Fio
Hoje você não me saiu do pensamento
E como se algo tivesse acontecendo, talvez o fio que nos unia se encerrou
Lembro dos risos no carro as músicas cantadas mesmo que desafinadas
Lembro dos primeiros telefonemas apaixonados
Das juras que nunca se cumpriram
Das lágrimas que derramei
Lembro do meu sorriso que se mistura com as lágrimas de sua frieza, indiferença, enganos, mentiras e traições
Lembro do seus poucos sorrisos a mim e na sinceridade que vinha por trás, por trás de uma muralha que lhe foi imposta pela vida dura, pelas palavras duras que ouviu e aprendeu a romantizar
Lembro da esperança que eu depositei na certeza que ainda tenho, do quão grande você é mas, esconde e escondeu da pessoa que mais te amou
Hoje meu peito tá pesado, o sono não vem, as lágrimas rolam, e a saudade de tudo que sonhei e não realizei porque você simplesmente não quis.
Penso com tristeza nos anos que te dei, lamento o fato de não ter me visto, como eu sempre fui a você.
Sempre o amei, e a saudade de poder o amar, a saudade desse amor verdadeiro me correu, porque sei que jamais amei assim, jamais imaginei ser capaz de amar e hoje, 1 ano 3 meses e 13 dias depois, ainda dói…
Por que não pudemos ser feliz?
A dúvida que ainda me bate… a certeza de que a distância foi e é melhor que a solidão q dois que vivi anos ao seu lado é melhor.
Quero que estejas feliz, embora me corte a alma saber que não está ao meu lado, que os planos que sonhei e que não te cabia não serão ao meu lado.
Eu era tão simples de se ler, de ser e de se viver.. mas é assim… e não pude fazer e só me restou a dor de te ver indo todas as vezes até eu ter forças para dizer chega…
Que Deus te dê o abraço que hoje não posso dar, que ele te faça sorrir como hoje não sou capaz, que ele me ajude a esquecer o que hoje não sou capaz… se soltar esse sentimento que um dia me fez acreditar tanto em mim, que até acreditei que poderia ser feliz…eu me vejo em você embora eu não esteja nos seus olhos… sei que aí dentro, existe uma pessoa que tem sonhos e apesar de tudo é capaz de amar..
Às vezes, quando olho para o céu estrelado, não posso deixar de pensar naquele fio invisível que nos conecta, aquele elo que nos une mesmo quando estamos separados. A saudade aperta meu coração, mas também alimenta meu desejo de estar ao seu lado novamente. Eu guardo a esperança de que, como os fios do destino, nosso caminho se entrelace novamente, trazendo-nos de volta um para o outro.
Às vezes, em momentos de quietude, sinto como se um fio delicado e invisível me puxasse em direção a um destino que ainda não consigo ver claramente, mas que sei que é verdadeiramente significativo. É como se houvesse um elo sutil, tecido não de fios, mas de memórias e promessas, que me liga a você. Mesmo separados pela distância e pelo tempo, esse fio nos mantém unidos, uma doce lembrança de que, não importa onde estejamos, fazemos parte de uma mesma trama.
Sinto saudades, não apenas das palavras e risos compartilhados, mas também da tranquila certeza de estar ao seu lado. Há um desejo persistente, um anseio que o tempo não consegue apagar, de encontrar novamente o calor da sua presença, de entrelaçar novamente nossas vidas de forma que só a verdadeira conexão permite. Essa esperança, alimentada pelo fio vermelho do destino, é o que me guia através dos dias de espera.
Creio firmemente que, como as almas predestinadas das histórias antigas, nosso reencontro está traçado nas estrelas. Esse fio, que nem a distância, nem as adversidades conseguem romper, me faz crer que cada momento que passamos separados é apenas um prelúdio para o alegre capítulo que ainda vamos escrever juntos. Com isso no coração, aguardo nosso próximo encontro, confiante de que ele trará de volta a alegria plena que só a sua companhia pode oferecer.
Ser humano é compreender que obedecer às ordens é tão essencial quanto respirar, é o fio condutor que nos mantém conectados como sociedade.
28/05/2024
Basta um fio de luz para remover sombras. Entretanto, todas as sombras não conseguem eliminar um fio de luz.
De um fio fez-se o tecido
Esse manto me torna alado
Por um fio não puxei o gatilho
Quem é que estava ao meu lado?
“Fio da navalha”
Quando a alma clama
Ela escorre e chama
Deitado na cama
Começo a chorar/pensar
Pensando na vida
Remexo a ferida
A chama perdida
Viver mais não dá
Traço prosa e rima
Mas no fundo eu sabia
Você não vai voltar
E de verdade, importa?
Eu fecho a porta
Esperança não há
Olho pra lâmina
Ela me ama
Ou não…
Ela só quis me usar
Temos um relacionamento abusivo
Ela dança, canta
Sou cativo dela
Ah! O seu olhar
Ela é a maldade em,,,
Aço
Curvada e inoxidável
Madrugadas a fio
Sentindo a tua falta
O vento congelante da noite
A solidão de um único travesseiro
A pequenez de uma só cama
Já não sei mais quantas são as faltas
As piadas, as risadas, as brincadeiras, as loucuras, as aventuras, os beijos, os carinhos, sua mão em minha face, as perguntas na madrugada, as respostas inconscientes e tão sinceras, os "eu te amo", os "eu gosto de você", nossas faces no espelho
São 02:41 da madrugada e escorrem lágrimas da minha face enquanto escrevo esse trecho.
Fulano é egoísta e pensa muito em si?
Existe um fio de linha que você não sabe, você não ver e ninguém te contou. Somos ensinados desde criança que devemos pensar muito no bem dos outros, crescemos e nem todos levam isso pra fase adulta, quando cobrimos todo mundo, e nem todo mundo cobre a gente, em algum momento algo estala em nossa mente e começamos a fazer tudo o que não fazem e nem vão fazer por nós, se cuidar, fazer por si, buscar por si, somos vistos como egoístas, isso não é sobre falta de bondade. Esses ensinamentos de sacrifícios nos torna totalmente doares de nós e insatisfeitos com os outros, mas nem sempre há reciprocidade. Então, pensando nisso, em algum momento alguém acordou fazendo essa análise de valores e começou a cuidar de si próprio. Pensar em si não é um crime, é uma auto defesa de quem não foi tratado.
Onde se esconde bendita ataraxia?
Teus inimigos parecem me seguir até você, dias e noites, a fio.
Serei eu o pole position dos estoicistas?
Na tapeçaria infinita do universo, cada ato de bondade é um fio de ouro tecido por Deus, iluminando a escuridão com o brilho do amor divino.
Na distância que nos separa, A saudade se faz presente, Mas o amor que nos ampara, É o fio que nos mantém unidos.
Errei, me iludi por um amor
Que nem eu senti,
Fui rápido na queda, pois
Nenhum fio me sustenta,
Sou mole de coração,
Para você,
eu perco a razão.
Sou embrulhado em laços,
um palhaço me transformei
Acreditei em algo,
que nem mesmo me entretem.
Submeto-me a entrar no teu amor,
Lugar apertado que me sequestrou
a tal que não me desesperou, mas
No final me pisoteou.
Em resumo sou hipócrita, chorando
De novo por algo que nem mesmo
Me importa.
Vou me destruir,
Só pra contigo no final,
Poder me reconstruir.
Apêndice
§
Um simples fio de beleza, excede minha casa;
constrange-me, o clamor da arte
A paisagem é meu poema.
E as noites estavam iguais,
como todas as noites iluminando vésperas,
de uma madrugada a fio.
E tudo estava deserto, feito sol de meio dia,
a cidade estava tímida diante do luar,
e as luzes faziam sombras,
tudo muito estranho e incomum,
e de repente você me beijou,
mas o céu já estava amanhecendo,
como todos os céus sem estrela, sem lua,
e no deseto de nós mesmos,
partimos sem adeuses,
estranhamente.
Mas depois o sol amanheceu,
e tudo virou amor novamente,
mas só amor,
estranhamente.
"Assim como um fio terra, os pés devem tocar o solo, permitindo que você renasça e reestabeleça o controle da energia do corpo, consequentemente estabelecendo o equilíbrio da saúde mental."
A PONTE
.
.
Uma ponte amarela,
abaulada sobre o rio...
Sem dizer palavra,
ela diz tudo, fio contra fio.
.
Eloquente, fala-nos sobre os fluxos de gentes
a passar de um para o outro lado
do rio.
Mas também fala dos barcos
a lhe ditarem a forma:
profundo pacto
entre os homens e mulheres,
desejosos de passar por cima,
e os barcos e jangadas
.
convocados a seguir por baixo.
Este curvar da ponte, humilde e quase sacro,
é a mais sutil forma do acordo
– o produto profano de um pacto –
entre todos os que queriam ir e vir:
seja na forma de passantes,
seja nos modos navegantes.
.
Na Ponte – há mais – o olhar encontra
corrimãos que falam
dos que caíram n’água.
Dizem-nos alguma coisa sobre a desatenção,
sobre a imperícia,
sobre a brutalidade do empurrão.
Talvez, quem sabe,
escondam o comovente segredo de um suicida,
ou de um simples e alegre acenar de mão.
.
Será, que a ponte, que liga as margens,
é também passagem
para o Outro Lado?
Será ela a cura
para a aflição?
Quantos ali deixaram seu último salto,
o derradeiro gesto
– o silêncio vivo que enfim precede
o calar eterno?
Quantos lá não abandonaram seu último grito mudo
estendido e tingido por sobre a ponte
Como se tudo... viesse de dentro de um quadro?
(E este quadro, ele mesmo atormentado,
não estaria preso à parede exposta
de alguma dimensão secreta?)
Eis que a ponte prossegue
nos dizendo tantas coisas
sobre o rio e sobre tudo.
.
É amarela:
de um amarelo-berro...
Somente isso me escapa ao faro.
Porque não verde, vermelha – azul?
Como um sol estendido em linha,
ou o arco-íris de uma só cor,
ela permanece ali,
sem revelar o último dos seus mistérios:
.
Uma ponte amarela
sobre o rio, sobre a vida.
.
.
José D'Assunção Barros
[publicado na revista Opiniães, 2023]
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