Fernando Pessoa Poema Hora Absurda

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Ascurra

⁠O teu signo foi inspirado
no heroísmo de 1874
em reverência à 1869,
E foi nascido além-mar
da herança italiana
que cruzou por uma nova
vida rumo a América,
Que plantou lavouras de amor
e deixou memórias de afeto
na forma de casas antigas.

Coroada por montanhas
cristalinas, praças carinhosas,
igrejas e capelas frutos
da sua fé ardorosa,
É a lembrança da tua gente
amorosa que sempre levo comigo.

Ornada pelos ribeirões
Guaricanas e São Paulo,
Com beleza e gentileza
conquista os corações onde
o Rio Itajaí-Açu enamorado beija.

Na Cruz de Pedra te encontro
como um poema,
No Morro do Oitenta deixo
para trás os meus problemas.

No Salto Andorinhas
me encontro nas poesias.
No Salto da Mineira te quero
como um beijo me queira.

Na Serra Selim percebi
que eu nasci para você
e você nasceu para mim,
Na Pedra da Leoa sempre
pude sentir que a vida é boa;
Ascurra minha preciosa,
quando te vi pela primeira vez
e me apaixonei não foi à toa.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Tão precioso e raro

quanto marfim,

O nosso amor bravo

cruzou obstáculos

da vida e do tempo,

E hoje se confirma

o leal sentimento

que forte nos uniu,

e sempre se celebra.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Antônio Carlos

Onde o Caraguatá
floresce esplêndido
na Mata Atlântica,
Ali está o sonho
vindo da Renânia
que cruzou com bravura
o oceano, se estabeleceu
e com fé gigante ergueu
uma cidade bonita.

Construiu igrejas, grutas
com marianas virtudes
e recantos acolhedores
onde as palmeiras gentis
e os coqueiros dialogam
com as poéticas araucárias
dos amorosos destinos.

O meu amor por ti
é tão precioso quanto
a bromélia na mão
do descobridor,
E você sabe com
orgulho no teu íntimo.

Na Serra das Congonhas
onde nasce o Biguaçu,
com ternura abraço
os teus Rachadel, Farias,
Ribeirão Vermelho,
Louro, Saudades
e encantos infindáveis.

Antônio Carlos adorada,
por estes rios que te beijam
e por todas as quedas d'água
que dão graças a vida e festejam,
O meu coração repousa
em ti e meus sonhos se erguem.

Sempre rezo a São Francisco
no Morro dos Müller por nós,
para a linda Antônio Carlos
repleta de povo amigo,
para todo este paraíso de beleza,
de pilões e alambiques
que têm tudo o quê é preciso
nesta vida para ser feliz contigo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Apiúna

Apiúna minha adorada,
a tua Maria-Fumaça
faz muita gente
enfrentar esta estrada.

O teu sabor de tangerina
e o teu perfume dão
motivos para a alegria.

Aquidaban é onde
a história e a vitória
se encontraram,
E também foi teu nome.

Na Serra do Mar
o meu peito a inspiração
sempre vive a encontrar.

Cabeço negro catedral
do tempo o teu nome
eu honro para sempre,
e amo amar a tua gente.

Nos teus morros, cachoeiras
e nas tuas corredeiras
estão os meus poemas

Onde está o belo Cânion
do Vale Ribeirão Neisse
entrego ao Altíssimo a prece
por esta cidade e hospitalidade.

Apiúna minha amada,
que nunca esquece
da herança botocuda e europeia,
tens todo este apreço
porque a tua gente que merece.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Da vida nova e do Ano Novo
ninguém que escapa,
nem mesmo por intriga
ou mau tempo que os adie;
Porque o quê é do Homem
nem mesmo o bicho come.

Nos sinais do Universo
ainda busco caminhos
como nômade que
faz a sua tapeçaria
com a luz das estrelas
e te deseja sem retórica.

Por aqui tem esperança
porque ainda há muita
poesia viva em abundância
e ainda amo a minha Pátria,
e escuto bastante música
romântica sem me importar
com o quê de mim pensem.

Da Centaurus A puxo o fio
da meada e do prelúdio
que iremos nos encontrar
numa bonita noite de luar,
não sei se é por pressentimento
ou mesmo até válvula de escape,
o apelo da imigração continua vivo.

E neste corpo bonito fico imaginando
o mapa de todas as minhas rotas...

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A minha poesia

não é trabalho,

doar amor

não dá trabalho,

Pelo amor doado

ganho amor em troca,

Todo o amor dado

recebe amor de volta;

A minha poesia

é pura rebeldia,

é sutil atalho

e noiva da revolução.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Magnólias acima da onde

nós nos encontramos,

Pétalas de magnólias

sendo suspensas pelo vento.



Sob o Sol, a Lua, os astros

e as cinco luas de Urano,

Estou escrevendo poemas

para te amar sem engano.



Magnólias e suas pétalas

suspensas pelo ar,

E eu olhando as estrelas

querendo te alcançar.



Não há nada de errado

te desejar em silêncio,

E planejar mil rotas longe

deste mundo em desespero.



Magnólias acima de nós

constelando o campo,

E enfeitando a visão

serão um bouquet na mão.



Titânia, Oberon, Miranda

Ariel e Umbriel dançam,

Como ciganas na órbita

sob a regência mística.



Magnólias falam muito

a respeito do que será feito,

E por nós será perfeito

e sem hipótese de regresso.



Como selvagem assumida

não preciso de jóias na vida,

Apenas preciso de gente

de verdade e paz para ser feliz.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Se o mundo inteiro desistiu de viver
o sonho de amor, não desista de viver
o seu sonho de amor, porque o romantismo
pertence exclusivamente aos corações fortes.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Quem deseja viver um
romance deve se
preparar para vivê-lo
(intensamente).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Faça do seu coração
a morada indestrutível
para abrigar todo
o romantismo do mundo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não há ninguém que
não esteja a espera
de um gesto romântico
que surpreenda.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não engane e nem se engane:
se você tem a necessidade
de jogar ou seduzir,
pode ter certeza que não é amor.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Este mundo sendo
virado do avesso,
sem medo confesso
que sonho o tempo
inteiro com você,
e assim te carrego.

Na janela da sala
o infinito da espera,
meditando a entrega,
o aroma das rosas
beijou o meu rosto:
não escondi o jogo.

As adagas da Lua
imortalizando sinais,
o céu rompendo
com o impossível
e abrindo caminhos
para o amor possível.

No jardim secreto
das noites de seda
as estrelas como
centáureas brancas
soltas na Via Láctea,
e eu hipnótica e nívea.

Os quadris no ritmo
do vento ao encontro
do teu como destino,
em festivo encanto
celebrando morada
e canção sussurrada.

Não temendo nada,
trazendo à tona
a vontade represada,
como uma pagã
convertida a religião
entreguei o coração.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Longe dos teus olhos
vivo no teu coração
como a tua Lua lírica
em meio a escuridão.

As estrelas instruíram
que as noites seriam
longas como todos
estão testemunhando.

Rocha em silêncio
inabalável no peito,
ciente que a paixão
nasceu anunciada.

Lua junto a Mercúrio
Júpiter e Saturno,
a tua espera no porvir
do Equinócio de Outono.

Do sequestro das meninas
da Nigéria o mundo cala
o nó na garganta sufoca,
e sem nada saber: tudo desespera.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠em meio aos nada
tão sutis intuitos,
o arco posicionado
nas mãos do arqueiro
e a flecha que rompe
com o pesado nevoeiro

só consigo desejar
em abraçar a emoção
no teu lindo peito
quando você chegar,
escutar o teu coração
e só de amor falar

acendendo o candeeiro
do Universo para sê inteiro,
olhando para trás
que por mais que queiram
insistir num tempo:
ele não volta nunca mais

não consigo imaginar
mais nada a não ser
naquilo que juntos
somos e podemos viver
neste amor que requer
mais amor do que poder

com razão e em suficiente
silêncio nesta terra
que os homens do passado
caminharam para frente
e os homens do futuro
remam para o passado

nunca por covardia,
e sim para salvar o melhor:
opto o sonho não entregar,
em nenhum jogo entrar,
deixar a tempestade passar
e esperar você chegar

assim olhando para todos
no abismo do destino
deste alto para baixo
virei silêncio e o raio
desta Lua Cheia onde
nunca quiseram me ouvir.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Os engraçadinhos encontram no mundo digital plantar falsas parcerias e co-autorias utilizando a expressão "poetizando" que quer dizer versejando, se você aceita isso
estará aceitando que ele escreveu o seu poema junto com você.

Para combater este tipo de assédio virtual comente no compartilhamento esclarecendo que você escreveu dando data e hora que você postou, enaltecendo a sua própria escrita e algum elemento do poema para dar uma amenizada, ou seja, escreva de uma maneira bem clara e elegante que deixe esclarecido para todos que o espertinho generoso que compartilhou o seu poema nada tem a ver com ele.

Em seguida ou um dia depois deixe esclarecido nas suas redes sociais que você não aceita parceria para escrever os seus poemas, mesmo que mais lá para frente, você mude de idéia, mas por causa desse tipo de internauta, faça o seu cerco público de autoproteção autoral para o conhecimento dos internautas.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Escrevo para
correr riscos
que me levam
pelos bosques,

E me envolver
com(paixões)
em longas noites;

Se não fosse
pela poesia
tais riscos
nunca correria.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠"Xinjiang Uyghur"


Onde o presente tem
reinventado o capítulo
mais cruel do passado,
Todo e qualquer cuidado
é sempre muito pouco,
e ter esperança também;

Campos de concentração
em Xinjiang os pérfidos
fingem que nunca veem.

Querem cordilheiras além
das plantações cordiais
de algodão e de lavanda
para o seu próprio bem.

As cercas elétricas gritam
devastação cultural e étnica,
demoliram os sinais de fé
e incineraram toda a poética.

Querem aquilo que não
se pode ao autoritarismo dar:
o silêncio como palanque
para a voz da História se calar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Para se ter um romance
verdadeiro não é preciso
ter alguém por perto,
é deixar livre o coração
com a paz das pétalas
das papoulas esvoaçantes
pelos prados e estradas.

Caminhando no rumo,
rastreando o teu aroma,
alcançando o destino
que permita te encontrar
e nas tuas mãos colocar
a fortaleza do meu amor.

Para viver um romance
é sentir estando distante
com esperança papoula
superando em primavera
as memórias da guerra,
ter a bênção de ser louca
e a valentia de ser poeta.

Dançando no abismo,
sendo a tua galáxia,
teu Sol e dama absoluta
das tuas noites de Lua,
tomei a tua bandeira,
ocupei terreno e fiz-me tua.

Para ser o romance
é um inequívoco silêncio
em acordo com o tempo
sem quebrar internamente
a discrição do juramento
de entregar a existência
assim que passar a tempestade.

Inserida por anna_flavia_schmitt


Araranguá Poética


Ventos do Extremo Sul erguem

as areias, as conchas e as ondas,

poesia aberta pelas patas

das heróicas mulas dos tropeiros

ergueu-se e fez Balneário

Morro dos Conventos

por beleza, por agraciada natureza

por um povo cheio de grandeza

e foi escrita a Araranguá poética.



É no rio desaguando no oceano,

nas trilhas românticas

nas dunas bailarinas,

no penhasco poético,

nas falésias contemplativas,

no mágico Balneário Ilhas,

no farol do teu olhar me encontro

e na imensidão do mar

do teu amor eu me entrego.



Inscrição perpétua e sambaqui

trago em mim a vibração guarani,

xokleng me faço intrépida

e cerâmica poética do amor

eterno que passou e se perpetua

com a fé da tua gente originária

e com fé de quem veio de longe

e fez a primeira capelinha,

assim és a Araranguá infinita.



Pelas mãos indígenas, africanas,

europeias continentais e açorianas,

encantadoras prósperas e artesãs,

que enfrentaram o mar e por ti

se fizeram herança na lavoura,

na cultura na pesca

e na memória afetiva,

e por tudo isso e muito mais:

és a minha Araranguá poética.

Inserida por anna_flavia_schmitt