Fernando Pessoa Poema Hora Absurda
Beija-flor-da-praia
poesia agitada
com sua sublimes asas,
Eu estou apaixonada,
Diz para ele que
desejo ser por amada.
Beija-flor-de-peito-azul
e anjo da América do Sul,
que com a sua presença
brinda a aurora matutina
na Bela Santa Catarina,
Diz para o amor da minha
vida que todo dia penso
nele e escrevo uma poesia.
Um Beija-flor-de-faixa-branca
feliz batendo as suas
asinhas por ter encontrado
a sua saborosa flor,
É um bonito poema de amor.
O Beija-flor-de-lista-branca
passou por mim,
é um recado do destino
que terei boa sorte no caminho.
A Hoffmannseggella cinnabarina
cortejada pela tempestade,
Enquanto eu escrevo a poesia
que fala destes lábios lindos
que por eles sou capaz de entregar
o meu amor e a minha vida.
Rebatismo Poético
Ouvindo a tempestade
orquestral sigo com
o meu inventário natural,
apaixonado e poético,
(Porque só amamos
aquilo que conhecemos).
Talvez seja um dia
compreendido que é
preciso tornar habitual
a liberação continua
do pensamento colonial,
(Porque ninguém ama
aquilo que não conhece).
Pensamento talvez não
proposital que deu
outros nomes às nossas
riquezas que por muitos
ainda não foram conhecidas,
e por ser desconhecidas
estão escorrendo entre
os dedos todos os dias.
Conflitos, desencontros
e a falta de apreço
entre nós ainda são
efeitos vivos porque
ainda não nos conhecemos,
Mas ainda conservo
uma fé sobrenatural que
se torne página virada,
e que tenhamos orgulho
absoluto da nossa Pátria.
Se eu tivesse poder iria
rebatizar com a minha poesia
toda a vida que necessita
que neste solo gentil habita
para que se torne conhecida,
facilmente reconhecida
e para que nunca mais
ninguém se esqueça no dia-a-dia.
A ventania minuana
balança com firmeza
o Brinco-de-Princesa,
Uma lembrança gaúcha
regressou na cabeça,
As rédeas do coração
hão de ser entregues
nas tuas mãos sedutoras,
E certamente há de ser
escrito o melhor poema.
O pacto de amizade entre
Grozny e Mariupol
não gerará esquecimento,
porque neste bastidor
de letras tem o suficiente
para que não haja
nunca mais apagamento.
Ondeia o trigo das estepes
e o azul da Soberania na Bandeira
para lembrar onde começa
e onde se celebra a Independência.
Enfeitei os meus cabelos
com girassóis e fiz um
canteiro com camomilas
porque ainda não vou
parar de escrever poesias.
As minhas poesias
imparáveis serão espalhadas
de boca em boca
porque são indomáveis,
esta poética imparável
é Motanka giratória.
Se por acaso conseguirem
fazer com que eu pare
de escrever: as minhas
poesias continuarão
sendo escritas sozinhas.
Os mercenários muito tarde
tomaram posse da realidade
e foram pelos ares,
e eu ainda testemunho
povos querendo conquistar
as suas liberdades.
Para cada um que chora
os seus mortos aceno
o meu respeito e entrego
este poema como quem
planta um lírio pacífico
e profundo para que findem
de uma vez com a guerra do destino.
A flor que representa
a nossa Santa Catarina
é a Laelia Purpurata,
Para você te ofereço
a poesia desta linda
terra para que não
seja por ti duvidada,
Colocando nas tuas mãos
a flor dos nossos dias
para que seja amada
e cultivada nesta vida
para que não seja esquecida.
O Manacá quando
flori é pura poesia
paranista a encantar,
A sua recordação
faz do mesmo jeito,
Em ti há muito tempo
eu tenho morado dentro.
O Beija-flor-de-banda-branca
me deu um bom dia
e foi beber água na garrafinha,
Não é preciso explicar
que isso também é poesia.
Bizunga é o meu coração
que bate tão leve de amor,
Em breve criará asas,
encontrará a paixão,
e se entregará a doce sedução.
Minha Estrelinha-ametista,
poesia de asas e plumas
da América do Sul,
Quando o amor é verdadeiro
não se consegue dizer não,
Diga para o meu coração
que não penso em retroação.
Colibri-cinzento
deste solo gentil
e brasileiro,
De ti tenho o beijo
a utopia e a poesia
inspiradora de cada dia.
Beija-flor-verde-ouro,
meu poético tesouro,
Não tenho medo do desdouro
porque quando o amor vier sei
que poderei confiar em dobro.
Meu Beija-flor-de-bico-vermelho,
juro que quando o amor chegar
na minha vida jamais terei medo,
Enquanto o amor não vem
sigo tecendo o poético enredo.
Esmeralda-de-bico-vermelho
vem comigo porque vou te mostrar que não é preciso ter medo,
Com fé no destino caminhar
ou voar não tem nenhum segredo
Se quiser aprender
o quê é união é ser
como as estrelas
do adágio popular,
Na terra brasileira
é somente observar
a convivência no mesmo
lugar dos Sabiás do campo
e das companheiras Emas,
Ser sempre um alguém
que nesta vida aprende
observando a Natureza.
Anita Garibaldi
Olhei para a copa
de uma araucária
e lembrei que fostes
Rincão dos Baguais,
Há tanto tempo faz
por todas auroras
amorosas que meu
peito te ama todos
os dias ainda mais.
Passaram tropas,
a tua memória
nunca se apagou,
Tua gente carinhosa
o futuro abraçou.
Imigrantes italianos
e alemães ergueram
com força do campo
uma cidade bonita,
Não é a toa que tens
o nome de heroína.
Há muito o quê fazer
na Cachoeira do Taimbé,
na Gruta de Nossa
Senhora de Lourdes
onde o povo sempre
busca aumentar a fé,
E na Trilha Geremia,
nos teus lagos e
na Usina Velha valem
cada passeio da alegria.
Anita Garibaldi és
da nossa heroína
a fiel seguidora
que honra sempre
a primeira professora,
e aos olhos brinda
com a tua paisagem sedutora.
