Fantasia e carnaval
A Neve
Às vezes nevava.
O céu oferecia a neve para poder entrar na folia,
como qualquer de nós cedia a bola para entrar no jogo.
Os dedos só gelavam nos primeiros instantes.
Daí a pouco tempo, as mãos ardiam como brasas.
Às vezes nevava.
Era um lençol branco e imenso, quase sem limites.
Mesmo assim, alguns levavam braçadas de neve para casa,
na esperança de que assim não derretesse.
Uma qualquer espécie de alquimia
haveria de conservar o gelo
e transforma-lo em miragem perene e mágica,
para íntimo deleite.
Às vezes nevava.
Fazíamos anafados bonecos com apêndices postiços,
bolas de arremesso,
construções que a imaginação
e a quantidade de gelo permitiam,
escorregas improvisados.
Às vezes nevava
sem sabermos muito bem porquê,
nem o préstimo de tanta alvura.
Foliões on line
Folia in rede é evento só balança o esqueleto quando o vento lança no ar o perfume...
O amor é agir
Pela dor de sentir
Por nossas minorias
Que todos somos dia
De trabalho e folia
Tristeza e alegria
Um chorava um sorria
O amor já jazia
Cheguei demos nossas mãos
Tocou o meu coração
Senti as suas batidas
Encontramos novas saídas
Entendemos um ao outro
Vivemos a verdade
E se ela for dolorosa
É só aprendizado
Você é claridade
É luz
Amor de sons
E de toques
Perdidos em varios tons
As vezes mais escuros
Outras vezes mais claro
Rendido em um mundo
Onde as cores são pecados
Pros olhos do errado
Da falta de amor
Que se entrega em meios
Onde tem devaneios
Vida de receios
E se encontram perdidos
E se o amor nao for visto
Deixaremos ele à vista
Em capas de revista
Com cores tribalistas
Sempre contra racista
Acendo o meu beck
Que queima de amor
E quem plantou paz
Sempre plante mais
E sera colhedor.
Vivendo de folia e caos
Quebrando tudo, pra variar
Vivendo entre o sim e o não
Levando tudo na moral
SEM VOCÊS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sem vocês me sinto fim. Uma espécie de folia sem reis que pede prendas aos grãos de areia do Saara. Uma planta desprovida de folhas, folha desidratada e fila imensa de absolutamente ninguém.
Eu, sem vocês, não passo de pátria sem nação. Caminho sem solo e reta sem ponto... corpo sem ossos. Até com alma, porém sem ossos. Copo desprovido de fundo, pelo qual resvalam conteúdos desperdiçados. Sinto-me ninguém, com sem, sem com. Grito que não soa, cabeça sem mula e lenda sem região. Mitologia sem Grécia. Templo sem igreja.
É assim que sou sem vocês. Um misto imenso de nadas. Isto sem aquilo. Conto de fada sem fada. Conta sem produto... simples assim: eu sem vocês não sou eu... ou sou eu sem mim.
O Poeta, o Norte e a Estrela
Você é magia
Alegria, folia
Faz que desfaz
Em mim se refaz
O que me levou
Ôh meu grande amor
Que vem esquece o pudor
Me faz velejar
Aqui não navega
Mas aqui já morou
Minha estrela brilhou
Para o norte rumou
E contigo ficou
O meu grande amor
O que tu deixou
Nem saudade nem dor
Aqui tu ficou
Então me retorne
Traga você e minha estrela
Vem divina, vivida
Vem sem pressa
Em mim recomeça
A velha paixão
Desse novo poeta
Ôh minha emoção
Ôh meu grande amor
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me falar dessa paixão inesperada
Por outra pessoa
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Folia da vida
A vida é uma folia
uma alegria tão passageira
eu vou cantar a noite inteira
o sol não vai aparecer.
Não vou deixar você partir
pois com você quero curtir
a liberdade de um novo dia
Vem, vamos brincar
aproveitar o bom da vida
o que passou deixar pra lá
não pense mais em despedida.
Que mundo estranho pra fazer poesia,
Aonde todo mundo se desespera por amizade ou folia,
Ninguém tem o senso critico que uma pessoa comum teria,
A vontade de lutar na qual seus ancestrais abrangeria,
Não importa a luta, pra eles importa quantos seguidores o reuniria !
Mas que sou eu pra dizer isso,
Se sou apenas um jovem que tenta fazer poesia.
trago uma rosa
pelas mãos do Arlequim
com toque suave
e perfume de jasmim
para cair na folia
com muita alegria
para encantar
com amor a Colombina
beijos na alma e no coração!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Efêmero
Uma gota
Uma paixão
Um sorriso
Uma canção.
A infância
A lembrança
A folia
A desesperança.
Tantas coisas boas e ruins
Tantos desafios e conquistas
Tanto rancor e perdão.
Tudo é passageiro
Tudo é efêmero
Tudo vira história!
Folia
Quem sabe um dia...
Bahia...
Vamos pular....
Fazer folia
Esquecer de tudo...
Sem se preocupar
Só amar
Vamos perder os sentidos
Vamos brincar como crianças
E ver a todos como amigos
Fazer a maior folia
Tudo que sempre quisemos
Brincar de pular sem ter hora para parar
Correr, de um lado para o outro
Só loucura
Vamos nos vestir de que quisermos
Hoje você pode
Não há o que ou quem que te diga o que fazer
Vamos ...
Ta na hora de parar de ser serio
É só pular
Pular é Carnaval...
Deixa de ser serio e caia na loucura
Perca a razão
Viva só de emoção
Seja bicho...
Pule...
Folia
O meu pranto virou o silêncio
E minha fúria tornou-se o espanto
E o sembante do meu rosto macio
Tornou-se este meu breve desencanto
Nele posso ver meus sentimentos em vicio
Que pede apenas que eu fique mais perto
E saia da morbidez deste precipício
Pois sou o errado do meu lado mais certo
Faço das palavras minha única moradia
E nelas eu me acho, eu me perco
Peso silêncio á minha euforia
Para achar-me em meu lado mais louco
Talvez,eu me canse desta minha folia
Ou apenas necessite de mais um pouco.
Rollf Fiore
