Fernando Pessoa Poema Hora Absurda
Frei Rogério
As araucárias do meu
destino ainda estão por aí,
A História da Guerra do Contestado
ainda vive no teu nome
escolhido em homenagem
ao religioso que fez
o povo ficar acalmado.
As cerejeiras imigrantes
do mares e ares te enfeitam
como joias da coroa
etua gente europeia,
brasileira e japonesa
ergueram uma cidade
que repleta de beleza
que cativa com toda a gentileza.
O Parque do Sino da Paz
relembra o quê é mais caro,
raro, precioso e necessário;
E diante da Casa Octogonal
reflito toda a rota percorrida:
Só sei que encontrei a minha
cidade aqui em Santa Catarina.
Rodeio lá no teu Rodeio 12
Gosto de passar pela estrada
e apreciar a tua paisagem,
Rodeio lá no teu Rodeio 12
transmite uma gostosa
tranquilidade que parece
até que foi o céu que trouxe.
Quando passo por ti
gosto de fazer uma parada,
para provar os teus sabores,
Rodeio lá no teu Rodeio 12
sempre morro de amores.
Gosto de ver o Lar Rodeio 12
quando passo pela estrada,
Rodeio lá no teu Rodeio 12
gosto de ver a alegria
na estrada quando passo
e vejo a tua gurizada.
Rodeio lá no teu Rodeio 12,
és um brinde feliz para
quem por ti passa na estrada,
Lá no teu Rodeio 12 sabes como ninguém me deixar apaixonada.
Os meus punhos morais
estão etereamente erguidos
para todos que os acusaram
falsamente de Neonazismo
por conveniência ou por fanatismo,
cada um de vocês não será esquecido.
Uns sem conhecer as origens
os símbolos étnicos de cada um,
e outros para fortalecer
um roteiro de poder que não
os pertencem colaboraram
como incitadores de genocídio
e de crimes de guerra
auxiliaram todos aqueles
que derramaram o sangue,
prenderam e ocuparam o território
dos povos da Ucrânia e da Criméia.
Os heróis feridos do Batalhão
de Azov foram transportados
pelo Exército da Rússia,
A palavra de troca de prisioneiros
não foi cumprida e o espírito de 1944
foi pelo tirano ressuscitado.
Os heróis serão julgados ilegalmente
pelos invasores e todos
sabemos qual será o final,
está provado aos olhos do mundo
que esta guerra começou
pela mentira que fez uma
mais de uma vez terra invadida,
e por razões óbvias quem não
cumpre com a palavra
jamais agirá na vida com justiça.
Coronel Martins
Neste dia frio relembro
a Pedra Branca da História,
A tua gente é dádiva que ergueu
da lavoura esta cidade
e fez do rebanho
o futuro de verdade.
Coronel Martins
da minha memória,
Cabocla e brasileira,
Tu sempre lutaste
e segue lutando
pela nossa Pátria brasileira.
Coronel Martins
da minha memória,
imigrante alemã e italiana,
Tu sempre lutaste
e segue lutando
pela nossa Pátria brasileira.
Coronel Martins,
recanto feliz
do nosso Oeste,
Tu és o rincão gentil
e celeste deste
nosso amado Brasil,
Te celebro, te louvo e agradeço
por tudo o quê fostes, és e serás
em nome do orgulho catarinense.
Rodeio tem Oásis
Mesmo sendo rodeada
por Mata Atlântica,
Mesmo sem ser deserto
e sendo esta terra romântica,
Rodeio tem Oásis
e mistérios incontáveis
sempre prontos a serem descobertos.
Rodeio tem Oásis,
Rodeio tem surpresas,
Rodeio tem Oásis
e muito mais que todos os poemas.
Correia Pinto
A brisa da memória Farroupilha
do Planalto Serrano Catarinense
acordam a lembrança adormecida.
As tuas águas termais e sulfurosas
me fazem agradecer o dom da vida,
é do teu papel se escreveu a História.
A Cascata do Cerro Pelado encanta
os olhos de quem vê assim como você,
No Morro da Cruz pode se ver
a beleza de fazer as horas perder.
As Quedas do Rio Ribeirão recordam
o primeiro acorde do coração
quando vieste com o teu violão.
A Festa do Peão Laçador se aproxima,
o tempo é disparador e o coração
se prepara para dar conta de estar
no meio do povo e todo o seu amor.
O orgulho de ter Correia Pinto
escrito nas estrelas e no destino
leva a fazer o melhor e mais bonito.
O quê se planta no teu campo, o teu rebanho e o teu mel fizeram e fazem
de pé o orgulho da gente que ergueu
esta cidade que sabe receber com muito carinho e gentileza de verdade.
Na água joguei perfume,
você está vindo só pelo cheiro,
Você sabe que sou a Icamiaba
e você é meu guerreiro,
No final de tudo vou te dar
o Muiraquitã para não me
tirar do coração e do pensamento
nunca mais por nenhum momento.
Por acaso fui no embalo
convidada pela sua vizinhança
para o coco alagoano,
Na tua casa chegamos
um pouco atrasados
e todos batiam com os pés
fazendo o ritmo
no chão de barro
como manda o figurino,
Foi quando o teu olhar
inesperado cruzou
tão bonito com o meu
e fez o meu coração apaixonado:
Você é o presente que a vida me deu.
Fui ver como sempre
se havia chegado
uma correspondência,
A rua estava ainda
mais sem movimento,
Não havia nenhum
sinal dos vizinhos,
Havia pairado
um silêncio abissal.
Na caixa de correios
ele estava lá olhando
para mim e fiquei
olhando para o grilo,
e pensei que não
só existe deste tipo.
Rir foi inevitável
e pude entender por
um instante o quê se tratava
realmente de uma
[correspondência grilante].

Desta vez fui
eu que balancei
a sua estrutura
com certeza sei
dançar zabumba,
Te fiz você seguir
no ritmo certo,
Você girou para lá
e girei para lá,
Desde o dia que
descobri que sou
poeta o seu coração
toca tão alto que
não consegue disfarçar.
Resolvi espalhar
o meu perfume no ar,
A minha poesia
está por todo o lugar,
O teu coração está
igual a um tambor,
E a ideia de ser meu
te coloca requebrando
no Coco de Zambê,
Para retribuir você
só falta mesmo
é uma atitude sua
para tudo acontecer.
Você foi transformado por mim
em Poemário Nacional
sem a expectativa de que
tu haverá de ser meu no final.
Porque algo me diz que você
é o próprio Boto-Cor-de-Rosa
que brinca com as moças
durante a festa e depois
sempre acaba voltando para o rio.
A última coisa que quero é
me preocupar se um dia você
volta porque obrigar alguém
a amar na vida não compensa.
Perto da beira do Rio sou o Pau-Rosa
que não tem espinhos que fico
muda e quieta a espera de que você
perceba que eu sempre ali estive enquanto passava como um cometa.
Meu bonito Boto-Cor-de-Rosa
conforme a lenda com o rosto encoberto e Poemário Nacional
feito por mim para que se renda
e na vida tenha uma mulher-poema.
É óbvio que te quero
deliciado, e como quero!
Dá para perceber
que entre nós não tem
nenhum mistério;
Se você está certo
de ser meu, que venha!
Desde que você venha
e me leve com o respeito
de um Samba de Gafieira,
Sejamos um para o outro
como um amoroso poema,
E quando estivermos juntos
desliguemos os telefones
para que do mundo a gente
se esqueça e a paixão nos aqueça.
Estamos no mesmo auto,
és o meu Rei e sou a sua Rainha,
Nós entre os Reis de Congo
nos conhecemos sem conto,
e nos queremos sem historinha.
Desta vez somos os inevitáveis
Reis de Bamba nesta batalha
que dança até um Reinado
derrotar o outro e agradecer
a São Benedito por tudo isso.
Só sei que o Ticumbi nos compete,
e não há nada que dele nos repele;
É desta força e tradição que
nos impele a preservar com todo
o amor tudo o quê merece.
Só sei que no final não devemos
satisfação a quem quer que seja,
Porque o amor dá conta de tudo
trazendo para nós recompensa
de ignorar tudo aquilo na vida
que só esquenta a nossa cabeça.
#Ticumbi
#poetisabrasileira
As lágrimas de Iaçã
pela dor que não
tem reparação foram
notadas por Tupã,
Ele a levou para perto
d'Ele e para a tribo
trouxe a solução.
Tupã e Iaçã olham
e protegem a todos
o tempo todo,
Chorar não seja mais
permitido aos filhos
desta nossa Nação.
(Quando faltar doçura,
não pode faltar
a recordação que uma
tigela de Açaí sempre
faz bem ao coração).
Ultimamente você anda
sorrindo do nada,
Eu sei que ando mexendo
contigo por dentro,
A sua vida não tem
sido mais a mesma,
eu mudei a sua rotina.
Imagino quando provar
o sabor do Damurida Poético,
Aprender comigo a receber
amor gostoso todo o dia,
e continuar querendo
receber sempre muito mais.
Meu Uirapuru bonito
que com seu canto tem
feito o meu coração
todos os dias rendido,
Não há ninguém que
se compare contigo,
Por premonição
vejo você comigo.
Sonhei com você esta noite,
eu sei que ainda está distante,
Você junto comigo no cortejo
do Catumbi do Itapocu,
Não sei se é aviso ou seu desejo,
só sei que penso o tempo
todo como deve ser o seu beijo,
Só sei que se este sonho
se realizar é certo que
contigo encontrei o meu lugar.
Separei um pouco
de cheiro verde,
O quê eu queria
mesmo é te dar
um cheiro bem gostoso,
É Costelinha de Tambaqui
que estou fazendo
só para ver a alegria
nos olhos do mais lindo moço,
Como quero que ele
me ame como eu o amo,
Trazer sabor, carinho
e poesia faz parte do meu plano.
Um acordeão com detalhes
feitos de prata que veio
da Itália junto com o seu
dono cruzou o Atlântico
para viver um destino triste
e ao mesmo tempo romântico
aqui em Rodeio no nosso
sublime Médio Vale do Itajaí.
Não é segredo para ninguém
que a freira amada pelo italiano
partiu por causa de uma
enfermidade desconhecida,
e sem saber do amor dele em vida.
Quando a freira se foi
para junto do Pai,
não demorou muito para o italiano partir em seguida sem ter
declarado o amor dele em vida.
Há quem diga que o acordeão
desapareceu e outros
dizem que foi roubado,
Um dizem ver e outros dizem
escutar a voz do italiano
indignado pedindo
o acordeão ser colocado
em cima do túmulo dele
para não ser amaldiçoado.
Sei de uns que dizem
que além do acordeão veem
a freira voando em busca
dele para restituir a paz
para a alma do amigo
italiano que foi furtado.
Desta história de amor
mal resolvido,
do destino incógnito
deste acordeão,
alguém deve ter escutado
ao menos uma única vez:
Só sei que não existe
quem não fique abismado.
