Filhos Martha Medeiros
Só o amor!
A vida pode ser bela
por mais que se desdobre
tem riqueza na favela
e tem lixo em bairro nobre
na matriz ou na capela
o amor é quem revela
quem é rico e quem é pobre.
Artesanato é arte.
Pelo olho e pelo tato
nasce a arte verdadeira
daquele artista nato
da galeria ou da feira
o nordeste é muito grato
é o berço do artesanato
da cultura brasileira.
Ano de chuva!
A chuva é essencial
no brotar do verde novo
não precisa um temporal
basta o sustento do povo
mas que venha pro Natal
e fique pro no Ano Novo.
Meu chão!
É com a enxada que puxo
a semente pra esse chão
não trabalho pra ter luxo
basta o dinheiro do pão
tenho a terra que repuxo
boto a comida no bucho
e agradeço ao meu sertão.
Política podre!
Eles não respeitam a vida
por mais que seja singela
jogam sal numa ferida
que não sara sem sequela
a cada dia mais perdida
numa política apodrecida
entre o pão e a mortadela.
Que o Natal seja presente
num Ano Novo de luz
e que siga permanente
a presença de Jesus
que jamais falte pra gente
um copo de café quente
e um prato de cuscuz.
Natal Nordestino.
Que o Natal seja presente
num Ano Novo de luz
que siga permanente
a presença de Jesus
que jamais falte pra gente
um copo de café quente
e um prato de cuscuz.
Minha escola.
Meu tempo de colegial
o ensino era de valor
o recreio era especial
e a merenda tinha sabor
cuscuz, sopa e mingau
cantava o hino nacional
e respeitava o professor.
Fico!
Eu não quero ir embora
a seca quer me expulsar
não tem vida que vigora
sem ter nada pra plantar
desse jeito a terra chora
e eu procuro uma escora
onde possa me sustentar.
Seca e honra.
A seca traz sofrimento
a chuva nem piedade
o verde se foi no vento
o gado deixou saudade
da vida sobra o lamento
de onde falta alimento
mas sobra dignidade.
Filho do sertão.
Agradeço pelo que tenho
conquistei por trabalhar
fui embora do engenho
sem ver a chuva pingar
do suor do meu empenho
sempre que posso venho
pro sertão que é meu lugar.
Permissão!
Não me canso de esperar
a chuva que tanto chamo
na terra seca de rachar
quase não se vê um ramo
Deus permita ela chegar
que eu não precise deixar
o nordeste que tanto amo.
Mudança.
Se o tempo não for arisco
e o bom vento soprar
o sertanejo vira o disco
pra ver a chuva chegar
abastece o São Francisco
e o sertão não corre o risco
da seca lhe devorar.
Repartir o pão.
Nem todos do sertão
tem comida ao seu dispor
na mesa de cada irmão
se divide a mesma dor
se puder repartir o pão
dobre os joelhos no chão
e agradeça ao Nosso Senhor.
Resistência.
Te peço chuva Senhor
que a terra está tão sofrida
sem água não nasce vida
sem vida não nasce amor
me manda um pé de flor
pra que eu enfeite meu jarro
minha casinha de barro
já não suporta o calor
é tanta gente indo embora
e eu resistindo na tora
me contorcendo de dor.
Ardor.
O sertanejo lamenta
por este chão sofredor
que a seca traz violenta
derrete o pasto em calor
sem ter o grão que alimenta
nenhuma terra sustenta
um talo ardendo de dor.
Sua benção.
O respeito aqui é demais
no nordeste é tradição
o menino vira rapaz
a menina um mulherão
mas não esquecem jamais
e pedir a benção aos pais
vem da nossa educação.
Um novo ano!
Que esse ano se plante
e que brote todo grão
e que cresça verdejante
cada palmo deste chão
que a seca fique distante
e a água seja constante
pelas terras do sertão
Novos tempos.
Sertanejo meu irmão
meu amigo de verdade
tenha fé no coração
onde não entra maldade
a chuva tem compaixão
e este ano nosso sertão
será a sua prioridade.
Pensamento novo.
Pra esse ano o que penso
é que a paz prevaleça
o amor continue imenso
pra que toda mão agradeça
que o respeito seja intenso
e que nunca falte um lenço
pra cada lágrima que desça.
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