Fim

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Quando o último raio se esconde,
a casa se apaga no campo
e tudo se cala sem início nem fim.

A sombra repousa nas paredes,
ondas de saudade se arrastam
entre ruínas de luz que partiu.

O silêncio faz morada,
nenhum vestígio de retorno,
apenas o crepúsculo lento
acolhendo todos os nomes
que o dia cansado esqueceu.

"O traidor sempre acredita que o fim justifica o meio — até descobrir que ele é o meio do próprio fim."

A paz não é o fim da estrada, é o jeito de caminhar.

O Fim da Espera: um Diário de Retorno a Si




Entre o Silêncio e o Reencontro – Diário de um Ciclo de Clareza


Hoje, dia 2 de novembro de 2025, encerro um ciclo que não é apenas sobre alguém, mas sobre o modo como aprendi a amar e a me ver dentro das relações. Este texto é uma forma de reconhecer o caminho que percorri entre a entrega, o medo, a espera e, por fim, o reencontro comigo mesma.


Escrevi uma carta, porque o que sinto só ganha sentido quando se transforma em palavras. Foi assim que me expressei com sinceridade e respeito, como sempre foi entre nós. Depois que escrevi, percebi que a carta não era apenas para ele, era para mim.


Era o fim de uma espera e o começo de uma escolha. Ela trazia, escondido nas entrelinhas, o recado que eu mesma precisava ouvir:


“Você pode sentir falta e, ainda assim, seguir.”


Percebo que o que mais me doía não era a ausência dele, mas o silêncio, o vazio de não saber o que se passa do outro lado, o eco de tudo o que ficou sem resposta.


O silêncio sempre foi o gatilho mais difícil para mim, talvez porque, na infância, quando eu pedia carinho, às vezes recebia afastamento. Meu corpo aprendeu a confundir amor com conquista e presença com merecimento.


Ele, com sua forma contida e distante, acabou ativando exatamente essa antiga ferida. Mas, ao mesmo tempo, me mostrou o espelho que eu precisava ver: “Não posso mais tentar provar que mereço amor.” O amor precisa fluir de forma natural, recíproca e leve.


Hoje, olhando para tudo isso, percebo que o vínculo que criamos foi, sim, importante, mas talvez tenha sido importante para me ensinar o que é amar sem desaparecer. Não preciso mais ser a mulher que espera, que entende tudo e que se encolhe para caber. Posso ser a mulher inteira, a que se entende, se cuida e se escolhe.


O silêncio dele, por mais dolorido que tenha sido (e que ainda possa ser, por enquanto), me empurrou de volta para mim. E agora, o que antes era vazio começa a se transformar em espaço, um processo que está se tornando um lugar de paz, autonomia e descanso da alma.
Não sei o que ele vai fazer, e talvez nunca saiba. Mas sei que eu fiz o que precisava ser feito. Falei com clareza, com verdade e com amor, e isso é o que me permite caminhar sem arrependimentos.
Hoje, o que fica é uma frase simples, mas que carrega toda a maturidade dessa travessia:


“Eu posso sentir falta, e ainda assim, seguir.”


Evoluir e mudar padrões requer muita coragem, pois dói, e dói muito.
Você retira tudo aquilo em que acredita ser, remove o véu, as camadas, desfaz-se da única identidade que um dia conheceu, daquilo que aprendeu por uma vida inteira. E, quando começa a entender o que é realidade em vez de utopia, a briga entre mente e coração, que antes era enorme, vai diminuindo, porque o entendimento começa a tomar forma. A razão diz que você fez o certo, mas o corpo ainda entende como errado e leva um tempo para absorver toda essa mudança.


O que prevalece é a decisão de manter o impulso da mudança. Decisão é decisão, e devemos agir de acordo com o que escolhemos. E, neste caso, escolhi a mim. Mesmo que, às vezes, o reflexo pareça dizer que tudo isso ainda é errado, eu sei que não é. O amor-próprio está ligado a parar de se perder e de se anular diante do outro.
O mais difícil nisso tudo? É que sabemos o que devemos fazer… Mas o mais importante é entender que tudo muda quando alguma coisa muda, e eu estou mudando.Não sou mais a fada madrinha. A varinha de condão quebrou, e agora a magia só pode ser interna, não externa.


Se ainda tenho espaço para o amor?


Claro que sim.


Se eu o amaria intensamente?


Claro que sim.


Mas não mais do que me amarei de hoje em diante.


Ana Cláudia Oliver- finalizado em 06/11/2025

No fim das contas,
a opinião dos outros
é só ruído sem sentido.

Quem xinga por prazer
tem o cérebro menor que um átomo.

A felicidade nasce
quando calamos
a boca dos demônios
lá fora.

"Melhor é o fim das coisas do que o começo delas" é um provérbio que vem do livro de Eclesiastes 7:8


Viemos ao mundo chorando para que um dia possamos partir dessa vida sorrindo.

Na nossa relação, não gostaria de ser aquele ponto que fica no fim.

FUNÇÃO FINAL

No fim, não há prêmio, nem festa.
Só o cansaço que não se despe.
Só o corpo que ainda se presta
A fazer o que ninguém mais quer.

Sou o que cumpre, não o que sonha.
Sou o que segue, não o que escolhe.
Sou o que vive, mas sem vergonha
De saber que a vida me engole.

E quando tudo enfim cessar,
Não haverá quem vá lembrar.
Só o vazio que vai ocupar
O lugar que fui — sem durar.




Jerónimo Cesarina

13 de Outubro: " Fim da guerra" ?!...
19 de Outubro: Fim da mentira! A guerra não teve fim.


A "paz", toda inocente ...
acabou de chegar ...
onde nunca esteve ...
e já foi embora...


E a guerra, nada ingênua 💰💰💰
acabou de voltar...
mesmo sem nunca ter ido...


assim foi,
assim é
e assim sempre será ...
#Israel #Palestina #MeioOriente
✍©️@MiriamDaCosta

Enquanto o Céu segurar a terra, teremos um Reino sem fim.

A Desagregação e o Retorno ao Todo

A morte

não é o fim, até porque o fim não existe, a morte é apenas o instante em que a matéria cessa seu labor de renovação e o corpo se desfaz em seus elementos primordiais. As 37 trilhões de células que formam nosso corpo se desagregam, retornam à natureza e, nesse mesmo processo, libertam aquilo que nunca lhes pertenceu inteiramente: o intelecto, a vida, o eu, a individualidade. aquele que sentiu e viveu embarcado no corpo, que agora se desfaz, que volta a natureza

O intelecto (a capacidade de perceber, julgar pensar, coordenar cada membro) não é uma criação do criação do cérebro apesar de estar intimamente ligado a ele, mas uma expressão do próprio universo. Ele é a centelha consciente do infinito, um fragmento do Todo que, por breve tempo, assume a forma humana e experimenta a existência sob os limites da carne e no comando desta.

Quando nascemos, é como se uma fração do cosmos se adensasse em nós, uma gota do oceano cósmico ganhando forma e identidade. Vivemos, pensamos, sonhamos, e por um curto lapso acreditamos ser algo separado. Contudo, quando o corpo já não consegue sustentar a contínua dança celular que chamamos comumente de vida, essa gota retorna ao mar.

Nada se perde, tudo se transforma, (parafraseando um grande cientista ), e o intelecto, sendo energia consciente, não poderia ser exceção. Ao desprender-se da matéria, ele se reintegra ao universo, dissolvendo-se em tudo o que existe. Passa a ser todos os lugares, todos os tempos, todas as dimensões, assim como uma pedra de gelo no oceano que ao derreter e “morrer”, não morre apenas passa a integrar o oceano.

Assim como nos sonhos, onde somos muitos e estamos em toda parte, o intelecto liberto já não conhece fronteiras: torna-se o Todo novamente. Não há mais o “eu” individual, há apenas a unidade essencial do ser. A morte, então, não é uma tragédia, mas um retorno, o reencontro do fragmento com o infinito, do gelo com o oceano da consciência com o silêncio que a gerou.

No fim, o rio seca,
E as pedras, antes cobertas, agora se mostram.

"O segredo está em senti-las, não apenas entendê-las.No fim das contas, tudo o que elas querem é saber que não estão sozinhas."

Ao fim de tarde,
uma árvore, um sol sobre as casas
uma esperança do amanhã

Um dia me desenharam de maneira pérfida. A princípio, aquela imagem me atravessou. Recolhi-me a fim de proteger a minha realidade e permitir aquilo que só o tempo curou. Passou. Mas, até hoje, o desenho está nas mãos do autor.

Nascidos fomos, sob um céu de cinza e bruma,
Com a exata medida para a dor sem fim.
Duas metades buscando a mesma espuma,
Um laço trágico tecido em linho carmim.
​Desde o primeiro olhar, a alma reconheceu
O espelho partido, a sua parte ausente.
Mas o destino, em escárnio, interveio,
Deixando a chama acesa, mas fria e renitente.
​És meu avesso, a chave que a dor contém,
A prova viva de um amor que não se finda,
Mas entre nós, a sombra, o que convém,
O grito mudo de uma estrada que se cinda.
​Melancolia em cada suspiro teu que ouço,
Tristeza funda em cada passo meu que dou.
Somos a tragédia do mais puro poço,
Onde a água clara nunca se encontrou.
​Ah, esta união de almas, dramática e amarga,
Que nos condena ao longe, ao eterno anseio.
Uma febre que arde e que a vida embarga,
Um abraço negado, morrendo em meio ao meio.
​E assim seguimos, dois espectros em conflito,
Ligados pela dor, não pelo doce intento.
Um poema de pranto que jamais foi dito,
O eco que restou de um amor sem sustento.

Temo mais a queda que a morte,
já que o fim é breve, mas o fracasso se repete.

Mesmo quando tudo parece ruir, Deus prometeu um fim onde não haverá mais dor nem morte — tudo será feito novo.

Os sonhos não pertencem a quem começa e sim a quem persiste até o fim.

O amor é uma constante entrega ao início cuja a única promessa é o fim.