Fazia Tempo que eu Nao me Sentia Tao Sentimental

Jamais me submeterei às horas: as horas foram feitas para o homem, e não o homem para as horas.

Esta covardia mole e tímida que não deixa nem ver, nem seguir a verdade.

Não se é sábio por muito falar.

Não manda bem quem tem a ânsia de mandar.

O homem tem muito para saber e pouco para viver; e não vive se não souber nada.

O gênio só pode compensar o defeito de provir de uma família não deixando nenhuma.

Não se pode dizer que o que é inteligível seja sempre belo, mas com certeza o belo é sempre inteligível, ou, pelo menos, deve sê-lo.

Se tivéssemos uma verdadeira vida não teríamos necessidade de arte. A arte começa precisamente onde cessa a vida real, onde não há mais nada à nossa frente. Será que a arte não é mais do que uma confissão da nossa impotência?

As nossas virtudes, a maior parte das vezes, não passam de vícios disfarçados.

Nossas penas são coisas reais, enquanto nossos prazeres não passam de fantasias.

Às vezes é preciso embriagar-se para não perder a cabeça.

Não pode haver glória onde não existe virtude.

É indispensável conhecermo-nos a nós próprios; mesmo se isso não bastasse para encontrarmos a verdade, seria útil, ao menos para regularmos a vida, e nada há de mais justo.

São as circunstâncias que governam os homens, não os homens que governam as circunstâncias.

Não são os cabelos brancos que fazem o ancião; de qualquer velho que só tenha idade, pode-se dizer que envelheceu em vão.

As faltas que cometo não me ajudam, perturbam-me demasiado.

Geralmente, quando detestamos alguma coisa nos outros é porque a sentimos em nós mesmos. Não nos aborrecem os defeitos que não temos.

Os jovens adoram desobedecer. Mas, actualmente, não há mais ninguém para lhes dar ordens.

O meu sonho é dever muito, não ter nada e, o resto, deixar para os pobres.

[Mirando-se num espelho depois de sessenta anos]
Já não se fazem espelhos como antigamente.