Falecimento
Todos vão passar através dos portões da morte algum dia. se você puder lembrar-se de que você é apenas uma pura consciência - não a mente, não o corpo, não o coração, não o seu dinheiro, não o seu prestígio, não o seu poder, não a sua casa, mas apenas consciência - então você pode passar pela barreira da morte sem arranhar-se. Então a morte não pode fazer nem mesmo um arranhão em você.
A morte não deve ser temida. A morte, com o tempo, atinge todos nós. E todo homem está assustado em sua primeira ação. Se ele afirma que não está, é um maldito mentiroso. Alguns homens são covardes, sim, mas lutam do mesmo jeito, ou tiram o inferno para fora de si.
O verdadeiro herói é o homem que luta embora assustado. Alguns superam seus medos num minuto, sob o fogo cruzado; outros levam uma hora; para alguns leva dias; mas um verdadeiro homem nunca deixará que o medo da morte domine sua honra, seu senso do dever, para com seu país e a humanidade.
Eu sempre achei interessante o jeito que as pessoas falam essa expressão. Vida e morte. Como se estivesse dizendo que vida é o oposto de morte. Mas nascimento é o oposto de morte. Vida não tem oposto."
Mas, se com a minha morte, você conseguir descobrir algum sentido por trás disso que chamamos viver, bom, quem sou eu pra impedir você.
(Ranmaru)
A Verdadeira Riqueza
Um dia um homem que acreditava na vida após a morte, e que valorizava o ser mais que o ter, hospedou-se na casa de um materialista convicto, em bela mansão de uma cidade européia.
Depois da ceia, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de artes e começou a enaltecer os bens materiais que possuía, de maneira soberba.
Falou que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante sua vida na Terra.
Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, jóias, títulos, valores diversos.
Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua convicção de que os bens da Terra não nos pertencem de fato, e que mais cedo ou mais tarde teremos que deixá-los.
Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas intelectuais e morais e não as posses terrenas, sempre passageiras.
No entanto, o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono de tudo aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos aqueles bens não lhe pertenciam.
Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo:
- Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinqüenta anos, está bem?
- Ora, disse o dono da casa, daqui a cinqüenta anos nós já estaremos mortos, pois ambos já temos mais de sessenta e cinco anos de idade!
O hóspede respondeu prontamente:
- É por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com mais segurança, pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas mãos mas, na verdade, nada disso lhe pertence de fato.
Chegará um dia em que você terá que deixar todas as posses materiais e partir, levando consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes do espírito imortal.
E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente rico ou não.
O homem materialista ficou contemplando as obras de arte ostentadas nas paredes de sua galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro.
E uma voz silenciosa, íntima, lhe perguntava:
- Que diferença fará, daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou num casebre?
- Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente?
- Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro?
- Se comeu em pratos finos ou numa simples marmita?
- Se pisou em tapetes caros ou sobre o chão batido?
- Se teve grande reserva financeira ou viveu com um salário mínimo?
- Que diferença isso fará daqui a cem anos?
Absolutamente nenhuma !
No entanto, o que você fizer do seu tempo na Terra, fará muita diferença em sua vida, não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade.
A morte: um dia todos irão conhecê-la. Mas ter sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
Tudo que Deus faz, tem um motivo, uma razão, um sentido Uma morte gerou vida, que foi Jesus Cristo morrer por nós,e nos deu ali na cruz, vida e graça, e por ele e sua graça e misericóridia estamos aqui.
Torna-me como selo (tatuagem) em teus braços, porque o amor é tão forte quanto a morte.
O amor é forte como a morte.
Nota: Trecho de Cânticos 8:6: Link
Nem todos o sonhos se realizam, mas posso sempre sonhar novos sonhos.
Há vida após a morte, mesmo que algo em sua vida morra hoje, amanhã iniciará uma nova etapa com certeza, independente do resultado ter sido positivo ou negativo, recomece e faça o melhor que puder...
“Até que a morte nos separe” ou “Que seja eterno enquanto dure”?
Existem duas formas de encarar um relacionamento, dois pontos de vista, e o que difere um do outro é à vontade, a insistência, o desejo, e porque não as experiências? Vivemos em uma época em que ao começarmos um relacionamento, já pensamos no término, em nossa futura reação, antes mesmo de existir uma ação. Desistimos antes de tentar, perdemos antes de ganhar. Será que o príncipe virou um sapo? Ou as princesas não acreditam mais em contos de fadas? O fato é que por mais que negamos, que insistimos que não, é de nossa natureza buscar o nosso ‘felizes para sempre’ mesmo que seja apenas enquanto dure, mas que dure sempre um pouco mais.
Ninguém é responsável por minha morte. Sou eu o responsável. Eu sabia que isso estava prestes a acontecer, já que falar a verdade em uma sociedade que vive de mentiras, fraudes e ilusões é pedir para morrer. Não culpo essas pessoas pobres que decidiram por minha morte. Se alguém é responsável, esse alguém sou eu. E quero que todos saibam que vivi assumindo responsabilidades por mim mesmo e vou morrer dessa mesma forma. Em vida, fui um indivíduo. Na morte, sou um indivíduo. Ninguém decide por mim, sou eu quem decide sobre o meu destino.”
(texto de O Livro dos Homens, de Osho)