Falecimento
E se muita gente tivesse morrido ontem e hoje de manhã, e você não? O que você faria de agora em diante? Na verdade, isso aconteceu!
Morri. Morri sem ver, morri a procurar, a cada esquina que passei sangrei sem se notar, morri e não encontrei a alma que perdi naquele olhar, morri vivendo mas não diga que morri sem procurar, a cada rua que andei me perdi a te encontrar e agora já não pode mais voltar, sou alma onde não há lar, sou apenas mais um perdido que tentou se encontrar.
Fogo
Ele enfiou a mão na minha cara de novo. O punho dele me atingia como um míssel alcançando um passarinho que cruzou seu caminho. Era pesada, seca e gélida, mas cheia de sentimento. Meu rosto jorrava sangue e ele socava a parece tentando amenizar a raiva pra não vir a fazer um estrago pior do que já havia feito em mim. Eu estava caída no chão, mas não chorava. Sentia tanta raiva quanto ele, mas ele chorava, eu não.
Peguei a bolsa em cima da cama, abri a porta e olhei pra trás, ele ainda estava com a mão dentro do buraco que havia feito na parede, olhava pro chão e cerrava os dentes, bem como o punho livre. Suas mãos estavam cheias de sangue, de ambos. Desci as escadas e não olhei mais pra trás. Peguei meu celular e te liguei. Você estava a quilômetros, mas como sempre, chegou em minutos. Eu esperei na calçada de casa e ele não desceu pra me procurar, não me ligou nem fez a mínima questão de saber pra onde eu havia ido. Enquanto te esperava eu cravava as unhas na carne das mãos, acrescentava mais algumas luas às minhas tantas outras e sangrava ininterruptamente.
Você estacionou o carro de qualquer jeito, desceu correndo e me tomou nos braços perguntando o que aconteceu. Eu não falei, não conseguia. Apenas levantei, me evadi do teu abraço e dei a volta no carro. Entrei pelo lado do passageiro e pude ver tua camisa branca, fina de algodão completamente coberta do meu sangue. Dei um sorriso de lado e olhei pra frente. Você levou as mãos à cabeça e olhou pra cima, pro apartamento, ele estava na varanda, nos vendo sair e te olhando com o ar indiferente de quem sabe de todo o desfecho que vai se repetir.
Depois de entrar no carro você deu a partida e arrancou me fazendo incontáveis perguntas das quais eu nem me lembro e eu só te disse pra dirigir. Me perguntou pra onde e minha única exigência era que fosse fora da cidade. Saímos, passamos pela placa de “até logo, volte sempre”. Eu ainda sangrava e você enfiava o pé no acelerador tentando de alguma forma dissipar a revolta e a confusão que sentia. Eu abri o vidro da janela e te disse pra não falar porra nenhuma, sentei na janela com o carro em movimento, as costas pra paisagem e olhando pra estrada infinita que se estendia à minha frente. Você pisou no freio e eu fiz um sinal negativo com a cabeça. Era madrugada, o vento frio assanhava meus cabelos e gradativamente coagulava meu sangue.
Você parou o carro no acostamento, chorando e desceu, deu a volta e me puxou pelas costas, pela cintura. Me pedia uma explicação e eu simplesmente não conseguia falar. Você sabia o que tinha acontecido, no fundo sabia, sabia o que acontecia sempre, mas apenas me abraçou, abriu a porta, me conduziu pra dentro e assumiu de novo o seu posto. Colocou um de seus clássicos italianos no carro e só dirigiu. Paramos em um desses motéis de beira de estrada sem estrutura nenhuma. Você segurou minha mão, tirou minha roupa e limpou cada um dos meus ferimentos. Os do rosto, os das mãos, e me conduziu pro chuveiro, ainda vestido no seu terno preto com a gravata vermelha. Lembro de olhar pro teu relógio dourado quando levantou a mão ao ligar o chuveiro, eram 03:00 da manhã.
A água caía no meu corpo e conforme a adrenalina me deixava, as dores começavam a aparecer e eu gritava. Você percorria cada parte do meu corpo com as mãos, numa delicadeza impecável e me conduzia para manchas roxas milenares que eu nem lembrava que existiam. Os hematomas te faziam lacrimejar e você me abraçou, nua, debaixo do chuveiro e chorou junto comigo. Sem nenhuma segunda intenção, só a compreensão mútua e silenciosa que compartilhávamos a tanto.
Te contei sobre a nova traição, sobre o apartamento destruído e os copos quebrados, sobre as roupas que rasguei e sobre todos os hematomas que também deixei nele. Sobre os buracos dos murros na parede e sobre os em mim, a minha costela quebrada e o nariz dele, quebrado. Mas você já sabia de tudo isso, sabia de toda a história, de todas as brigas. Me disse que era doentio e que eu sabia, estava certo como sempre. Me disse que ficaria tudo bem e que eu não precisava mais ter medo, que o faria pagar e que ele nunca mais encostaria um dedo em mim. Eu te beijei. Fizemos amor pela primeira vez e foi realmente a primeira vez que me senti tão conectada com alguém. Você já tinha dito me amar outras tantas vezes mas essa fora a primeira que eu te disse. Você estava tão lindo, tão radiante e iluminado, meu bem... dormimos abraçados e na manhã seguinte, quando acordou, você não me encontrou, e por mais que se negasse a acreditar, sabia exatamente onde eu estava.
Você é paz demais pro meu caos.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Os quatro elementos}
Foi aí que eu descobri o que é uma UTI. É uma espécie de antessala do céu ou do inferno. Se você entrou nela, ou morre, ou sai com profundas lesões. Eu não tinha tanta certeza se eu preferia sair ou passar pro outro lado.
Não importa saber o sentido da vida!
Se ela tem ou não começo e fim.
Se ela é um peso ou uma pluma!
Ela passa, em forma de um corpo que se esvai em horas e minutos.
Deixando para trás riqueza, pobreza, amores
Sofra menos e aproveite, cada minuto, eles serão suas memórias.
Sua vida!
CORAGEM
Quero ter a coragem de cantar
A música da vez...
Talvez, o tema de nossa vida,
No Karaokê!
Quero ter a coragem de dizer
Juras românticas,
De eternizar declarações de amor,
De pagar mil micos...
De paixão!
Quero ter a coragem de viver
Viver intensamente,
Milhões de aventuras...
Sem fingir e esconder-me
Por um grande amor!
Quero ter a coragem de encarar
As coisas que são certas, a se fazer;
De contar com a sorte,
De esperar a morte...
Nada considerar azar.
De viver e ter que tudo faz parte da vida!
Resolva seus conflitos, não os guardem, eles podem ser um tormento em sua vida e até mesmo levar a morte.
Se é pra morrer quero morrer de amor.
Se é pra morrer, vou morrer de tanto beber!
Quero morrer de cansaço, e viver até cansar.
Se é medo da morte o problema, vou viver até a última gota sangue, pra que a morte só leve o que a vida não consumiu.
Vou morrer de saudades, morrer de felicidade e por mais que a morte um dia chegue, quero inspirar até nas memórias póstumas a arte de viver sem medo.
Se pra morrer basta estar vivo, vou viver até morrer! E que morra os problemas, morra o vitimismo, morra a falta de fé. E eu viva.
Definitivamente, a vida é uma ilusão. Todos sabemos que vamos morrer um dia, e mesmo assim vamos levando, como se isso não fosse acontecer com a gente. Viver é uma falácia, um sonho permanente, pois basta saber que a hora está próxima que acordamos para a mais genuína realidade, de que somos finitos e mortais, e não há nada que possamos fazer para mudar isso.
O que você faria se soubesse que daqui a dez anos você fosse morrer? E agora te faço outra pergunta, como sabes se não irá morrer daqui a 10 anos?
Eu preciso de ajuda. Eu estou dando erro. O que está acontecendo?
Acho que estou quebrado, antes, eu só era um florista normal. Mas agora, do nada, meu coração dói. Minha mente tem me torturado o tempo todo com pensamentos ruins. Eu preciso de ajuda, preciso que alguém me ajude; eu mal consigo lidar com essa dor dentro do meu peito, muito menos consigo colocar meus pensamentos em ordem. Eu estou sangrando, estou ficando à cada momento mais fraco.
Alguém, por favor, me levante! Eu estou tonto, meus olhos estão fechando; agora, mal consigo respirar. O que está acontecendo? As pessoas estão chorando em minha volta. Por favor, parem! Me tirem daqui! Por que não me ouvem? As minhas flores, não, por favor! Parem de jogar ela em cima de mim.
Estou ouvindo passos, por favor, não, não virem as costas para mim. Mãe, você sempre disse que nunca me abandonaria. Vó, até você? E meus amigos? Eu tinha tantos!
Eu entendi, eu cheguei ao fim. E quem estava comigo? Acho que, o tempo todo, era somente eu e as flores.
"Nunca me perguntaram o porquê, que eu não gosto de dormir. Afinal a resposta é simples, tenho medo de fechar os olhos e nunca mas sair do vácuo vazio de escuridão da inexistência. Porque quando você está sob efeito do sono, você não contempla a realidade, tudo é inconsciente, e por um breve momento você deixa de existir. O sono nada mais é, do que pequenos breves testes para aquilo que chamo de inexistência. Afinal isso é a morte da consciência pensante, e o fim de tudo aquilo que você é".
Desesperado eu a procurei
E a convidei para um jantar
Pensei em qual roupa vestir
E em flores para levar
O dia mais feliz da minha vida está pra chegar
Não sei se devo comemorar ou me preparar
Chega de odiar, chega de amar
Uma memória não deixarei
Nem mesmo nas histórias estarei
Pois quando for acolhido
Verás a paz no meu rosto adormecido.
Promete que vai deixar eu me ver?
Talvez eu me arrependa quando você chegar, talvez eu mude de ideia, talvez eu implore pra que me deixe mais um pouco.
Mas eu te peço que não me escute, você pode me causar medo, mas não tem um dia que eu acorde sem pensar nesse momento único.
E quando você chegar, só te peço que deixe eu me ver, ao som de Chasing Cars – Sleeping At Last.
Por ela me apaixonei
Quando escutei
"Sua boca não servirá mais para sorrir e nem seus olhos para chorar"
Não leve a vida tão a sério, se nem às vezes ela te leva. Não precisa planejamento, você pode nascer até sem motivo e você pode morrer quando menos espera, por algo bobo. Somos instantes, resultantes de momentos, a vida não tá nem aí, pois ela nem se importa em te surpreender. Quando você menos espera vem o destino e te coloca em situações inimagináveis, podem ser positivas ou que você vai precisar de muita força pra lidar. O tempo passa e a vida não se importa se você vai ficar pra trás, ela não para pra te esperar. Ela não tá de brincadeira, mas ela é leve e deixa você facilmente se levar, ela só te dá uma chance, ela não se importa se você errou da primeira vez e quer começar de novo. Você pode recomeçar várias vezes na vida, mas não uma outra vida. Não se leve tão a sério, a vida também não te leva, ela só quer ver você uma vez se divertir, pois só se pode ir uma vez no carrossel da vida e às vezes você sai desse carrossel sem dar tchau e sem nem se despedir.
A trágica cômica realidade humana
Só por ter dinheiro pra comprar comprimidos.
Já que 6.000mg(6g) de Parecetamol de 6 em 6h gera uma overdose com chances de morte.
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