Fernando Pessoa Poema Hora Absurda
Sem Justiça Não Há Paz
Não há paz sem justiça
Não há amor sem igualdade
Não há futuro sem esperança
Não há liberdade sem dignidade.
Somos todos filhos da mesma terra
Somos todos irmãos na mesma luta
Somos todos agentes da mesma mudança.
Vamos juntos levantar a nossa voz
Vamos juntos denunciar a opressão
Vamos juntos construir um mundo novo
Vamos juntos cantar uma nova canção.
Não há tempo para o silêncio
Não há espaço para a indiferença
Não há desculpa para a violência
Não há razão para a injustiça.
Somos todos testemunhas da mesma história
Somos todos protagonistas da mesma cena
Somos todos criadores da mesma obra.
Vamos juntos levantar a nossa voz
Vamos juntos denunciar a opressão
Vamos juntos construir um mundo novo
Vamos juntos cantar uma nova canção.
Não se deixe enganar pelo poder
Não se deixe calar pelo medo
Não se deixe comprar pelo dinheiro
Não se deixe dominar pelo sistema.
Vamos juntos levantar a nossa voz
Vamos juntos denunciar a opressão
Vamos juntos construir um mundo novo
Vamos juntos cantar uma nova canção.
Não há paz sem justiça
Não há amor sem
igualdade
Não há futuro sem esperança
Não há liberdade sem dignidade.
Antes Que Tudo Se Repita
Sempre repetindo os mesmos erros
Às vezes se enganando com falsos acertos
Nunca percebe que está indo pro abismo
E ainda se acha o dono do ritmo.
Você se ilude com promessas vazias
E se envolve em situações sombrias
Não escuta os conselhos de quem te quer bem
E depois se lamenta por não ter ninguém.
Sempre repetindo os mesmos erros
Às vezes se enganando com falsos acertos
Nunca percebe que está indo pro abismo
E ainda se acha o dono do ritmo.
Você desperdiça as oportunidades
E se fecha para as novidades
Não aprende com as lições da vida
E depois se arrepende por ter perdido a saída.
Sempre repetindo os mesmos erros
Às vezes se enganando com falsos acertos
Nunca percebe que está indo pro abismo
E ainda se acha o dono do ritmo.
Acumular erros não é obra de arte
Deixe de orgulho e os admita
Sem reclamar da sorte
Pare agora e reflita.
Aculumar erros não é obra de arte
Deixe de orgulho e os admita
Sem reclamar da sorte
Aprenda antes que tudo se repita.
Átomos, partículas, borboletas, azul e branco
Budismo, construções, pedras, beija-flor
Vazio, saudades, momentos, eternidade
Livros, crianças, casamento, profundidade
Tempo, amor, não-esquecimento, cruz
Fraternidade, Deus, linha do tempo
Estrelas, caminho, escrituras
Barco de sentimentos, ausência, solidão
Bússola
Salmo do Que Sobrou
Pai,
fui abandonado pelos que me chamavam de lar.
Fui traído pelas promessas que fiz a mim mesmo.
Chamei de amor aquilo que me devorava
e ainda assim ofereci o pão.
Me disseram:
homem que chora é fraco.
homem que parte, é culpado.
homem que sente, não serve.
Então calei.
Por anos calei.
Enterrei meu grito sob pneus e porcas,
numa oficina que cheirava mais a passado que a graxa.
Mas nem o barulho das engrenagens
conseguia abafar o ruído do que eu não dizia.
Na bancada, deixei as chaves.
Foi sem querer —
mas nada é por acaso quando o mundo está desabando.
Vi minha amada me olhar como um estranho.
Vi a verdade sobre meu filho me atravessar como espada.
Vi minha família me virar o rosto
como se eu fosse o próprio erro.
E eu?
Eu só queria um pouco de verdade,
um pouco de chão
onde meu coração coubesse.
Gritei para o céu,
mas só ouvi o eco da minha fé ferida.
“Pai… nas tuas mãos entrego o que sobrou de mim.”
Não era mais súplica.
Era rendição.
De mim restou apenas isso:
um suspiro com nome.
Um corpo em estilhaços
que ainda crê no vento.
Explodi por dentro.
Morri sem coroa.
Mas, como o meu Mestre,
fui enterrado na injustiça
e renasci no invisível.
Se até os anjos
merecem morrer,
quem sou eu para não cair?
E no entanto,
olha para mim —
ainda aqui.
Ainda verbo.
Ainda caminho.
Não vim para ser exemplo.
Vim para ser espelho.
Para que os que sofrem
saibam que a dor também
pode ser oração.
Este é o salmo do que sobrou.
Do homem que perdeu tudo,
menos a centelha que o fez de novo.
E se este corpo já não cabe na velha vida,
que seja templo
de uma fé que arde
sem pedir plateia.
Conhece-te a ti mesmo
Ser forte
não é fingir que não dói.
É aceitar que sente
e, ainda assim, permanecer inteiro.
Minha natureza é essa:
eu sinto.
Eu respeito.
Eu me importo.
Mesmo quando isso parece tolice para o mundo.
E enquanto muitos usam o poder
para dobrar os outros,
eu escolho o poder que me liberta:
o de permanecer quem eu sou.
Porque, no fim,
o sábio
não é quem vence disputas...
é quem não se perde de si.
Epílogo do LIVRO DAS REFLEXÕES
por Danyyel Elan
Lançamento em breve.
AÑÃ’GWEA
Enquanto sinto o meu coração palpitar, observo a beleza dos raios de um sol de inverno afagar minha pele suja de terra, meus olhos pesam, apago.
Lá no alto da colina, por entre árvores criaturas fantasmagóricas dançam envoltas na brisa suave do vento.
Agora o vento sopra lentamente uma doce canção.
Será esta a canção das criaturas que habitam os céus ou daquelas nas profundezas dos mares?
Acordo desse sonho pesado algum tempo depois, a canção ainda ecoa como um grito que se sufoca
Agora posso ouvir o som da minha alma;
“Voe filha de Iamandu;
Voe bem alto e faça das nuvens um véu;
Espere pela noite e suas estrelas brilhantes;
Voe e dance como o vento no céu.”
SINFONIA
Nas sombras da tristeza me encontrei,
O coração em pranto, o peito apertado,
Lágrimas como chuva a cair, sem lei,
Em meio às lamentações, perdido e cansado.
A melancolia tece teias ao redor,
Emaranhando os sonhos, prendendo a voz,
Suspiros ecoam, pesaroso clamor,
Em busca de alento, anseio por uma voz.
Nas noites mais escuras, busco a luz,
Mas a escuridão parece tão densa,
Em meio às sombras, sinto-me em cruz,
Navegando em mares de tristeza imensa.
Porém, em meio a essa penumbra e dor,
Deixo um pedido ecoar em meus lamentos,
Que nenhuma nota de felicidade se cale,
Por causa dos meus tristes pensamentos.
Que mesmo nas horas mais sombrias,
A alegria encontre sua morada,
E que em meio às minhas melancolias,
A esperança seja sempre despertada.
Que a música da vida siga a tocar,
Um acorde de esperança e contentamento,
Para que a felicidade possa encontrar,
O seu lugar, rompendo meu sofrimento.
Que, ao contemplar o céu estrelado,
Eu possa ver além das nuvens cinzentas,
E saiba que, mesmo com o coração apertado,
A vida é uma sinfonia, complexa e lenta.
Reergueram o muro, você não o vê senhora?
Reergueram o muro, você não o vê senhor?
Construíram na madrugada do dia 13
O muro que o mundo separou
Eles reergueram meu Deus
Ele caiu, mas “ele sim” levantou
Eles reergueram o muro meus senhorxs
O muro da divisão voltou!
Ële não mais bloqueia o sol
E as torres mudaram de lugar
Mas o ditador reconstruiu o muro
O muro que vai nos separar
Meus Deus… Não pulem o muro meninas…
Eu tentei avisar que ele voltou
Mas da varanda gourmet não me ouviu gritar
Que o parágrafo 27 ordenou
Você não ouviu as sirenes tocando?
Você não ouviu os soldados gritando?
Mas a moça não os obedeceu
E assistimos todos de casa quando a 101 se restabeleceu
A ciên-cia-a da OMS comprovou
E prefeito que avisa amigo é
Até no muro do cemitério ele pintou
#Fique em casa seu mané
Para o seu bem
Fique-em-casa!
Repito
Fiquem-em-casa!
Pobre moça
Pobre trabalhador
Mas o jornalista do cooper anunciou
Que a ordem 101 voltou!
08.04.2020
Aqueles que Pensam Demais
Wlliam Contraponto
Pensar demais é sombra que não passa,
é lume estranho à festa da clareza.
Enquanto o riso dança e a pressa abraça,
a mente arde — silêncio com firmeza.
Vêm cheios de perguntas que não dormem,
incômodas, sem resposta na mão.
Enquanto outros seguem formas e normas,
eles andam nas bordas da contradição.
Não suportam o raso das conversas,
nem o teatro fácil de parecer.
Cada silêncio guarda o que não dispersa,
cada gesto recusa pertencer.
Chamam de frio o que é só cuidado,
de orgulho o que é só dor contida.
Mas é só o peso de ter enxergado
frestas demais na mesma vida.
E quando vão, não vão por desprezo —
mas por cansaço de ser farol.
Viram demais, queimaram em segredo,
preferem o escuro ao falso sol.
Pensar demais é sombra que não passa.
É uma busca quieta, rara e imensa.
Num mundo ansioso que ri e disfarça,
pensar demais é forma de presença.
Maternidade
William Contraponto
No corpo a vida se anuncia
como semente em terra ardente.
Mistério, dor e poesia,
num tempo que não segue em frente.
O ventre é sol que se derrama,
é casa antes do existir,
é chama antiga que se inflama,
sem nunca se deixar partir.
No colo nasce o infinito,
nos olhos — mundos a brotar.
É medo calmo e grito aflito,
é dar sem nunca se esperar.
Ser mãe não cabe em um conceito,
nem se traduz por condição.
É ter o mundo sobre o peito
e ainda abrir o coração.
O Homem e Sua Luta
William Contraponto
No campo onde a terra sente o peso,
Pepe caminha, mas não pede perdão,
sua vida é mais que um simples recomeço,
é a luta viva contra a opressão.
Sem ouro, sem trono, seu olhar é franco,
com mãos calejadas, mas alma acesa,
na verdade que surge de um simples estanco,
sua liberdade não é uma mentira, é certeza.
Na prisão do corpo, ele se fez inteiro,
não cedeu ao luxo que corrompe o ser,
seu coração é campo, seu espírito é feitor,
na luta constante por um outro viver.
Ele diz: "a felicidade não é mercado",
não vive por nada que o poder decida,
seu país é a rua, seu exílio, o fardo,
onde a justiça nasce, na raiz da vida.
Mujica, a lição que jamais se apaga,
um homem que resiste além da dor,
e na memória do povo, sua chama nunca se apaga,
pois o verdadeiro poder está no amor.
Francisco, o Dissidente
William Contraponto
No trono antigo, a veste é só cenário,
mas tua voz tropeça em outra estrada.
Não segues o script do imaginário,
prefere a lama à cúpula dourada.
Tua liturgia é gesto sem vitrine,
não veste mitra, veste humanidade.
Fala com fome, não com hino ou delfine,
e pisa firme onde há precariedade.
Não creio em dogmas, mitos ou condenas,
mas vejo em ti dissenso verdadeiro.
Entre palácios, contas e antenas,
caminhas quase como um companheiro.
Não busco santos — busco quem resista,
quem fale ao povo sem se ajoelhar.
E mesmo sendo peça de uma lista,
te vi tentar o mundo reencantar.
O Homem na Porta
William Contraponto
O homem na porta observa
E tira suas previsões,
Entre uma e outra reserva
Vê o que há em ambas situações.
O homem na porta hesita,
Mas não cessa de esperar,
Pois cada cena palpita
Com algo a revelar.
Vê passarem os enganos
Com vestes de solução,
E os que fingem há muitos anos
Ser donos da direção.
Escuta o rumor da rua
Com olhos de dentro e fora,
Como quem encara a nua
Verdade que se devora.
Vê que a luz também confunde
Quando insiste em dominar,
E que o claro só responde
Se o olhar souber mirar.
IMAGEM
As velhas imagens guardadas no escuro sótão, respiram o pó de memórias que nunca morrem. O rosto fixado na percepção já amarelado, revelam histórias escondidas em olhares e pixels desbotados no tempo...
Caminhos e pensamentos estreitos do passado são palavras em ecos longínquos. Corre-se despreocupado nos campos, em tardes douradas que o tempo esqueceu engavetado. A brisa ressoa saudade..
As representações é um portal de lembranças, um reflexo de instantes cristalizados. Os anseios nos rostos familiares, contam sagas de amores que se foram e desafios presentes, hoje, são apenas folclore...
Na velha casa de palha, a mesa é sempre posta para o jantar, onde o aroma de pratos esquecidos ainda pairam. As risadas ao redor, agora sussurros, são a prova de que o passado está presente em formatos absortos...
E assim, diante dos apocalipses que se guardam, rever-se o obsoleto que nunca se apaga. As lembranças, como estrelas no céu noturno, iluminam o presente com sua imitação quase eterna...
Em cada rabisco, uma vida se desenha, traçadas por sonhos, lágrimas e gracejos. O tempo, senhor de todas as coisas, é vencido pela eternidade do instante capturado...
As imagens nunca morrem, subversivas trocando sonhos. E o encontro é sempre afável, numa trilha que não finda. E assim caminha-se, perpetuando imagens criadas...
--- Risomar Sirley da Silva ---
'SOBRE A VIDA...'
Pode nos falar um pouco sobre 'solidão'?
- Creio que a maioria das pessoas sentem ou já sentiram. Sentir solidão é saudável. Às vezes não! Depende de quem a estar sentido no momento. Gosto da solidão, de me sentir solitário. De estar perdido no meu mundo sem ninguém para interferir nesse transe. Sentar na minha escada sozinho e ficar observando os degraus que fazem parte das minhas ilhas, meus ventos, cheiros. De voltar no ontem e abraçar o singelo vislumbrando o futuro. Ler alguns livros e não compartilhá-los por que ninguém os entenderiam. Solidão me trás introspecção, deixa-me suave com meus abandonos...
- O lado negativo de sentir solidão é que as pessoas próximas te interpretam mal. Te veem diferente. Às vezes queremos ficar sozinhos enxergando nossos delírios, viajando por lugares semelhantes, outros desconhecidos. Conotar as mesmas paisagens, ou lugares que nunca fomos. A solidão é esse pilar que, de alguma forma, tenta nos afastar da realidade, embora sabendo que nos próximos minutos, estaremos com os pés novamente em cicatrizes, consumidos pela exaustão de mais um dia, um novo dilema...
--- Risomar Sírley da Silva ---
-
-
”De que adianta”
De que adianta a praia, se não a contemplo?
De que adianta a família, se não tenho tempo?
De que adianta algum dinheiro, se não viajo?
De que adianta alguns amigos, se não me engajo?
De que adianta o ar, se não respiro?
De que adianta o mar, se não me atiro?
De que vale o sol, se não me esquento?
De que vale a casa, se sou relento?
De que vale a fartura de pão, se eu não sustentar?
De que vale mais um culto, se não me entregar?
De que me serve a fala, se eu não pregar?
De que servem os braços, se eu não abraçar?
De que valeu o tempo, se eu não parei?
De que valeu a vida, se eu não reparei?
De que serviu a paisagem, se eu não percebi?
De que serviu o espelho, se eu jamais me vi?
De que me valeram os olhos, se eu não olhei?
De que me valeram as tempestades, se eu não mudei?
De que serviu a Bíblia, se eu nem a li?
De que serviu a Cruz, se não me arrependi?
CANÇÃO DE AMOR À PÁTRIA
O ensino é precário
O caminho é longo
A estrada é quente
O salário é baixo
O trabalho é árduo
Sou um simples “latino”
Americano
Sem inglês e sem diploma
Não danço funk
Não canto samba
Logo não tenho chance
E do outro lado do oceano
Continuarei sendo
A poeira dos sapatos dos gênios
Gênios?
Aqueles que sabem mexer.
O bumbum?
Não
Com números
Com calculadora
Com orçamento
Com ciência
Com salário quente
Com trabalho baixo
Com carreira longa.
Esses também são mortais.
Mas antes de morrer, terão feito.
Terão vivido.
Horizontes
Deixaste-me ir
Tu que me devoras
Para longe, longe
Buscar novos pares...
Ou novos ares
De solidão.
Voltei.
Tem tu certeza, então
De que meu coração
A ti dedicarei
Por quanto durar
A eternidade.
Homenagem a Raulzito .
Sou fã do Raul desde O Dia em que a Terra parou e sou uma Metamorfose Ambulante desde quando Eu nasci a Dez mil anos atrás .
Como vovô já dizia , a melhor música é o Rock do Diabo boa para se ouvir esperando A Hora do Trem Passar , isso mesmo o Trem das Sete e ele dizia isso no tempo que eu calçava Sapato 36 , exatamente quando perdi meu Medo da Chuva , conheci Meu amigo Pedro e me tornei um Cowboy Fora da Lei pior do que Al Capone que comeu uma Mosca na Sopa em um Banquete de Lixo e fiquei por muito tempo Fazendo o que o Diabo Gosta mas me regenerei e me converti quando encontrei Pastor João e a Igreja Invisível , deixei de ser Movido a Álcool e disse a mim mesmo Não Quero mais andar na contra Mão e decidi levar ao pé da letra O Conto do Sábio Chinês e descobri que muita coisa que eu dava valor era somente Ouro de Tolo , vou rezar todos os dias a Ave Maria da Rua para conseguir desvendar O Segredo do Universo e Só pra Variar ainda vou curtir muito o Rock das "Aranha" nesse ponto Eu sou Egoísta porque sei que há Muita Estrela pra pouca Constelação . Então meus amigos vou parando por aqui com essa Conversa pra Boi Dormir e enquanto eu ouvir uma voz dentro do meu Coração Noturno me dizer Tente outra Vez vou continuar procurando As Minas do Rei Salomão nem que seja A Beira do Pantanal e quando chegar a Geração da Luz vou fazer carinho até em Cachorro Urubu , vou seguir As Profecias e quem sabe assim eu acerto na Loteria da Babilônia embora eu saiba que o que mais tem valor são as Coisas do Coração , sei disso porque já encontrei alguém para dizer "Tu És o MDC da minha Vida" e vou continuar com ela até comer Capim Guine pela raiz .
Um Grande Abraço !
