Flores e Espinhos
Um jardineiro corta os espinhos para fazer nascer as flores e assim, ensina-nos a persistência e dedicação necessárias para construir uma vida plena.
Na vida, o jardineiro corta os espinhos para permitir que as flores desabrochem, assim também devemos superar as dificuldades para alcançar uma vida plena e repleta de realizações.
- Espinhos e flores -
Te quero rosa celestial,
Margarida vital,
Do ocaso irreal.
Amo-te puro lírio,
Essência de meu delírio,
Espinho do meu martírio.
Por que poeta,
Por esta flor te encantastes,
Não sabes que com espinhos,
Ela pode perfurar-te.
Mulheres
Mulheres são lindas flores, mas cheia de espinhos contra a maldade.
Mulheres querem proteção, mas subestimam sua capacidade.
Mulheres são fracas, mas não medem esforços para lutar.
Mulheres são agredidas, mas fazem justiça ao denunciar.
Mulheres são recatadas, mas seus direitos defenderão.
Mulheres são fortes no esporte, mas imbatíveis contra a discriminação.
Mulheres são medrosas, mas com coragem combatem a violência.
Mulheres são guerreiras e lutam como soldados por sobrevivência.
Mulheres não sabem que têm nas mãos o poder.
Mulheres são capazes e batalham para vencer.
Mulheres se deixam seduzir, mas tem o poder da sedução.
Mulheres são intensas, têm amor e têm paixão.
Mulheres são como são, viúvas, solteiras, casadas.
Mulheres merecem respeito, ser feliz e ser amadas.
Mulheres são mães, de fato, de direito, de sangue, de coração.
Mulheres são imperfeitas, mas o dom de gerar a vida, isso sim é perfeição.
Mulheres são parceiras, no lar, no lazer, no sustento, no prazer.
Mulheres são humanas, capazes de chorar, sentir, amar e sofrer.
Mulheres são apagadas, mas guardadas na memória.
Mulheres deixaram de ser vítimas, para escrever a própria história.
Flores e espinhos
As vezes me convenço de que quero algo,
mas outras vezes penso que não mereço.
Pois, será que tudo que queremos merecemos?
ou merecemos tudo o que queremos?
A vida é merecimento? Que confusão!
As vezes sinto que ganho sem merecer,
outras sinto não merecer e ganho mesmo assim, boas coisas e coisas ruins...
Merecidas?
Destinos malditos e confusos
rogo por boas coisas que não sejam merecidas, pois o que mereço prefiro não merecer!
A vida é como uma roseira, nem sempre são flores, as vezes são espinhos, temos que ter maturidade para não deixar o machucado dos espinhos suprimir a belezas e o perfume das flores.
Para alguns o caminho é feito de flores, outros de espinhos e pedras, o meu construo em linhas e paginas.
Somos mulheres
Somos das flores o perfume
A suavidade das pétalas
Dos espinhos a força
Nos jardins as cores
Somos belas, deusas ou rainhas
O mistério do encanto
Da intuição a verdade
Que guardamos no olhar
Somos emoções e lágrimas
O sorriso que guardamos
Para doar sempre que precisar.
Somos intensidade
Não tememos os obstáculos
Contornamos e seguimos
Sem perder a esperança.
Somos apaixonadas pela vida
Carregadas de sonhos
Lutas e conquistas
Não desistimos nunca.
Somos a força, a garra
A transformação, a conquista
Vamos longe, muito longe
Sem medo das batalhas.
Somos a plenitude
Que espelha da nossa alma
A essência, a verdade
Somos mulheres!
As vezes é só questão de equilíbrio... Não é só flores, há espinhos também, não é só felicidades, há tristezas também. Não devemos baixar a cabeça sempre que acontece algo que nos deixa mal. Temos que ser fortes, ficar de pé, prosseguir sem medo. Seja você mesmo seu próprio herói.
MINHA FERA
Às vezes eu sou só fera
Espinhos ou solidão.
Noutras, posso ser flores
Leveza e compaixão
Se sou fera ou espinhos!
É porque nesse universo de feras
O indivíduo carece fera ser também
Nesse emaranhado de dúvidas
Que se chama compreensão
Plantar flores exige paciência, mas também saber que, no caminho, espinhos podem surgir; a verdadeira garantia está em colher os frutos
com sabedoria.
Entre pétalas e espinhos, teu nome dança:
Flores que brilham na glória, flores que murcham na derrota.
Na alegria, no luto, no sussurro da vingança…
Mistérios se escondem nas raízes do tempo.
Quem és tu, Dona Flor?
A cicatriz da morte ou o perfume da vida?
Sob a superfície calma, os segredos fervem —
são atos imensos em silêncio,
são mapas de luz e ruína.
Teu véu é feito de paradoxos:
nasces do mesmo solo que consome.
És a guerra e o refúgio,
o fim que se disfarça de início.
Dona Flor:
na tua mão, um jardim de perguntas.
O que plantaremos hoje —
a semente ou o adeus?