Fernando Pessoa Poema Hora Absurda
Quando florescerem
as gentis catingueiras
e as sutis gameleiras,
Estarei no caminho
paraibano trajada
com o meu vestido
de algodão puro,
ornada de utopia
e um livro de poesia
do eterno Ariano,
E de mãos entrelaçadas
com as suas declarando
olhos nos olhos o quão
imensamente que te amo.
Nas mãos uma
Cattleya labiata
em floração,
Para a ponta
da minha caneta
uma declaração
em forma de poema
para que a leve
por onde quer
que você caminhe,
pare, respire,
sorria e lembre
com a bonita certeza
de que todas as vezes
que me importei
com você é porque
sempre acreditei
que há romance
nos teus olhos
e que amar a sua
existência vale a pena.
Quem nesta vida
nos avisa amiga é,
estas palavras não
são frutos das minhas
incontáveis poesias,
saiba quem as falou
não está mais viva:
- O maldito usa todos
como meio para se
segurar no poder
e manter muitos
sob o seu comando,
ele usa, faz e se desfaz
e nunca deixou
ninguém viver em paz.
Só sei que o maldito
além de atropelar
os outros povos,
do próprio povo
nunca teve pena,
da minha parte
jamais é cantilena.
Dúvidas não faltam,
perguntas sobram,
cabeças fechadas,
aeroportos fechados,
muitos ainda calados
e muitos cansados.
O mercenário que
queria fazer História
virou lenda por
avisar da urgência
de fazer ajustes,
e por ter ganho
o coração do povo
modesto que só viveu
a vida inteira e vive
a brutal reprimenda.
Quem tirou a vida
do mercenário
caçou a última utopia
do povo que nunca
teve oportunidade
de viver em liberdade.
A verídica inteligência
não faz pacto com
a intransigência,
Para cada baioneta
apontada revida
sempre com um poema
de cabeça erguida
derrotando o inimigo
dentro da própria casa
sem avançar fronteiras.
Tornar-me a fada que dança
junto com as folhas fascinantes
das carnaúbas maranhenses,
Imaginar me põe viva
com desejos incandescentes
fazendo que eu seja poesia
silenciosa que te inunda
por todo o lugar que você anda,
Desabrochar junto com
as jitiranas da Barra do Corda,
Ser a testemunha apreciando
a tua mão carinhosa espalhando
solanos azuis perfumados
no destino que nos farão plenos indissolúveis e acordados
num pacto de cumplicidade
com a eternidade: indissociáveis.
A ventania desfaz
as esferas do Andirá
místico sobre mim,
Girassóis tocantinenses
estonteantes ondeiam,
A Arara-Canindé
surge presenteando
com a sua acrobacia,
Para que me agracie
com a sublime vista
onde eu possa te ver
e ao mesmo tempo
viajar aqui dentro
em busca do maior
ofertório poético
do amor em surgimento.
Ter a minha orelha
enfeitada por você
com uma fresca
Sorriso-de-Maria,
Ler um livro de poesia
na sua companhia,
Colher castanhas
em terras paraenses,
Dizer olhos nos olhos
que as tuas manhas
fazem a minha cabeça
e embalar a sua rede
até que você adormeça.
Estrelinha branca
nascida no Céu de ouro,
Poesia brotada
no meio da imensidão,
És tu a Flor do meu pendão
e do Capim Dourado
que tem de mim o quê
há eternamente mais apaixonado.
Soberana Vitória-régia
dos igarapés amazonenses
És filha da Vitória-régia
do poético igarapé místico
do Hemisfério Austral,
Regente-mor dos igarapés
amazônicos mais profundos,
És o signo de todos os sonhos
que tem orientado do Norte
ao Sul em todos os cinco pontos
que comigo os tenho guardado
com votos sempre renovados
e toda a poesia que embalo
para que ninguém obtenha
nenhum êxito de tirar tudo
aquilo que mantém o amor
infinito e o coração coexistindo.
A ventania espalha
as sementes da Chichá,
Floresce o Maracujá
a Bromélia e a poética
orgulhosa rondoniense,
Tenho preparado todo
dia para nós uma festa,
O quê farei contigo
só confesso mesmo
ao pé do teu ouvido,
O quê nos interessa
é o sigilo romântico
despido de toda a pressa.
Caminho até o final
do seringal espiritual
em busca da presença
que há de ser o meu
o mais doce transe.
Aprecio a revoada
da Arara-Vermelha,
penso no próximo
poema de amor
como se encontra
a real Costus d'alma.
Neste trajeto acriano
primeiro e derradeiro
no mesmo instante
como quem leu de estalo
o próprio romance,
e sem ter nenhum medo
de se entregar por inteiro:
(Celebra o sentir verdadeiro).
A Choca-do-Acre
cantando no galho
da árvore frondosa
trouxe a inspiração
poética e amorosa
para dar o coração
na palma da sua mão,
E como prêmio sei
que vou receber
o seu em retribuição.
Terrena e etérea amapaense
cúmplice poética igual
ao do Beija-flor-brilho-de fogo
assumo que me comporto,
Cada sinal teu tem servido
de algum afetuoso conforto.
Desabrochando com a sutileza
de uma Lepanthes Suelipinii
mesmo sem ter certeza
se faz um ou nenhum sentido,
ainda obedeço o curso do rio
sem temer qualquer desafio.
Habitando nas entrelinhas
ribeirinhas deste mistério
e busca devota tremenda
como se estivesse o tempo
todo diante sua presença
sendo maís de um poema.
Porque algo secretamente
diz para continuar insistir
em buscar heroicamente
as frutas, o leite fresco
do fascinante amapazeiro
e ser o teu amor derradeiro.
Sou peixe na sua rede,
você é pescador
no mar do meu amor,
Chamei o grupo para tocar
você jogou a rede
junto com os outros,
Todos muito animados
começaram a cantar e a dançar,
Foi assim que você conseguiu
me envolver e conquistar.
Em mim não deixo
morrer o nosso país,
Canto para seguir
a vida sendo feliz,
Vendo você e os homens
cruzando em zigue-zague
o pátio da aldeia,
Esperei por isso
a semana inteira,
Esperando na taba
você para dançar
a Dança do Tamanduá,
Quando vi você ali
como queria poder
pedir para o tempo parar,
e contigo para sempre ficar.
Tenho um amor lindo
pela minha cidade
enfeitada por este
verde do Médio Vale.
Por toda História
que cruzou o oceano
e ainda vive nela,
Faça Sol ou Chuva
sempre agradeço
por morar em Rodeio.
O Rio Itajaí-Açu que
o diga porque por onde
ele passa não existe
cidade tão bonita.
É só perceber desde
o portal que aqui
nesta terra brasileira
também vive a grata
herança trentina.
Não me canso de dizer
que amo Rodeio,
porque aqui eu moro
e também habita toda a poesia.
Com a minha saia rodada
levo uma ponta para lá,
outra ponta para cá,
Ergo a ponta na altura
da cabeça e desço,
Vou para frente e para trás
vou dançando ao som,
do ganzá, do tamboril
e da viola de cocho,
Só na sedução do Siriri
para encantar o meu moço.
Quem passar por ti
não quer sair
nunca mais daqui,
Minha Monte Castelo,
morada do peito
e amor perfeito.
Do Planalto Norte
Catarinense é o lugar
de sorte por ter
o signo da glória
dos expedicionários,
e a honra de um
povo que não
se nunca a luta.
Quem passa por ti
se encanta com
a beleza e a alegria
que moram aqui,
Minha Monte Castelo poética,
a melhor poesia só vem daqui.
O Inverno em gradação
romântica chegou
no Médio Vale do Itajaí,
um contentamento inefável
embalador, incontestável
mesmo escuro e cinzento.
Rodeio nos teus braços
verdejantes e coroada
pelas cores cinzas
do céu da estação
convida a uma íntima
e devota declaração.
Rodeio não te amo
da boca para fora,
E sim do lado de dentro
vestida de inverno
é a própria beleza em esbanjamento.
Na roda do Cururu
cantando e dançando
a tradição bonita,
Você mostrou que ama
com toda a poesia
a História e suas raízes,
E de mim não tirava
os olhos porque no seu
peito sou eu que moro,
e a cada lindo sonho
meu ele se realiza como
fosse seu porque não
existe amor maior até
hoje que te pertenceu.
Olhando a fumaça da História
que te deu o seu nome,
assim escrevo a sua memória.
Eu te amo, Morro da Fumaça!
Recordo que teus fundadores
vieram da Bielorrússia
para a gentil terra
do Sul de Santa Catarina.
Eu te amo, Morro da Fumaça!
Depois vieram os italianos
e assim foi se erguendo
esta gentil e amorosa cidade.
Eu te amo, Morro da Fumaça!
Te amo com um amor tão lindo
que por nada neste mundo passa,
o teu povo tão querido tem uma
hospitalidade que com o coração
sempre quem chega ele abraça.
Eu te amo, Morro da Fumaça!
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