Fernando Pessoa Mudanca

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Odeio muito os dias que não te vejo.

— Estou precisando de uma caixa nova.
— Pra quê?
— Guardar a minha coleção de decepções.

Quando o dia começa, junto dele continuo a construção e desconstrução de mim mesma... há dias que sinto ter encaixado peças importantes, definitivas e dali tenho a sensação de que tudo que há por vir é só lucro, mas no dia seguinte retiro tudo aquilo... Desisto daquela ordem de montagem e começo do zero... eu gosto muito de um trecho de uma música "prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".... é muito chato ter verdades absolutas, planos definitivos, enfim, nada como um dia após o outro para se ter sempre a chance do recomeço... de um novo eu... de um novo plano de vida... de uma melhor verdade...

Eu nunca fui tão eu mesma como sou com você.

Ando tão triste que às vezes me jogo na cama, meto a cara fundo no travesseiro e tento chorar. Claro que não consigo. Solto uns arquejos, roncos, soluços, barulhos de bicho, uns grunhidos de porco ferido de faca no coração. Sempre lembro de você nessas horas. Hoje, preferi te escrever.

“Lembro dos sorrisos, das conversas, dos divãs, dor hormônios, de tudo… e me dá uma saudade irracional de você. Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas… dizer que te considero. E muito.”

Não tenho pressa nenhuma. Nem em relação a você nem em relação a coisa nenhuma. Eu quero que tudo aconteça naturalmente.

Se você não tem coragem, não adianta ter vontade.

Sinto muita saudade, mas tem uma coisa dentro de mim me dizendo que o meu caminho é exatamente este, e que não posso nem devo tentar modificá-lo.

Te escrevi com lágrimas, sangue, suor e mel
(você devia ver o estado do papel)
uma carta longa, linda e passional...
...De resposta nem uma cartinha,
nem um cartão, nem uma linha!
Vá se confiar no Correio Nacional

Claro que deve haver alguma espécie de dignidade nisso tudo. A questão é onde, não nesta cidade escura, não neste planeta podre e pobre, dentro de mim? Ora não me venhas com autoconhecimentos-redentores, já sei tudo de mim, tomei mais de cinqüenta ácidos, fiz seis anos de análise, já pirei de clínica, lembra? Você me levava maçãs argentinas e fotonovelas italianas, Rossana Galli, Franco Andrei, Michela Roc, Sandro Moretti, eu te olhava entupida de mandrix e babava soluçando. Perdi minha alegria, anoiteci, roubaram minha esperança, enquanto você, solidário e positivo, apertava meu ombro com sua mão, apesar de tudo viril, repetindo reage, companheira, reage, a causa precisa dessa tua cabecinha privilegiada, teu potencial criativo, tua lucidez libertária, bababá bababá. As pessoas se transformavam em cadáveres decompostos à minha frente, minha pele era triste e suja, as noites não terminavam nunca, ninguém me tocava, mas eu reagi, despirei, e cadê a causa, cadê a luta, cadê o potencial criativo?

A verdade é que não me sinto capaz de nada. Não é fossa. Fossa dá ideia de uma coisa subjetiva e narcisista. São motivos bem concretos, que inclusive transcendem o plano pessoal. E tudo tão insolúvel que a gente só pode fugir, porque ficar não adianta nada. A minha maneira de fugir, tu sabes, é dormindo.

E desejá-lo assim, com todos os lugares comuns do desejo, a esse outro tão íntimo que às vezes julga desnecessário dizer alguma coisa, porque enganado supões que tu e ele vezenquando sejam um só (…)

Caio Fernando Abreu
Natureza Viva. In: Morangos Mofados

(...) Eu te disse que estava cansado de cerzir aquela matéria gasta no fundo de mim, exausto de recobri-la às vezes de veludo, outras de cetim, purpurina ou seda - mas sabendo que no fundo permanecia aquela pobre estopa rasgada.
Perguntaste se o que me doía era a consciência. Eu te disse que o que me doía era não conseguir aceitar minha pobreza. E que eu não sabia até quando conseguiria disfarçar com outros panos aquele outro, puído e desbotado, e que eu precisava tecer todos os dias meus dias inteiros e inventar meus encontros e minhas alegrias e forjar esperas e me cercar de bruxos anjos profetas e que naquele momento eu achava que não conseguiria mais continuar tecendo inventos.(...)
Então eu te disse que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exatas. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse. Disseste de repente que precisavas ter os pés na terra, porque se começasses a voar como eu, todas as coisas estariam perdidas.

Não posso mentir a você, não quero. Mas por favor não fantasie, menina, não seja demasiado adolescente. Como eu te escrevi várias vezes, é no nosso encontro, cara a cara, olho a olho, que as coisas vão se definir.

Não deixe nada atrasar. Não durma pra trás existindo. Faz o que for possível, e sempre é. Tenho repetido que, no que depender de mim, me recuso a ser infeliz.

Vem, que eu quero te mostrar o papel cheio de rosas nas paredes do meu novo quarto, no último andar, de onde se pode ver pela pequena janela a torre de uma igreja. Quero te conduzir pela mão pelas escadas dos quatro andares com uma vela roxa iluminando o caminho para te mostrar as plumas roubadas no vaso de cerâmica, até abrir a janela para que entre o vento frio e sempre um pouco sujo desta cidade. Vem, para subirmos no telhado e, lá do alto, nosso olhar consiga ultrapassar a torre da igreja para encontrar os horizontes que nunca se vêem, nesta cidade onde estamos presos e livres, soltos e amarrados. Quero controlar nervoso o relógio, mil vezes por minuto, antes de ouvir o ranger dos teus sapatos amarelos sobre a madeira dos degraus e então levantar brusco para abrir a porta, construindo no rosto um ar natural e vagamente ocupado, como se tivesse sido interrompido em meio a qualquer coisa não muito importante, mas que você me sentisse um pouco distante e tivesse pressa em me chamar outra vez para perto, para baixo ou para cima, não sei, e então você ensaiasse um gesto feito um toque para chegar mais perto, apenas para chegar mais perto, um pouco mais perto de mim.

Porque ocupar espaço com coisas velhas não dá.
As coisas novas querem entrar.

”- Não quero saber, estamos de mau pra vida toda…

- Olha.. faz de conta que vida toda já passou, ta?”

E difícil compreender a vida.. porque ela não espera, ela não avisa, nos deixa escolher, mas não nos deixa mudar depois... e seguindo esse critério ela vai... seguida do tempo.
Aaaa esse tempo, leva tudo consigo, muda muita coisa e sempre surpreende.
O que eu quero dizer com isso e que, nada e igual as coisas mudam... você concerteza mudo bastante coisa de um ano para cá nee... então fica sobre sua responsabilidade fazer das mudanças, boas mudanças... e a cada dia continuar sendo essa pessoa alegre e feliz, de uma maneira que contagia quem se aproxima, sinto muito orgulho de dizer que te conheço e que sou seu amigo, adoraria poder medir o carinho que tenho por você e poder usar todas as palavras lindas para te desejar tudo de bom, muita felicidade, paz e sucesso...

Parabéns por ser essa pessoa maravilhosa...

OBS:(não adianta procurar no google onde foi que encontrei essa mensagem, pois essa central não tem acesso ao meu coração)

bjos

Fernando

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