Fernando Pessoa Poema Hora Absurda
Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa.
De repente a gente se encontra numa esquina, num outro planeta, no meio duma festa ou duma fossa, a gente se encontra, tenho certeza.
Nunca precisei tanto de alguém como preciso de você, nunca desejei tanto um sorriso como desejo o seu, nunca esperei tanto por um beijo como espero pelo seu…
Em outros tempos diria “Tomei raiva de você”. Mas nem foi raiva, vejo isso agora. É só tristeza mesmo.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. (...) Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Nota: Trechos do texto "Quase", escrito por Sarah Westphal, mas muitas vezes atribuído a Luís Fernando Veríssimo
...MaisVontade de pedir silêncio. Porque não seria necessária mais nenhuma palavra um segundo antes ou depois de dizerem ao mesmo tempo: – Quero ficar com você.
É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar. Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar. Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.
O poema que saiu andando.
Filho,
te inventei sem saber verbo.
Foste broto em meu osso.
Um punhado de manhãs dentro da minha carne.
Tu me viste antes de eu saber que existia.
Sabes dos meus escondidos,
dos meus becos sem luz,
dos passarinhos mortos dentro do meu silêncio.
Teu choro me abriu fendas.
Teu riso me pintou paredes.
Meu corpo virou pássaro sem asas pra te esperar.
Minha alma virou ninho sem entender voo.
Agora andas vestido de chão próprio.
Teu nome não me cabe mais nos dentes.
És árvore que me espiou por dentro,
raiz que virou rio.
Maior que eu. Melhor que eu.
A minha coisa mais bonita.
O poema que saiu andando,
descalço de mim.
Eu faço o meu possível,
Na medida certa, as vezes incorreta
Tentando driblar o destino
Mas no decorrer do caminho
Aparecem os desafios
Passado e presente de cruzam
E o futuro fica sombrio
Em uma sacada da sorte
Em meio ao desatino
Escuto, engulo as palavras
Enfrento meu maior desafio
Enterro o passado num vaso florido
E vivo o presente sem pensar no amanhã
Pois na vida cada dia se escreve
No momento vivido.
SOBRE MIM.
Já chegaram a me dizer
O que eu deveria fazer,
Do que eu deveria saber,
Mas mal sabiam eles
Que apenas queriam ensinar chuva a chover.
Nunca fui um sabe nada,
No entanto,
Nunca serei um sabe tudo,
Eu vou seguindo minha estrada,
Como guerra de Esparta,
Mas sem usar espada e escudo..
Não sou igual a ninguém
E não sou tão diferente também,
Tenho minha vida,
Um eterno vai e vem,
Mas eu vou seguindo bem.
Vivo de forma mansa,
Como uma dança,
Uma eterna valsa,
Onde não se cansa.
Veja só, veja só,
Sou um eterno viciado,
Não em pedra,
Não em pó,
Sou viciado em verso,
Em prosa,
Na vida e só.
AMAR.
Amar…
A mar…
Ah, o mar,
E essa beleza de luar,
Que encanta e ilumina o fundo do olhar,
Que seu brilho e sua onda, que vieram para limpar...
Purificar,
Cada alma que para a lhe observar,
Vendo cada alma desse mar,
Ah, o mar,
A mar,
Amar...
SIMPLES OLHAR.
A felicidade pode não passar de mera ilusão
Que vem pelos nossos olhos e engana nosso coração,
É apenas um substantivo de enganação,
É apenas um momento que poderá ser lembrado, ou não.
O sorriso é uma ação temporária,
Que muitos veem como medalha,
Outros veem com inveja no olhar,
Por pensar que aquilo é verdadeiro e querer participar.
O abraço pode ser confortante, mas com falsidade,
Há sempre o abraço que não queria ser dado de verdade,
Mesmo aquele que é bem apertado
Pode ser mais um que não seria compartilhado.
Já o olhar, Aaah, olhar...
Ele é fascinante,
Ele não mente,
Quanto mais fundo você olhar,
Mais você irá desvendar,
Não existe olhar que engana,
Existe aquele que te causa gana,
Então sempre vai querer mais...
Sempre mais do que um simples olhar faz.
AO PARTIR.
Ao partir, você deixou saudade...
Foi muito o que deu-me:
Amor, carinho, vontade...
E, antes de ir,
Avisou-me que iria partir,
Mas tolo como sou,
Não me preparei,
Apenas imaginava um futuro para nós,
E não conseguia imaginar
Minha vida novamente no singular.
Você foi-se e não levou consigo
Aquilo que conquistou comigo,
Deixando-me um grande embrulho,
Um embrulho cheio de memórias,
Um embrulho que não quero jogar fora,
Mesmo que, às vezes, seja um peso para mim.
Ahhh!!! E eu ainda sou
Apaixonada por você
Não me importo com a aparência
Se tem sangue de anjo ou de demônio.
É a visão perfeita, o homem que ronda
Meus sonhos.
Onde a paz se esconde
Tem medo de aparecer
Dar as caras e enfrentar
Esta onda fervorosa
De destruição que o
Mundo sofre ...
Onde está a paz
Que muitos procuram
E não encontram.
Está em nosso coração,
Dentro de nós
Nem todos querem a paz
E quem a encontra
Guarda pra si
Mas o mundo precisa
Que todos a encontrem.
Porque esse amor doentio
Essa dor sem sentido.
Uma pressão que corre nas veias
Triste, sofrido.
Porque não posso esquecer
Comandar os meus sentidos
Viver com minhas escolhas.
Esquecer o que nunca foi merecido.
Preciso desabafar
Jogar tudo pra fora
Deixar o vento levar.
Preciso me libertar
Soltar todas as amarras
Deixar as correntes cair no mar.
Preciso de paz
Acalmar meu coração
Pois de que adianta saber agora
Se já não é mais a solução.
O tempo carrega a alma
A vida esmaga o coração.
Procura...
Passo o tempo a procurar
algo que não sei onde está
Preciso encontrar
mas nem sei como é...
Minha procura é insana
meio desumana
Procurar algo
que nem imagino como é...
Mas vou arrumar um modo
de poder ver... imaginar
E no fundo da alma
Poder te encontrar...
Para poder finalmente
te amar...
Posso até pensar em você
Assim, aleatoriamente
Sentir sua falta
Querer conversar,
Contar sobre o momento
Sobre meus sentimentos
Sobre a razão de eu estar muda
Posso até querer sua companhia
Conversar sobre a época de menina
Reviver lembranças nunca esquecidas
Sorrir, brincar
Passar um momento
Sem nada pra se preocupar
Posso, eu posso
No meu isolamento
Em meu mundo invertido
Ter uma história só minha
Onde você é minha vida
E nada muda este capítulo
Pois eu sou a protagonista
E nesta minha história
Você é o único
E não há ninguém no mundo
Que desfaça está história escondida.
