Filósofos Gregos
Como um rio
Água de sono único,
O lago entre montes,
Vive plácido, cristalino
Os sonhos da mediocridade.
Em si mesmo estancado
Jamais ousa planícies.
Assim inerte, estacionado,
Só se ocupa de reflexos:
A idiotia em vaidade consumida.
Não evolui nem retrocede,
Não conhece nenhum caminho,
Não questiona necessidade,
Tampouco conhece o próximo lago.
“Quem sai da idiotia entra no discurso”.*
Idiotia é lago sem discurso,
Porque “presença física
Não estabelece comunidade”.*
Avisai aos lagos do arroio:
O esforço digno por seu breve caminho!
Quem se extrai do eu,
Depara-se com outros eus
Com mesmos direitos que os seus
E sua evolução é uma relação com eles.
Só água de muitos arroios
Torna-se incessante como um rio.
Só o rio é apto aos longos caminhos.
Oceano é água de todos os caminhos.
Só conhecem oceano
Águas que fluem como um rio.
"Ninguém entra num mesmo rio uma segunda vez. Pois quando isso acontece, já não se é o mesmo; assim como as águas, que já serão outras."
Minha Mãe, Mãe Bárbara
Mais que Senhora linda,
Senhora negra, Senhora da bondade.
Quanto amor vós tens por tua Comunidade
Senhora que recebeu de Deus o dom de humanidade.
Filha de Oxalá, paz tens e nos trazes,
Calor da Mãe Iansã que nos aquece com equidade
Filha do Tempo, senhora da mudança, que muda nossos pensamentos,
Senhora de palavras fortes e eficazes.
Senhora do olhar de Xangô,
Senhora do N´kise Lembá,
Senhora minha Senhora,
Senhora do caminho de Obatalá;
Senhora que recebeu o Adjà,
Mãe do meu Kanzuá,
Senhora filha de Caxuté,
Senhora da Língua Bantu,
Senhora da Língua Yorubá;
Senhora minha honradez,
Senhora que ao mundo meus avós geraram felicidade,
Senhora que sabe que vos amo,
Senhora responsável por minha honestidade;
Senhora de asè
Sacerdotisa Afro, Mãe do abà,
Mãe Bárbara do Terreiro Caxuté,
Mameet´u dyá N´kise Kafurengá.
Glossário
Oxalá: Orixá do manto da Paz;
Iansã: Senhora das Tempestades, dos trovões, dos raios;
Tempo: kitembu, Divindade do povos africanos bantu;
Xangô:Orixá da Justiça;
N´kise: caminhos, força da natureza, dinvindade bantu como os Orixás dos Yorubás;
Lembá: Dinvindade bantu, assimilado com Oxalá;
Obatalá: senhor dos caminhos;
Adjà: instrumento de percusão de posse do (a) Sacerdote (isa) Afro;
Kanzuá: palavra bantu que significa casa, lugar de culto as divindades;
Caxuté: Terreiro de Candomblé da nação Angola bantu;
Yorubá: Idioma falado pelos nigerianos;
Asè (axé): força sagrada da natureza;
Abà: amor;
Mameet´u dyá Nkise: título de uma sacerdotisa afro nos candomblés angola bantu;
Kafurêngá: nome religioso de Maria Balbina dos Santos, Mãe Bárbara do Terreiro Caxuté.
E como uma coisa só, a vida e a morte, a vigília e o sono, a juventude e a velhice; pois essas coisas quando mudam são aquelas, e aquelas, são estas.
O bom governo deve servir ao bem comum, não aos interesses de poucos. Mas como definir o bem comum? É a vontade da maioria ou a justiça para todos?
O verdadeiro poder não está em governar, mas em fazer com que os governados queiram seguir as leis. Mas as leis são sempre justas, ou apenas convenientes para quem as faz?
O tempo anda passando em disparada por sob meu corpo. Pelos sucos gélidos de meu rosto, que morbido vive em um estado de profundo ponto morto, feito aqueles que resolveram 'morrer' para não abrir os olhos.
Num calor feroz que não consigo ver teus dedos, eu escolhi não vê teus dedos, no meio das faíscas imundas na qual eu resolvi viver.
A personificação do eu desabrochou agora, e em p&b, tudo isso mora dentro de minha retina, colocando o drama da vida na morte das cores por detrás de uma cortina negra.
Não sou mais nada. Não sou vida, muito menos progresso. Sou apenas um traço de existência e sanidade. Pouco espero de mim. Pouco esperem de mim, não valho nada.
Minhas madrugadas não tem mas aroma, cor. Não consigo ver estrelas, nem corpos celestes, muito menos galhos secos e folhas verdes. E aquele pé de café? O limoeiro então....Tudo isso é tão distante, são janelas coloridas. Na sua maioria de um amarelo doentio. De pessoas cansadas. Daqui mais um pouco, é o dia que começa e as luzes que se apagão. Eu estou aceso.
Com um coração a muito partido, e sei que sabes.
Meu pranto é teu,
Minha lastima é tua,
Mesmo eu, sem direito a posse tua, sabendo hoje, que feliz estás,
Meu coração cheio de magoas escancara irradia: Satisfação. Raiva. Inveja e um péssimo sorriso.
Astral
Sou um pedaço. Um traço. Um nada
Um vazio, rascunhando em um papel sujo e velho
Sou dor, ferida. Gripe mal curada.
Sou desfalecimento de corpos
Sou cegueira. Mas, visão na escuridão
Sou o tato, olfato e saliva.
Fui em vida um cantor. Um orador
Gritei pra você. Que horror!!
Hoje sou a mortandade, desvontade, quase descontente.
Hoje sou desafeto, saudade
Sou negatividade emanando da aura
Hoje sou sozinho. Esquecido de mim.
O calça desbotadas apareceu... Tirou fora minha cabeça. Seu corpo exalava um doce amargo. Suor eu sei, mais uma vez, suor de um dia de trabalho laborioso para um jovem. Compondo com perfeição meu quadro de desejos, aguçando os sabores. Confesso, nunca havia sentido nada tão grandioso, nem nas mais tórridos paixões platônicas.
Vivo a vida em busca da felicidade, o mao so vem fechar o bom caminho e nos com a carne fraca aceitamos!
El-socrath
O transito da cidade congestionada, é como o sangue que corre em minhas veias, sou urbano. O sol sob o pixe mal posto e esburaco pela chuva de um clima tropical com cheiro ruim, é minha pele. Sou o supra sumo do consumo, do gasto desenfreado pelo desnecessário. O cheiro de notas novas que saem junto ao barulho metálico dos caixas eletrônicos por toda parte. Sou as seis da tarde acompanhada do cheiro de combustível, inflamando seus pulmões, sou urbano, e gosto disso, não nego.
As vezes a vida nos joga numa espécie de limbo. É como se estivéssemos entre o estar e o não estar. Uma verdadeira dimensão intermediária no viver. É estranho passar por essas fases na vida. E talvez você nunca passe por isso. Tento descrever da maneira mais nostálgica possível. Digo que é o espaço que divide às musicas no vinil. É o chiado constante da agulha, com o estourar de flocos de poeira em seu cristal. É o nada. É o espaço em branco, que você terá o trabalho de escrever.
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