Queria dizer pra ele o quanto gostei... Carolline Vieira

Queria dizer pra ele o quanto gostei daquela noite, mesmo que não tivesse acontecido nada demais. Aliás, nada demais em termos. Não sei o que as pessoas esperam de um encontro ou uma saída dessas pra jogar conversa fora, só sei que pra mim foi o suficiente pra querer repetir a dose. Me encanta essa coisa da simplicidade. Tinha tudo pra ser uma noite legal, mas foi mais que isso. Uma noite leve, com conversas intermináveis onde nem de longe se notava o tempo passar. Um misto de risadas, descobertas, empatia. Um daqueles dias que eu poderia passar horas e mais horas ali, sem fazer o menor esforço, só pelo prazer da companhia. Sem segundas intenções ou tentativas de qualquer coisa senão um papo bom. Não sei dizer ao certo se houve interesse das duas partes, e pra ser sincera, não me preocupo. Quando converso sobre esses assuntos com algumas amigas, a maioria chega entusiasmada contando mínimos detalhes, e acaba se irritando quando o cara não tenta se “aproximar” ou demonstrar certo interesse. Se sentem rejeitadas. Eu não. Enxergo e penso diferente. Acredito que o fato do cara não ter tentado nada talvez seja motivo de sorte. Ter como intenção te conhecer, saber da sua história, saber seus gostos, pra mim vale muito mais do que alguém que te chama pra sair pra te dar uns beijos e cair fora. Sem essa de criar expectativas. Vamos deixar a vida surpreender? O segredo é deixar as coisas acontecerem. E vou te falar, elas acontecem. Acontecem quando têm que acontecer, com quem tiver que acontecer, se tiver que acontecer. Pra que forçar a barra? O jeito é esperar pra ver.