sentido, e que tudo que se precisa é uma maneira de se encontrar, se identificar, se valorizar, ou até mesmo, apenas existir.. Ou se basear em alguém que você tem a certeza que te faria tudo isso, simplesmente por estar alí, ao seu lado, o que mais uma vez, traz a questão do impossível e da fantasia. Mas é claro, você se acha forte o bastante para resistir, e diz para si mesmo que suas escolhas estão sendo tomadas por você, para você e para seu futuro, quando na verdade, não passa de uma tentativa (em vão) de transformar esta tal fértil imaginação numa realidade profunda e intensa.. Mas no fundo, você sabe que utilizar dessa fantasia, é meramente uma maneira de tentar estar próximo de algo que nunca existirá. Você se perde em meio a tantas coisas que se passam pela cabeça, e não consegue mais distinguir o certo do errado, ou no mínimo, a coisa mais sensata a se fazer.. A partir daí, o vazio em seu interior só tende a crescer, tanto na cabeça quanto no coração. Não sou idiota a ponto de matar a angustia a meios de vícios prejudiciais ao meu corpo, mas sou o bastante para não resistir, me entregar e ainda sim querer acreditar, e fazer de minha vivência um completo conjunto de momentos, que ao se juntarem, não contam ao menos um trecho de um final feliz, mas tem muito a dizer. Eu sei como é indispensável a felicidade, já ouvi dizer que sou amargo, frio, tanto quanto já me senti amargo e frio, mas esta casca de aparência apenas esconde o verdadeiro interior, como um vulcão, prestes a explodir, por fora, uma bela montanha, por dentro, o fogo que consome toda e qualquer substancia, ou sentimentos, que seja, que apareça em sua frente. E é neste momento que você percebe, ele irá explodir.. a fumaça denuncia, o olhar entrega.. Os abalos geográficos assustam como os sentimentos amedrontam.. Mas enfim ele entra em erupção, e se desmancha, derretendo tudo por onde passa. Mas é só se explodindo, que seu interior se acalma, enfim, o descanso, se transforma, se reinventa, com gramas ao redor, e belas flores a nascer de sua grande inovação.