Falo o que Sinto
Sinto que estou sozinho nesse abismo e não tenho mais salvação. Minha alma grita e chora nessa terrível escuridão.
Saudade é o amor que fica!
Sinto falta da minha vida, dos meus amores, das coisas que me faziam bem e que me tiravam o fôlego. Sinto falta dos amigos da infância, do meu primeiro amor e dos meus animais de estimação dos quais guardei boas recordações. Tenho saudade do aconchego dos braços da minha mãe, do adeus que não foi dito a muitas pessoas e do ‘eu te amo’ que foi poupado, por medo por frustração ou privacidade.
Sinto falta das minhas antigas escolas, dos professores que me ensinaram mais do que uma simples resolução de um problema ou de como brincar com as palavras, sinto falta das minhas bonecas, das brincadeiras sem malicia, dos atos sem tanta responsabilidade ou cobranças.
E o pior de tudo, sinto falta de mim, da minha essência que já não sei em qual rua se perdeu no meio da correria.
Ser um mero robô é ruim, eu sinto falta da minha alma, mas pro ‘mundo’ é mais cômodo que seja assim, um manequim bonito que balança a cabeça em concordância e só profere: - sim senhor!
Por muitas vezes tive vontade de apertar o ‘pause’, naqueles momentos em que estive bem cansada, mas vem o mundo e me empurra me arrasta e não me dar se quer um espaço pra respirar e isso se chama século XXI.
Uma época em que dinheiro vale mais que sentimentos e rapidez valem mais que felicidade.
O meu lar é onde me sinto feliz.
Isso independe de luxo, cidade ou país.
O meu lar está comigo. Levo para onde preciso.
Mesmo estando longe eu sinto você. Sinto seu amor, seu carinho. E por um instante uma brisa me traz o seu cheiro como alívio para essa saudade toda.
Às vezes
Às vezes sinto um cansaço de ser gente.
De ter que ter gostos e opiniões,
Dar respostas e satisfações.
Às vezes, só às vezes, preciso dar um tempo de você e de mim.
"Eu sinto a delicadeza de suas pétalas entre os meus dedos. Eu vejo o vermelho da paixão que reluz sobre meus olhos. Eu sinto a dor nos seus espinhos. Mas quando bem cuidada e amada, ela será sempre linda e cheia de vida no jardim do meu coração."
Quando você está perto de mim, sinto você distante. Quando você está distante de mim, sinto saudade de você. Será se isso é amor? É… Acho que é amor, sim, mas um amor diferente, um amor indeciso, um amor platônico.
Estou apaixonada por ti, eu sei…
Não sei como dizer nem como fazer…
Não sei porque sinto, nem como sinto…
Mas sei o que sinto, sei que sinto, porque vivo
“Sou transparente demais. Não sei fingir algo que não sinto, ou disfarçar algo que estou sentindo.”
— Caio Fernando Abreu.
Eu sou uma ilha desconhecida, perdida algures neste oceano. Não me conheço, não me sinto, não me tenho e quando me procuro, não me encontro. Tento dar um pouco de mim, todos os dias. Tento libertar-me e gritar quem sou. De que me serve tudo isso? Sou uma ilha desconhecida, igual a qualquer outra. E como qualquer outra, espero um barco que me mostre, afinal de contas, quem sou eu e o que faço perdida no oceano, no meio de tantas ilhas todas diferentes, todas distantes.
(Somos todos uma mera ilha desconhecida. Partilhamos o mesmo oceano, mas não partilhamos os mesmos rumos. Somo-nos desconhecidos. Não nos conhecemos a nós próprios, muito menos aos outros.)
Às vezes me sinto inútil ao meio em que
vivo, tentando levar um sorriso despretensioso
onde só há ganância, corrupção e falsidade.
Mas lembro de que preciso fazer meu papel, por
mais difícil que seja, alguém precisa continuar...
Sinto que você está se afastando de mim. E eu tentei, tentei te manter por perto, fiz de tudo para te deixar feliz, mas uma hora a gente precisa aceitar que, para algumas pessoas, não somos suficientes.
Não sinto tua falta.
Não sinto a falta do teu cheiro
de perfume importado
que exportou de mim.
Não sinto falta
do teu erre puxado,
nem do teu beijo
gosto-de-dente
que morde coração-envenenado.
Não sinto tua falta.
NÃO SINTO.
Nem lembro de você.
Nem da tua respiração ofegante.
Não sinto falta.
Eu sinto ânsia.
Distância.
do teu signo-preto,
do teu silêncio-grito
Sinto ânsia.
E a provoco.
E enfio meus dez dedos
na garganta
pra ver se vomito teu ser
da minha alma.
