Fonte da Juventude
Anteontem
me embriaguei de realidade
e - frágil -
acordei para mim
com uma forte ressaca
ontem
senti saudade de mim
daquela ternura do meu olhar e daquela doçura do meu sonhar
daquela minha coragem timida e daquela minha timidez corajosa
daquela minha bondade inata e daquele meu querer acreditar no mundo
daquela minha sensibilidade estupida e daquele meu chorar por tudo
hoje
depois da ressaca terrivel
acordei de novo em mim
naquele mim
que agora
acredita somente em mim.
As vezes não é bom ter medo de ter medo, só assim não terei medo de fazer o bem aos que fazem mal, por medo de ser bom.
EU NÃO SOU OBRIGADA!
Eu posso ser muitas coisas, mas se tem algo que eu não sou, é obrigada. Pelo menos, não mais! Cansei de satisfazer as vontades dos outros e me deixar em segundo plano. Já chega de criar tantas expectativas e dar o meu máximo para quem não merece o meu mínimo.
Eu não sou obrigada a fingir que está tudo bem quando não está, nem muito menos sou obrigada a disfarçar a minha felicidade. Eu não consigo entender essas pessoas que agem como se o mundo girasse ao redor delas… mas eu não sou obrigada a conviver com o egoísmo alheio. Eu quero sentimentos intensos, relações leves e palavras sinceras, porque eu sou verdade o tempo todo.
Erros do passado são lições para refletir, não para repetir. Muito obrigada, mas eu não sou obrigada a tolerar um relacionamento de migalhas, nem a inveja de pessoas que dizem querer o meu bem. Não vou mais deixar meus planos para depois, eu decidi que vou viver os meus sonhos a partir de agora. Não aceito mais essa energia negativa em cima de mim, eu vou sorrir todos os sorrisos que eu tenho direito.
Não sou obrigada a conviver com o recalque, com a hipocrisia. Também não vou mais insistir em ajudar pessoas que, na verdade, não querem ajuda. Vou manter o foco em mim! Não, não me tornei mais uma egoísta, pelo contrário, mas estou aprendendo que o amor próprio faz bem pra cabeça, pra alma e pro coração. Portanto nem perca tempo testando a minha paciência, ou tentando me segurar. Eu fui ser feliz e não volto. Sem medo de recomeçar, a vida é linda e curta demais para perder tempo com sentimentos e pessoas que te puxam para trás.
Eu tenho muito amor dentro de mim, e vou dividir com quem merece, a começar por mim mesma. A partir do momento que você sabe qual é o seu valor, não existe espaço para quem não te valoriza. Estou me livrando de tudo que não me faz bem, o que não for meu, que o tempo leve… hoje eu só dou lugar àquilo que for para somar.
Texto de Milene da Mata
Onde o sonho não é possível,
começa o território do vazio,
o oco do ser, o chão do nada,
a despercepção e a desmemória.
O espaço do passado
cresce a cada instante
pelos aluviões do presente;
Mas o espaço do presente
é sempre o mesmo.
O que é um borrão
senão uma forma sem nome.
Não tem certidão geométrica.
É uma forma sem forma.
Um transgressor chamado amorfo.
Mas, acontece que a vida
é cheia de borrões
e não dos entes geométricos,
que o homem inventou.
Com qual medida medimos
o homem que tudo mede?
Que metro que não o homem
pode medir o além do humano?
Que metro pode medir
o infinito e a eternidade?
Qual a medida da alma?
Em que espaço e em que tempo
a alma é encontrada?
Como morre o que não é
capaz de ser mensurado?
Como nasce o que não é
feito de matéria e tempo?
Mas, o que faz esse corpo
pensar que é alma imortal?
Se afago a madeira,
afago a árvore.
A floresta persiste
em cada móvel.
Mesas, cadeiras e armários
são árvores amnésicas.
A cidade cresce para cima:
faz fronteira com o nada,
porque nada existe além
do último andar.
A cidade cresce para cima,
em edifícios cada vez mais altos:
aumenta seus subúrbios verticais.
Quarto de hotel é promíscuo.
Por mais que seja limpo
por zelosas faxineiras,
permanece sempre o cisco
de emoções e pensamentos
de seus hóspedes fugazes,
nos lençóis, nos travesseiros,
nas fronhas, mesmo lavados,
diligentemente trocados,
no chão e no guarda-roupa,
na cama e nas cadeiras.
Nos cabides pendurados
problemas ali deixados
e também mágoas dormidas
fedendo nos cobertores.
Misto de sonho e carne,
somos carne que sonha
ou sonho que se fez carne?
O sono é que nos divide
em dois seres paralelos.
Qual deles é o ser real?
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