Filosofia da Amizade

Transformar um pequeno pensamento em palavras, sejam faladas ou escritas, pode ser comparado a construir um castelo apenas para passar uma noite.

A inspiração lampeja e se não correr para apontar ela se vai e não volta. Nunca vem sozinha, sempre traz companhia, contudo, só uma parte fica. Quando me dou conta estou ali, envolto em suas muitas vozes me dizendo o que fazer, falando suavemente de forma persistente ou gritando. De tempos em tempos olho as horas e constato ser tarde, digo que já vou, mas, me pede pra ficar só mais um pouco, e eu fico... Depois de tudo sobrevém o cansaço, não da inspiração, e sim
da minha cabeça, porque é dentro dela que esse caos acontece, dou adeus e sem olhar para trás, ainda ouvindo me chamar, vou embora mesmo querendo ficar...Ultimamente tenho mandado dar meia volta, visto que impedir sua chegada parece impossível, então, assim o faço sem ao menos permitir colocar a mala no chão. No entanto, deixá-la ir sem quase nem ter chegado, causa impressão de desaparição.

Quem diz ao outro o que fazer, não dá conselho, realmente tenta convencer a si próprio do que fala e precisa da orelha alheia para ter respaldo. Neste caso, o conselho é para o conselheiro.

Não existe uma luta entre a emoção e a razão para que apenas uma prevaleça, se assim fosse, seríamos puramente instintivos ou estritamente condicionados. A emoção e a razão são parceiras que atuam em prol do bom senso.

Então aprendeu a ficar calado, pois falar é importante, tão importante que deve ser guardado para as coisas boas.

Guardar ocupa espaço, tira a liberdade de movimento, causa sensação de claustrofobia e ainda exige trabalho para organizar coisas, na sua maioria inúteis, meras quinquilharias.

Não me importo com sua sexualidade, sua cor e religião, se dorme durante o dia e fica acordado a noite, no que trabalha, se trabalha, se é pobre, rico ou remediado. Me importa se você é bom ou mau.

"Se a alma não for boa, se o coração não for bom, se a pessoa não tirou no mínimo dez na prova do bem, qualquer aparente beleza e/ou riqueza perde o suposto sentido e/ou valor em questão de segundos..., ou seja, dura só o tempo de a conhecermos... ou trocarmos algumas poucas palavras."