Feijão
Escuto um sútil som que vem das gotas escorrendo pelas louças na pia
Sinto o cheiro do feijão cozido e olho pro cuco de imbuia na parede
O chiareis que faz o som da bassoura ao percorrer o chão esfoliante da calçada lá fora me acende sofá a fora
Esse céu que se prepara pra dormir
Alaranjado e rosa
Nuvens cheiosas e colossais
Com muito esforço o sol ainda consegue pincelar alguma luz nelas
Me equilibro atentamente na quina do meio-fio enquanto olho pro céu que já coloca uma sombra aqui em baixo e força os postes a iluminarem as ruas com leves rajadas de luz âmbar
Podia estar chuvoso
Talvez seria melhor ainda
Mas com a certeza que é de baixo desse céu que quero estar
20 de Março - Dia da Agricultura
Na terra onde nasci
Têm tudo para se dá
Milho, feijão, jerimum
Com eles fazem um maná
O sertanejo no plantio
Na porteira um assobio
P'ra famia alimentar.
Nordeste meu grande amor
minha terra, meu abrigo
meu sertão acolhedor
da soja, feijão e trigo
e seja por onde for
na alegria ou na dor
eu levo você comigo.
CADÊ O ZÉ?
O Zé não tem café
não tem pão
não tem arroz
não tem feijão
não tem dinheiro
não tem família.
Quem cuida do Zé? Ninguém.
Cadê tu Zé?
Zé cadê tu?
Ah! Minha gente,
o Zé não responde
porque morreu de fome
nos cantos da cidade.
O jumento senta no feijão
enquanto morde a cadeira.
Não é o animal,
é óbvio, é natural.
É sobre uma bestial norma-padrão
que balança a bandeira.
Fazendo compras.
Fazendo compras
Do arroz ao Feijão,
Comprei dois quilos de pimentão;
Óleo farinha e detergente,
Veja multiuso e macarrão;
Veja limpesa pesada,
Água sanitária e detefom;
Carne enlatada e pernil de leitão;
Sabão em pó e frios.
Observei os preços altos que me deu até calafrios.
Sabão liquido e rabanete,
Verduras, legumes e cappuccino.
Foi aí que lembrei dos meninos e comprei Leite e Nescau,
Suco de manga, uva e laranjas,
Mantendo as frutas citricas na geladeira para não adoecer;
Bolachas e biscoitos,
Vassoura e pano de chão,
Pó de café.
Oh louco! sr. Pelé.
Saí correndo pelos corredores,
Os trens aumentaram demais,
Só Jesus para segurar esses horrores.
Fui no atacadão,
Comprei limão e cupim,
Frutos do mar,
Dourados e surubins;
E peguei um pacotinho,
Também de amendoim,
Um docinho de sobremesa,
Ave Maria dona Tereza!
As sardinhas estavam na promoção,
Levei logo um pacotão,
É isso aí meu irmão,
Vou agora pra casa,
E fritar ao menos um pedacinho.
Que eu trouxe do leitão....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Quando há o interesse recíproco, falar sobre feijão pode tornar-se um tema interessante. Se a pessoa importa, qualquer assunto com ela provoca o interesse.
Sinapses Temporais
- Quando ela canta perto de mim,
- O sabor do feijão que só ela faz,
- Quando fica toda dengosa na época de TPM,
- Quando fica emburrada querendo toda a minha atenção,
- Quando o timbre de sua voz muda em uma de nossas conversas mais sérias,
- Como a gargalhada dela soa tão prazerosa com o meu jeito rudimentar e ácido,
- A grandiosidade da nossa União Indissociável
- A forma como ela me seduz, com seus negros cacheados cabelos
- Nossa eterna lua de mel
- Como nem mesmo o tempo quebra o nosso matrimônio emocional
- Como aos meus olhos, a silhueta dela sempre me fascina
- Única Majestade de todo este meu profundo coração.
Eu sei que por diversas vezes, ela testa a minha paciência de Buda, mas sabe quando você não consegue guardar ódio, rancor, nada de ruim em relação a uma pessoa em todo o planeta, então ela é o significado exato de uma equação insolúvel dentro do meu coração, e note-se o fato de que eu não gosto de ter contato físico com ninguém nessa vida, mas ela é capaz de atravessar a minha armadura, e fazer com que isso mude totalmente.
O tempo passa tão veloz ao lado dela, quanto mais a tenho, mais e mais eu a desejo, a energia é revigorante à nossa alma, seja escutando uma música junto, indo ao cinema, andando de bicicleta, ou até mesmo sentadas em uma calçada, conversando de pertinho, com ela é tudo tão incrível, é muito insano, tu perceber que alguém neste universo pode encher tanto o teu saco, te irritar, te fazer querer dar um golpe de muay thai e ao mesmo tempo, te roubar todo o fôlego, é ela sempre foi assim, desde a primeira vez que ela roubou toda a cena.
Claro que ela não poderia deixar de ter um temperamento tão igual ou mesmo semelhante ao meu, turrona, irredutível em algumas ocasiões, risonha, ciumenta, levemente agressiva, brincadeira, eu sempre amei os tapinhas que ela me deu, me dá e quem sabe um dia volte a me dar, nossa que absurdo, estou confessando por meio de um texto em prosa o quão apaixonada, eu sempre fui, sou e serei, por a única mulher que em toda a minha existência, foi capaz de despertar o real e sutil significado do verbo amar, amo porque amo, amo porque nasci assim para amar.
O mais engraçado, é que em meio a tanto amor, ela nunca conseguiu entender o quanto ela é amada por mim, ela jura a qualquer pessoa, que eu nunca a amei, que nunca a levei a sério, mal sabe ela, quantas vezes acordei no meio da madrugada, quantos horas foram gastas, exclusivamente pensando exatamente nela, sim, fotos, objetos, nada é capaz de ser tão penetrante em nossa alma, como a memória fotográfica da janela de nossos olhos, somos capazes de sentir fragrâncias e até mesmo o sabor de um beijo quente, que por vezes nos despiu.
Ah, se ela soubesse que quando ela fala, pego o controle remoto de minha vida e dou pause, para apreciar ela, mulher, menina, o maior e único, amor de toda a minha vida.
Escrito por
Madam Avizza
Em Santos,
As 16:54 de 07 de outubro do ano de 2023
Dedicado ao Leão de toda Selva do meu ❤️
Todos toleram na gente só os dissabores do diário e pouco sal no feijão.
Eu me lembro que quando chegávamos na casa de
meu avô paterno, ele gritava:
— Põe água no feijão, Maria!
Era aquele pingo de carne na panela, mas com a
mistura do caldo do feijão, arroz e da farinha sempre
aumentava. E era muito bom.
(Maria Antonieta da serra do Ramalho)
Tal qual o feijão que brota em dias e o bambu que demora anos a surgir, cada emoção é uma semente com seu tempo exato de revelação — algumas crescem rápido, outras criam raízes profundas, mas todas florescem na estação perfeita do coração.
Saudade desse lugar
do aconchego do povo
mesmo no sol de rachar
no prato feijão com ovo
mas se o destino deixar
e a chuva me convidar
vou pro nordeste de novo.
Café com leite, arroz com feijão, branco com preto, água com açúcar, sempre estarão mais próximos do BEM da DIVERSIDADE.
É mesmo muito fácil se conquistar votos nesse País. Arroz, e às vezes, feijão, para se garantir as eleições, e caviar, para se garantir as votações na Câmara e no Senado. No fundo, ambos os "mortos de fome" são todos iguais: só pensam no próprio "estômago", de avestruz.
Metáfora do Feijão com Arroz
" O Feijão com Arroz que comemos diariamente, que muitas vezes desprezamos para valorizarmos outra tipo de comida, é o que nos dar sustância e nos fortalece para seguirmos firmes na caminhada."
Explicação;
O Feijão com Arroz simboliza o sacerdote que diariamente traz para o rebanho o alimento.
O alimento simboliza a palavra de Deus.
E outras comidas simboliza os outros mensageiros que nem conhecemos, mas passamos a valorizar mais do que o Feijão com Arroz que comemos diariamente.
TEU RISO
*Acróstico para Andréia Bastos
Alimento-me do teu riso,
Não de pão, arroz ou feijão.
Deleita-me as curvas dos lábios teus,
Riso faceiro, despretensioso...
Esqueço-me de jantar;
Isso porque as tuas risadas
Alimentaram-me por uma semana.
Basta-me comer teu riso
Assim, iluminado e pueril;
Sorriso leve e cúmplice...
Tirem-me o pão, caso queiram.
O teu riso é o meu alimento.
Sem teu riso eu morreria...
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