A oração é vista como um mecanismo... Dr. Martyn Lloyd-Jones

A oração é vista como um mecanismo destinado a produzir certos resultados. Temos necessidade de algo, e acreditamos que tudo o que temos que fazer é pedir isso e pedir que Deus no-lo conceda. Não paramos para pensar em como devemos aproximar-nos de Deus, e se temos algum direito de fazê-lo. A idéia de cultuar a Deus e adorá-Lo nem aparece. Não consideramos as nossas respectivas situações nem nos lembramos de que Ele é "o alto e sublime, que habita na eternidade" (Isaías 57:15) e que nós somos totalmente pecadores - sendo que a nossa própria bondade e justiçanão passa de "trapos de imundícia" (Isaías 64:6) em Sua presença. Não nos ocorre ouvir Deus e esperarem Sua presença. Deus é apenas uma agência à qual podemos recorrer quando desejamos, e cuja única função é atender os nossos pedidos. Quando comparamos as nossas orações com as que vemos registradas na Bíblia, dos lábios de Moisés, Daniel, Isaías e dos apóstolos, e principalmente quando observamos a ordem e o lugar dados às petições propriamente ditas na oração modelo ensinada aos discípulos pelo nosso Senhor, não nos ficaria claro que temos a tendência de deixar fora o que é mais importante e primário, e de concentrar-nos somente em petições e na gratificação dos nossos desejos pessoais, egoísticos? É por isso que, naturalmente, a vida de oração de muitos é espasmódica e movida por caprichos,em tempos normais, e s torna urgente e regularsó na épocade desesperadora ansiedade.