Fazia Tempo que eu Nao me Sentia Tao Sentimental
Das leis, da moral e dos costumes
eu sigo o que me convém.
Sou dono de mim e meu juiz,
e considerando que não estou preso,
nem internado, nem morto,
vê-se que não sou tão mal menino assim...
Por um momento eu tive medo de perder o teu sorriso,
e vir a seguir a passos solitários e sem destino,
pela simples necessidade de ter que aprender
a viver uma vida sem sonhos,
uma vida sem motivo...
Eu escrevo para ser entendido;
Se fosse para as pessoas entenderem outra coisa
além daquilo que eu escrevi,
eu não me daria ao trabalho
de escrever absolutamente nada;
Comigo não existe essa história
de eu ser responsável pelo que eu escrevo,
não pelo que você entende;
Sou responsável pelo que eu escrevo sim,
e co-responsável pelo o que você entende, também!
Então se eu escrever cachorro
querendo que isto signifique cachorro,
o mamífero de quatro patas,
não vá você entender cavalo;
Se você entender cavalo
quando eu quiser dizer cachorro,
ou eu devo emendar-me e escrever de modo mais claro,
ou você deve procurar aprender a ler e interpretar direito
= senão, as duas coisas!
A função da comunicação é fazer-se entender,
embora existam muitas pessoas
que prefiram se desentender.
Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo.
Eu torço pra não fazer Sol, eu torço pra não chover, eu torço para acordar no meio do dia, eu torço para o dia acabar logo. Eu torço para ter alguma coisa que me faça torcer, que me diga que eu ainda sei torcer por algo mesmo sem torcer pela gente.
Vejo tanta gente reclamando da vida. Meu coração chega a dar um nó cego. Eu sei que cada um tem a sua força e o que é um problemão para mim pode não ser para você. Sei que um indivíduo é diferente do outro, que cada um tem a sua fé, a sua bagagem emocional. Sei mesmo. Mas eu só queria que você soubesse que tem gente em uma situação pior que a sua. Que o ruim mesmo é ouvir e sentir a barriga roncar e não ter o que comer. Que desesperador mesmo é ter uma doença grave e não ter condições de pagar um bom médico ou fazer um exame sem ter que esperar por meses em uma fila. Que triste mesmo é perder quem a gente ama. Que terrível mesmo é ver o filho chorando de fome e não ter dinheiro para comprar um pão no supermercado. Que agoniante mesmo é não ter onde morar, pra onde ir ou voltar.
"Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência?"
Eu hoje fui ao banheiro duzentas vezes para ficar longe do meu celular e do meu e-mail, ficar longe de todas as possibilidades da sua existência. Me olhei no espelho bem profundamente para enxergar minhas raízes e ganhar força, chorei algumas vezes, fiquei sentada no chão do banheiro, para ver se meu corpo esquentava um pouco ou porque estava mesmo me sentindo um lixo.
E eu estava só. Sem precisar de ninguém. É difícil porque preciso repartir contigo o que sinto.
E só eu sei o quanto doeu ver a melhor coisa do mundo indo embora. Doeu um, dois dias. No terceiro, a melhor coisa do mundo virou a melhorzinha. Que virou a décima melhor. Que virou nada, vai ser assim, sempre é.
Eu queria que tivesse jeito de salvar alguns momentos em “favoritos” e abrir quando tivesse vontade só para viver tudo aquilo novamente.
Querem que eu seja legal e perfeita com todo mundo todas as horas do dia, mas ninguém se preocupa em me tratar assim também.
Gosto de gente que faz eu me sentir diferente, que me deixe com o coração na mão e me faça rir das coisas sem graça.
Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
... Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu....
Eu também gostaria de ter conhecido meu trisavô, gostaria que meu pai me acompanhasse mais um pouco, gostaria sobretudo que Matilde me sobrevivesse, e não o contrário. Não sei se existe um destino, se alguém o fia, enrola, corta. Nos dedos de alguma fiandeira, provavelmente a linha da vida de Matilde seria de fibra melhor que a minha, e mais extensa. Mas muitas vezes uma vida para no meio do caminho, não por ser a linha curta, e sim tortuosa. Depois que me deixou, nem posso imaginar quantas aflições Matilde teve em sua existência. Sei que a minha se alongou além do suportável, como linha que se esgarça. Sem Matilde, eu andava por aí chorando alto, talvez como aqueles escravos libertos de que se fala. Era como se a cada passo eu me rasgasse um pouco, por¬que minha pele tinha ficado presa naquela mulher.
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