É estranho, o modo pelo qual meus olhos... Poeta Urbano - 020613

É estranho, o modo pelo qual meus olhos procuram os teus...


Num infinito jogo de tentar ver, o que já não existe

Um jogo morto, de tentar ver o brilho do amor

Que nunca neles existiu...


É estranho o modo pelo qual teus olhos procuram os meus...


Num finito jogo de querer ver o que sempre, e nunca deixou de existir

Um jogo vivo de ver o brilho do amor

Que sempre neles existiu...



É confuso ver este jogo de gato e rato

Um buscar de olhos que se completam

Em uma falta, e em excesso...



Um jogo disléxico de olhares que na vida se afastam

Mas, no mundo dos sonhos impossíveis... Procuram-se... Completam-se...



Um silêncio, onde já não existe a palavra falada

Só há, olhares que se completam

E falam no tom de voz da alma...



Nada mais do que isso

Olhos nos olhos

Sem escudos

Sem orgulhos e brios

Apenas olhos e almas



É assim que você vem a mim

É assim que vou até você

Um jogo de falsos flertes

Onde não há vencedores

Apenas dois derrotados

que desistiram de amar...