Fernando Pessoa Mudanca

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Ela estava apaixonado por ele. Perdidamente. O problema - um dos problemas, porque havia outros, bem mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais.

Deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até ao fim.

Não é fácil, muitas vezes eu me sinto sufocar de saudade, de vontade de estar perto.

E o amo ainda, quem sabe mesmo agora, quem sabe mesmo sem saber direito o significado exato dessa palavra seca - amor.

Ela tinha assumido seu destino de Mulher Totalmente Liberada Porém Profundamente Incompreendida E Aceitava A Solidão Inevitável.

Eu, vagando entre o real e o imaginário, suspiro a cada sonho.

Eu pensei em perdoá-lo. Engolir o choro, o orgulho, a raiva e a tristeza que me invadia e corroía por dentro. Mas em menos de uma semana lá estava ele abraçado com outra. Eu sei, ele sabe, nós sabemos: acabou. De vez. Para sempre. Definitivamente. Não há mais volta. Nada será como foi um dia. Mas só quem não percebeu isto ainda foi meu coração… Pobre, pobre coração. Coração este que não aprende a lição. Coração este que está cansado de amar errado.

‎Meu coração surrado deu de arrancar o curativo, deu de cutucar o machucado...

Só queria ser feliz. Gorda, burra, alienada e completamente feliz.

Bêbado, confuso, farpado. Mas não consigo me deter. Embora não reconheça o ponto onde devo chegar, é para lá que me dirijo cego, aos trancos.

Eu prefiro amar a mim mesmo. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço.

Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou “o que foi?” – perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor – essa pessoa – continua vivo(a), há então uma morte anormal.

A cidade lá fora, com gentes falando sempre alto demais, sem parar, entrando e saindo de lugares, bebendo, comendo coisas, pagando contas, dançando alucinadas, querendo ser felizes antes da segunda-feira: urgente.

De repente me passa pela cabeça que você pode estar detestando tudo isso e achando longo e choroso e confuso. Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir.

E aí você tem que agir como se não se importasse.

Apenas um aviso que eu deixo bem simples: se quiser, me procura você.

Posso ter sido mais uma pra você, mas sou única pra mim.

A gente enfeita o cotidiano — tudo se ajeita. Menos a morte.

Te procuro em outro corpo, juro que um dia te encontro.

Sim, existir é incompreensível e excitante.