Falecimento de um Parente Querido

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⁠RECOMEÇO

Não há tempo de suspirar saudade
Tenho muito à sentir, querer ainda
Prosas na ventura, quimera infinda
Pois, no amor eu tenho imensidade

Toda sensação é mais e bem vinda!
Em cada emoção uma sublimidade
Felicidade do coração com vontade
Há tanto afeto e tanta ternura linda

Já andejei em dezenas de direções
Tropiquei em vacilos e nos senões
Tive a solidão, e a lição da vaidade

E, agora com o sentimento consolado
Vivo o momento, não mais o passado
A saudade, decorrida, a deixo de lado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31, outubro, 2021, 08’40” – Araguari, MG

NOITE AFORA (soneto)

Como a secura no cerrado, sombria
A saudade, arde no peito desolado
Que dói, corrói, num olhar maculado
De agonia, e sentimento em romaria

Tão horrenda é a ausência de alegria
A luz do dia, neste silêncio privado
Ecoa em brado, no coração fechado
Causando ilusão enganosa e fantasia

Assim, entre as tristuras, essa poesia
De canção queixosa, chora e tão cheia
De espera, na insônia pela noite afora

Palpita melancolia, repleta de ousadia
Na lembrança que devasta, incendeia
Equivocando o sono, perdido na hora

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2020, 04’52” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Cantiga de adeus

Quando fores embora
ó saudade, seja breve
na tua hora, não me leve

Se acaso não possa
deixar-me no prazer
vista a tua saragoça
e saia sem nada dizer

Não me puxe pela mão
nem tão pouco no pensar
me deixe na agridoce ilusão
melhor do que te acompanhar

E, se ainda não queira
deixar-me sem os teus
argumentos, a tua asneira
então, me diga logo adeus
e vá sem qualquer besteira

Me deixe no esquecimento!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/ 02/ 2020 - Cerrado goiano

ECLIPSE (soneto)

Sei de uma saudade, tapera escura
Onde meu coração anda penitente
Memória de uma dor, que perdura
No peito, cheio de suspiro pendente

Ó paixão, só me quer na sepultura
Da solidão, amarrado em corrente
Da agonia, me privando da ternura
De ter-te... me tiranizando a mente

Por que? Bates a porta do querer
Quer me ver sofrer e em prantos
E de sentimento rude e sem valor

Arranca de mim este vazio a prover
Versos toscos e tão sem encantos...
Tal qual a quem... desluziu o amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Há dias que escrevemos nossa história em forma de poesia, musica e paixão; em outros, saudade, tristeza, solidão.

De repente aquela música que parece falar de nós ai viajo nas lembranças acompanhada da saudade e do desejo de viver tudo outra vez.

Peguei carona com a saudade e pedir pra ele me deixar bem longe das lembranças.

A saudade perguntou a lembrança: por quê estamos sempre nos encontrando? A lembrança respondeu a saudade,porque moramos na mesma casa só que em quartos separados!

Fiz de você o meu poema preferido
minha música favorita
meu primeiro pensamento
minha saudade mais sentida.

Fiz de você minha lembrança mais lembrada
minhas palavras não ditas, minha voz mais calada.
Fiz de você o que mais quis e o que não quis também
fiz de você meu sonho que me levou mais além.

Fiz tudo de mim ser de você
pra não ser de mais ninguém
mais não deu; além de mim
tem outro alguém !

Deixo o meu cheiro e minha lembrança para matar tua saudade.

Há um verso triste em mim que sempre canta a tua saudade !

Acordei nos braços da saudade e senti teu cheiro no ar.
Te amei, só...em silêncio !

A saudade é minha fiel companheira e teu rosto meu guarda-costas: me acompanha por todos os lugares.

Se a saudade me apertar muito forte vou pedir pra ela dar um tempo e me largar um pouco. Chega de passado. Que tal vivermos o presente e deixa rolar tudo o que tiver que ser, viver tudo o que não vivemos e deixar pra lembrar depois !

Meu corpo reclama tua saudade mesmo sem nunca ter sentido teu toque.

De uma forma estranha me encontro em momentos não vividos, sinto saudade do que não sei, do que não vivi...estranho, esse eu que habita em mim !

Bateu saudade.

Bateu saudade do teu jeito
Bateu saudade de te olhar
Bateu Saudade de um chamego
Bateu saudade de chamegar

Bateu saudade dos teus olhos
Bateu saudade de te encontrar
Bateu saudade do teu corpo
Bateu saudade de te amar

Bateu vontade de está na chuva
Bateu vontade de dançar
Bateu vontade do teu colo
Bateu vontade de colar

Bateu vontade de um dengo
Bateu vontade de nanar
Bateu vontade de um abraço
Bateu vontade de abraçar

Bateu saudade de tua pele
Bateu saudade de tocar
Bateu saudade do teu cheiro
Bateu saudade de cheirar

Bateu vontade de um cheiro
Bateu vontade de cheirar
Bateu vontade do teu cangote
Bateu vontade de ai, ai, á...

Quando me perguntam pela saudade, apenas sorrio...desconverso, não sei por onde andas...mas para frente quem sabe a gente se esbarra de novo...hoje só quero música, samba no pé, batidas no coração e sorrisos na alma.

Vez em quando bate uma saudade, uma vontade de te encontrar na rua, de te vê na lua...vez em quando bate aquela vontade que me deixa, sei lá...hum, que saudade essa que bate vez em quando !

Há dias que a saudade bate tão forte que parece tambor de escola de samba, haja coração para aguentar tanta pancada.