Fazia Tempo que eu Nao me Sentia Tao Sentimental
O marulhar das águas me deu acalento naquele momento de tanta angústia, eu sentia que minh"alma estava novamente lançando-se no fel da podridão. Embora eu permitisse suas emoções a sentença de meus ponderados pensamentos seriam cobrados em lágrimas quanto à noite. Seria eu o merecedor de tantas agruras? Já não bastando as trevas me corromperem. Oh, como pude eu deleitar me em arames tão farpados e profanos? Coração de mentira! Amaldiçoarei seus sentimentos até eu jazir em meu leito de morte. Se não serei merecedor do amor que os homens sentem, você tambem não será. Amordaçarei minha voz e sofrerei junto a meus sonhos exorcizados. Meu peito ferido não temas o que sentes! Nosso descanço eterno dançará, sob a putrefação de um inerme.
Eu sentia falta da minha mãe. Me sentia sozinho sem ela. Tão sozinho que, às vezes, eu via coisas porque queria vê-las.
Com ele eu sentia como se estivesse sendo arrastada por uma maré invisível, completamente incapaz de mudar a direção.
Ó saudade que foste embora de mim
deixaste secar o meu coração.
Fugiste do meu amor que eu sentia por ti,
paixão levou o vento que havia em mim,
sobrou tempo, tempo de ti em mim.!!
Eu estava bem ali, na sombra daquela nuvem, de pé a admirando. Sentia-me tão próximo a ela e ao mesmo tempo tão distante. E tudo que podia fazer era admirá-la e ela parecia me olhar de volta. Mas uma brisa soprou e ela foi para longe, então desidratei ao sol.
-Falando de sentimentos..
E de repente, eu sentia calafrios no corpo. borboletas sobrevoando meu estômago, subindo pela minha garganta. Eu podia já sentir, formigamento em minhas mãos, eu já não sentia mais meus dedos, e soava frio. Minha mente estava a milhão, e não era apenas mais uma ilusão. Foi então que descobri, que eu estava apaixonada, e aí que a confusão começou...
Dói só de pensar que um dia te quis
E você nem se importou com que eu sentia
Cansei de ser quem você maltrata
Serei fria
Escrever me ajudava a ver o mundo, e a dar forma a ele. E a entender o que eu sentia. Especialmente isso.
Aprendi a fazer da dor que sentia por ela uma parte da minha vida, uma obsessão com a qual eu podia viver com uma intensidade tolerável.
Eu me ouvia, tentava ler meu coração, será que sou louco ou lúcido com minhas próprias razões sentia dor como ninguém;
Fingia meus sorrisos em um acalento nunca existente para agradar pessoas que nem mereciam;
Mas com tudo chorei meus erros e minhas frustrações de querer acompanhar as verdades que sempre admirei;
Admitir
Tentei ser o homem perfeito, o homem certo.
Eu sonhava, sentia... você era a pessoa certa.
Quando acordei, você já tinha se casado,
E eu ali, sonhava acordado.
Sentia que tinha sido enganado,
Te amando em silêncio — mas o tempo apagou.
E tudo que era cor, a fumaça levou;
Teu “pra sempre” sumiu sem avisar,
E eu fiquei sem lugar pra voltar.
Você era a pessoa certa,
Mas só no meu lado da história aberta.
E quando acordei...
Você já tinha se casado.
Enquanto eu ainda te esperava do outro lado,
Foi delírio, foi encanto, foi espelho quebrado.
Fui teu tudo, sendo teu quase-nada, calado...
Hoje eu vejo:
Sonhar sozinho também dói demais.
E amar no escuro não traz sinais.
E agora eu sei:
Sonhar sozinho... também é forma de se perder...
Admito.
Tentei ser teu porto, fui só passagem.
Te amei sem rascunho, sem margem.
Hoje entendo, enfim, sem disfarce:
Não era destino...
Era só viagem.
Quando eu estava perdido, sem lar, assolado pela fome e pelo frio, sentia-me invisível aos olhos de uma sociedade movida pelo orgulho, ambição e inveja — um covil de podridão. Mas então decidi: chegou a hora de me levantar, erguer a cabeça e ir além do fracasso que destruiu meu orgulho de homem simples. A retomada é árdua, mas, passo a passo, dias melhores hão de vir...
A suíte
A casa era grande.
Grande demais para o que eu sentia, talvez. Ainda assim, deixei a luz acesa. Não por alguém, mas porque apagar seria admitir o escuro. E eu ainda confundia claridade com salvação.
Houve um tempo em que acreditei que abrir era virtude. Que permitir era sinal de força. Hoje sei que abertura demais também cansa. Também fere. Também confunde.
O quarto ficava ao fundo. Sempre fica. Não por mistério, mas por necessidade. O íntimo não gosta de ser primeiro. Gosta de ser alcançado. Chegaram sem chegar. Entraram sem perceber que não se entra assim.
O cuidado morreu sem alarde. O medo continuou. No chão, marcas. Não sei dizer de quem. Sei que eram muitas. Sei que eram minhas também.
Deixei ficar porque era confortável. E porque havia em mim uma fome antiga de partilha. Achei que emoção se ensinava pela convivência. Errei. Emoção não se aprende por uso. Emoção é nascimento ou é ausência.
As sandálias vieram da rua. Trouxeram o mundo para dentro do lugar onde eu me limpava. Algo em mim percebeu, mas tarde. Sempre tarde. Retirei a sandália com um gesto simples. Às vezes, a lucidez não faz barulho.
Arrastei coisas que não eram minhas. Não por amor, mas por cansaço. Quando a força vira rotina, a gente chama de vida o que já é peso. E segue.
Eu morava no silêncio. Não como quem se isola, mas como quem respira. A pressa não me alcançava ali. A casa era grande demais e, talvez por isso, eu tenha achado que precisava ser ocupada.
Quem entrou espalhou-se. Confundiu abrigo com posse. Deitou onde eu sonhava. Comeu do que eu guardava. Aos poucos, fui ficando estrangeira daquilo que era meu. É estranho perceber isso. Mais estranho ainda aceitar.
Bebi da água errada. Não por ignorância, mas por sede. A sede explica muita coisa. O lar, então, deixou de ser lugar e passou a ser pergunta. Fechei portas por dentro. Pela primeira vez, não quis olhar.
Os nomes vinham como vento. Ficavam. Ocupavam. Não pediam. Usavam. Tudo era palco de um movimento que eu não dirigia mais. E não era destruição. Era desgaste. O que se perde devagar dói diferente.
Até que a noite cansou. Ou eu cansei da noite. Não sei bem.
Retirei a sandália. Abri a porta. Não para receber. Para deixar ir. A saída aconteceu sem drama. O que precisava passar, passou.
Voltei à cama. Sentei. Respirei. Há momentos em que respirar é uma decisão.
Ainda moro na bagunça. Porque reconstruir não é limpar, é sustentar o vazio enquanto ele se organiza. A porta de entrada permanece fechada. Não por medo.
Por atenção.
Por mim.
"É isso garoto. Eu quis muito te ligar sabe, ou até mesmo te mandar um sms dizendo que sentia sua falta. Mas pensei bem. Se caso você tivesse sentindo minha falta, você me procuraria. Porque é isso que as pessoas fazem garoto, elas procuram umas as outras. E como eu não vi nenhuma ação sua a meu favor, decidi fazer o mesmo. Ignorar. Quem sabe assim eu me convenço que sem você eu posso ser muito mais feliz."
Parei de ligar para o que os outros pensavam, depois que pararam de se importar com o que eu sentia.
Sim, eu sinto a sua falta. Mas me tornei forte, encontrei forças a cada segundo que te sentia distante.
