Florbela Espanca Saudades
A Vida e a Morte
O que é a vida e a morte
Aquela infernal inimiga
A vida é o sorriso
E a morte da vida a guarida.
A morte tem os desgostos
A vida tem os felizes
A cova tem as tristezas
A vida tem as raízes
A vida e a morte são
O sorriso lisonjeiro
E o amor tem o navio
E o navio o marinheiro
O mundo quer-me mal porque ninguém tem asas como eu tenho. Porque meu reino fica para além... Porque eu sou eu e porque eu sou alguém!
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Não me venha com saudades. É o sentimento de quem se apega ao físico e ao tátil. Quando não se tem mais o tangível, o "tocável", a gente sente saudade. Ingenuidade. Eu não sinto saudade, pois me apego a histórias, ações e a fisionomias. E não tem como sentir saudade dessas coisas. Eu levo tudo isso comigo. Pra sempre. Acomodo minha cabeça em qualquer travesseiro e fecho os olhos. O interior de minhas pálpebras me serve como tela para projetar tudo isso, sempre que eu sentir falta de você.
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades… Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei… Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser… Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro… Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser… Sinto saudades de quem me deixou, e de quem eu deixei. Sinto saudades dos que se foram, e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre! Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter.
Nota: Embora a autoria seja normalmente atribuída a Clarice Lispector, na verdade o texto original se trata de um híbrido, que combina elementos e excertos de Antônio Carlos Affonso dos Santos com outros, escritos por um autor desconhecido.
...MaisA lua está cheia
Os sagitarianos estão inquietos
Procuram o encontro que não acontece,
No Bar que acolhe os discretos e os indiferentes
A lua está cheia
Mas os lobisomens não são mais os mesmos
As mulheres muito brancas não existem mais
Perderam-se em meio ao trânsito das metrópoles
Os sagitarianos estão inquietos,
Na noite de lua cheia,
no Bar do bairro de classe média,
No anonimato das mesas que não se comunicam
A lua está cheia, mas o Bar está no fim
Talvez alguém de outro signo apareça
Mas, o mapa astral diz que o dia não é hoje.
Se eu tivesse o dom de ser aquilo que eu gostaria sabe o que eu seria? Um lápis ou uma borracha!!! A borracha seria para apagar tudo que lhe causasse tristeza ou um lápis para desenhar os contornos de teu SORRISO ILUMINADO todos os dias...
AFINIDADES
[Para a poetisa Florbela Espanca]
Eras a flor... de todas a mais bela!
A poetisa sem sorte e em tua dor,
Viveste toda uma vida sem amor.
Triste e bela, teu nome era Florbela!
Mostraste ao mundo a tua solidão.
Tua mágoa, em lágrimas naufragava,
Teus sonetos, com lirismo encantava.
Só tu sabias como sofria teu coração.
Em tua alma de pássaro encantado,
Vejo muito do que sinto, me espanta
Coisas minhas escritas em tuas linhas.
O amor por ti almejado e sonhado
Em versos declamado me encanta.
- Que afinidades comigo tu tinhas!
Verluci Almeida
080407
Florbela Espanca
Florbela Espanca
Minha poetisa predileta,
Florbela Espanca.
Como pode uma poetisa que espanca,
Uma Flor que Espanca?
A Flor espanca não com o açoite,
Espanca escancarando a noite que habita as almas.
Chicoteia com lindas palavras,
Com o apelo de palavras duras.
Deve ter sofrido a bela Flor,
Quem exercita esse ofício sabe o quanto ele dói,
Mexe com sentimentos profundos,
Nobres,
Vagabundos.
A Bela Flor escancara sua dor,
Rasga seu amargor,
Capta a nossa simpatia,
Quem diria?
Florbela Espanca,
Florbela esperança,
Florbela portuguesa,
Florbela poderia ser da França.
No Túmulo de Florbela Espanca -
Caminhando pelo chão dos meus cansaços
encontrei em cada esquina solidão,
na rua, vi tristeza e cada passo
me lembrava a amargura de outro coração.
Vila viçosa, como um campo de trigais,
triste, nocturno, sem chama ...
Pelas ruas, mil suspiros, tantos ais,
me lembravam, ao passar, Florbela Espanca!
Entrei no cemitério, fui além,
cheguei onde outros não chegaram,
pelo espaço, só os mortos, mais ninguém.
Mas no meio deles alguem sorria ...
De entre todos os que um dia sepultaram,
Florbela Espanca 'inda vivia!
(No cemitério de Vila viçosa
junto ao túmulo de Florbela Espanca.)
( 017 )
COMPARAÇÃO -
Entre Florbela Espanca e Jenário de Fátima
Graciley Vieira Alves
Um dia ao comparar-te com Florbela
De leve, enfim, mais pude perceber
Poesias que falavam dentro dela
Vi... sintonia clara com você!
Os mesmos sentimentos, tão avulsos
Os quase, mesmos versos espalhados
Qual doce declinar, tão orvalhados
Das gotas de luar sobre os arbustos
Qual mão que se coloca sobre a outra
Qual pouso de uma ave que se aninha
Num toque em timidez como um Sol posto
E quanto mais, teus versos eu relia
Fechando meu olhar me convencia
Ver nela o mesmo ser, em outro rosto!
Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...
Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...
Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Nota: Apesar de muitas vezes ser atribuído a Vinicius de Moraes e Fernando Pessoa, trata-se de uma adaptação de "Eram nossos amigos", cuja autoria é de Almany Falcão.
...MaisHoje senti sua falta, como sempre sinto.
Senti saudades de mim, saudades de você,
saudades de nós, saudades da minha felicidade,
do seu sorriso, do seu viver.
Hoje mais do que nunca senti sua falta.
Falta dos teus olhos,
falta dos meus olhos nos seus.
Falta do seu olhar,
falta da alegria no meu olhar.
Hoje senti que preciso de você,
senti sua falta. Falta de ouvir "amor meu",
falta de ser o amor seu.
Falta de
ter com quem falar,
falta de ter você comigo!
Sinto saudades, saudades de você.
Saudades do seu carinho...
Saudades da sua certeza...
Saudades da menina, da mulher.
Saudades de você, amor meu...
Senti falta de ouvir que sou o amor seu...
Hoje senti sua falta, como sempre sinto...
Saudade de você, meu anjo
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