Definitivamente, não conhecemos... Laila Monteiro

Definitivamente, não conhecemos ninguém.

Podemos passar anos convivendo ao lado daquela pessoa, mas chegará um momento que ela irá nos surpreender.

Pode ser uma boa quanto uma má surpresa.

Pode ser num gesto, numa palavra ou até mesmo na falta dela...

Às vezes achamos que quem amamos nunca nos decepcionará, mas decepcionam.

Ficamos surpresos quando alguém que achávamos que iria nos magoar nos acolhe.

A vida é cheia de incertezas.

Mas se pararmos para refletir, nós podemos evitar tais situações se começarmos a entender a particularidade do outro.

Não podemos criar a personalidade alheia!

Precisamos entender que o ser humano está sujeito a erros, e que uma hora não atenderá as nossas expectativas.

Ninguém vem ao mundo pra atender a expectativa do outro.

Somos seres individuais, cheios de manias, costumes, vontades, projetos, objetivos...

E não é obrigação do outro aceitar nosso modo de viver a vida, mas sim de respeitar nossas escolhas.

Se pensarmos desse jeito tudo será mais fácil, a convivência com o outro e até mesmo o fato de entendermos a nós mesmo e qual o nosso papel no mundo ficará melhor.

Então de que adianta ficar chateado por alguém ter nos magoado, ou ter feito com que nossa confiança tenha sido abalada, ou até mesmo de duvidar da sua lealdade?

Não adianta de nada.

Todos encerram em si um universo único, a sua própria natureza.

O que pensamos, fazemos, sentimos, nenhum outro irá pensar, fazer ou sentir.

É preciso conviver com as diferenças, sem criar expectativa a respeito do outro.

Analisar sempre os fatos e perceber que tudo tem três lados! Esse deveria ser nosso primeiro ato na construção de sentimentos e laços de afetividade.

Não importa quem seja, alguém sempre irá nos surpreender.

Precisamos acima de tudo: respeitar a singularidade de cada indivíduo, sempre.

Só assim viveremos bem conosco e com a sociedade de modo geral.

Buscando o bem maior: a FELICIDADE.