Fazia Tempo que eu Nao me Sentia Tao Sentimental
Em todos os verbos e em todos os tempos, o impossível de nós dois, sem deixarmos de ser dois, é o de sermos um.
Sabendo há séculos de ti, a madrugada que desponta no azul da minha alma é a tela de todas as madrugadas que sorriem em mim, onde te pinto e te guardo, num profundo silêncio e suave carinho, como o mar guarda a água e o sal e o rio o seu mistério.
Existo no tempo das estações, na sua poesia contínua e alternada, sendo morada de mim em cada compasso que as pálpebras das gotas da chuva tocam e em cada fragrância aleatória que sinto.
Hoje a tua alma caminhou em mim.
E o Sol iluminou-se de nós, num olhar pelo céu imenso que já se fez.
Mesmo que eu te perca de vista, continuarás a ser o meu companheiro de viagem ao qual desejo a felicidade todos os dias.
Existe cor em tudo o que vejo.
Existe abraço em tudo o que faço.
O que me equilibra é o que me move.
O que me move é o que me faz ir mais além.
Nem tão forte como queria.
Nem tão fraca como temia.
Sou fiel a mim mesma.
A mim mesma, no que há de melhor em mim.
Quero ter a certeza de que fui. Ontem.
Quero essa certeza em mim. Hoje.
Quero ter a certeza de que serei. Amanhã.
Verdadeira.
Ouço muito e de toda gente
Que nem tudo são flores
Pasmos às dores da vida mansa
/ ou de navegadores.
Para essas flores,
Haja campo
Recanto
Amores
Mas com dores!
Ora, pois nem tudo são flores
Meus desenhos estão todos engavetados
com riscos pretos.
Tênues entre a verdade e a exatidão
sem margens, sem papel, sem arte
todos engavetados
plenos de razão, frouxos perante qualquer convicção
mas com linhas escuras limitando sua exatidão.
À COR DA MINHA PELE...!
A cor da minha pele é negra seu moço
Mas nem por isso sou bandido
Nem tão pouco suspeito do que ei de me acusar
A cor da minha pele é negra seu moço
O meu cabelo é naturalmente crespo
E não ruim como foi acusado no conceito do preconceito
A cor da minha pele é negra seu moço
Mas em uma escola um dia fui estudar
Onde lá aprendi a ler, a escrever, e a minha cidadania exercitar
A cor da minha pele é negra seu moço
A minha religião por crença e fé é o candomblé
Nem por isso Deus deixou de ser criador e Jesus o meu salvador
A cor da minha pele é negra seu moço
Misturada com a cor do meu sangue
Sangue vermelho da mesma cor que a cor do sangue do senhor
A cor da minha pele é negra seu moço
Mas quando o dia da morte pra nós dois chegar
A minha cor e a do senhor pra terra de nada vai importar.
Manollo Ferreira
És mais do que digno de afeto. Ninguém lê em ti o que leio. Mas esqueceste a viagem em que estávamos os dois empenhados. Submergiste os meus sentimentos em prol do objetivo em que te concentraste. Nunca foi à nossa maneira. Foi sempre à tua. Não podes amar-me. Se não saberias que não precisas de me chamar porque eu nunca fui embora.
De resto, pouco sei,
quando penso que vejo,
muito para além do simples olhar,
a simplicidade com que me dei.
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