Falecimento
des-encontro
o meu alguém está em casa
esperando com a mesa de jantar posta
ele passou um café
preparou os pratos
colocou uma flor ao lado da minha cadeira…
o meu alguém está em casa
aguardando eu retornar para lhe fazer companhia
rirmos juntos das bobagens do dia
e descansar nos braços um do outro
sem medo de julgamentos…
o meu alguém está em casa
com a porta aberta a aguardar minha chegada
eu o vejo olhar o relógio
estou atrasada… já é tarde e ele me liga
muitas chamadas não atendidas…
o meu alguém está em casa
olhando pela janela,
na expectativa de me ver atravessar a esquina
e minha sina
é não ver seu doce olhar…
o meu alguém está em casa
me esperando
me chamando
mas ele ainda não sabe
– meu amor, me perdoe!
… nunca mais irei chegar!
o meu alguém está em casa
tão despedaçado quanto eu…
– eu não queria que fosse assim!
se, ao menos, ele pudesse me escutar
eu diria… eu diria:
– meu amor, estou aqui… olha pra mim...
Eu tenho medo da minha intuição,
É muito raro quando ela falha,
Eu lembro o tempo,
Daquele último momento,
Você deitada em meu peito,
Olhos fechados,
Sono pesado,
Era só o começo do fim,
De tudo que a gente poderia ter vivido,
Justo na segunda vez em que você pode se entregar,
Eu vi o seu coração além das suas máscaras,
Aliás, as suas várias máscaras,
Eu vi a dor de quem ás usa como escudo,
Quando você acordou me deu um beijo,
Aquilo não era natural de ti que quase não toca,
Que não demonstra sentimentos,
E aquilo significou muito para mim,
E eu chorei escondida,
Com tua cabeça no meu peito ainda adormecida,
Porque de alguma maneira eu sabia,
Que aquele seria nosso último dia.
Paixão o tempo cura, o tempo leva, O que não é mais, o que se deve. Então adeus, minha paixão, Em paz, sem rancor, em gratidão.
Cléber Novais.
As despedidas arrancam pedaços da nossa alma, deixando um vazio que ecoa com a ressonância do que foi e já não é mais. Não estávamos prontos para essa separação, para esse adeus que chegou sem avisar e sem permissão, levando consigo um pedaço de nós que talvez nunca mais será recuperado. Cada momento que passamos juntos agora se transforma em memória, um tesouro precioso e doloroso, enquanto tentamos aprender a caminhar nesse novo mundo, um mundo um pouco mais vazio sem a sua presença.
Ele perguntou se eu poderia esperar por ele, a volta dele que viria em alguns dias.
O problema e a tristeza, é não ter percebido que na verdade estou aguardando, aguardando ansiosamente, há tempos por aquele ser.
Preciso ir
Agora deixe-me ir, estou atrasado,
Preciso apagar a luz, tantas coisas importantes que eu precisava fazer.
Me desculpe, estou atrasado,
Quem sabe um dia, numa noite fria, a gente não se veja.
Agora é tarde, mas terei lembranças,
Dos planos não realizados, das promessas quebradas,
Aos poucos me afasto até sumir,
Te vejo e a vida muda, sigo sem medo aos poucos.
Agora preciso ir, estou atrasado,
Não me espere, preciso apagar a luz.
Fui tomado por uma paixão avassaladora por ela, uma chama que surgiu de repente e com a mesma rapidez se apagou. Restaram apenas respeito e amizade, sombras do que um dia foi e já não é mais. A culpa não é tua, é minha; sou feito assim. Sinto muito... e já não sinto mais nada. Adeus!
Quando se chega ao fim da vida, se ganha uma força inexplicável, o último fôlego, emanado em alegria, que após surgir, chega a hora de se despedir, daqueles que se ama, daquele que o ajudou, da história que trilhou, e quando o último fôlego de vida acabar, morre-se com alegria emanada.
Até Aqui, Viajamos Juntos
Até aqui,
viajamos juntos.
Passamos por vilas e cidades,
cachoeiras e rios,
bosques e florestas.
Vivemos o inesperado,
nos fortalecemos nas dificuldades
e celebramos vitórias simples,
mas intensas.
Enfrentamos obstáculos,
pulamos cercas,
cruzamos abismos
de mãos dadas com a coragem.
Subidas e descidas foram constantes,
mas também encontramos estradas retas,
nos apoiamos nas curvas
e descobrimos paisagens novas
em nós e no mundo.
Essa não é uma despedida definitiva.
É só uma pausa no caminho.
Em breve, estaremos juntos de novo.
Enquanto isso,
carrego as memórias mais felizes no peito,
guardadas como relíquias,
intocadas pelo tempo.
Não quero que chores.
Nem que te preocupes.
Eu estou bem.
Só precisava sair da repetição
pra reencontrar a minha essência.
Muitas coisas pesavam em silêncio
na minha cabeça.
E às vezes, pra crescer,
é preciso partir.
Não por falta de amor,
mas por necessidade de reencontro —
comigo mesmo.
Seguir não é abandonar.
É confiar que o que é verdadeiro
resiste ao tempo, à distância,
e ao silêncio.
Porque onde quer que eu vá,
um pedaço teu caminha comigo.
E isso, ninguém apaga.
M.D.V ♠️
Ele permanece à beira do limiar, o vento frio da estação tocando seu rosto enquanto o trem repousa por um momento. A porta aberta à sua frente é um convite silencioso, mas a decisão pesa como um fardo nos ombros. De dentro do vagão, ele observa o caos organizado da estação. Pessoas correm de um lado para o outro, cada uma com seus próprios destinos, carregando sonhos, dores e despedidas. A estação é imensa, cheia de vida, cores que se misturam em um psicodélico turbilhão de emoções, refletindo o turbilhão dentro dele.
É como se o mundo inteiro estivesse em movimento, exceto ele.
Ali, parado no limiar, com os pés ainda dentro do trem, ele sente a hesitação apertar seu peito. O próximo passo não é apenas uma escolha física — é uma decisão que ecoa na alma. Há tanto peso no ato simples de sair do vagão, como se estivesse deixando para trás uma parte de si, uma vida que já não faz sentido continuar. Cada rosto que passa por ele é uma lembrança do passado que tenta se afastar. Há dor, sim, mas também há uma promessa de algo novo do outro lado. Só que para dar esse passo, ele precisa deixar algo para trás, algo que talvez nunca mais volte a ser.
E então ele percebe: a verdadeira viagem não é sobre o destino. É sobre as paradas, os momentos em que decidimos se seguimos em frente ou se ficamos.
A estação pulsa à sua frente, vibrante e viva, mas a escolha é dele. Ficar no trem, confortável no familiar, ou descer, enfrentar o desconhecido e descobrir o que a vida reserva do outro lado?
No fundo, ele sabe que o trem não esperará para sempre.
Vou considerar esse como o último texto que lhe escrevo, pois, desde que lhe vi naquele grupo, a sensação de tê-lo, de conhecê-lo, de conquistá-lo, foi inevitável, e eu me segurei ao máximo para não cometer o erro de lhe mandar mensagem, mas meu coração implorou por isso, e eu te chamei, e como eu te disse, depois de tanto tempo, meu coração disparou como ele não fazia a muito tempo, muito mesmo, e a cada dia que se passava, eu percebia o quanto eu gostava de você. Foi tão confuso para mim, não saber por que meu coração batia por um desconhecido daquela maneira, mas quando eu te mandei mensagem, foi como estar apaixonado, aquele amor juvenil que faz você ter medo de tudo, meu maior medo naquele momento, era te passar a impressão errada, e eu torci tanto para você gostar de mim, e então eu me abri sobre o que sentia, devo ter parecido um doido para você, mas para mim foi mágico, eu sinceramente, nunca imaginei que meu coração iria acelerar daquele jeito por alguém novamente, mas ele te escolheu, e as nossas conversas, elas faziam eu querer mais, o que infelizmente você jamais poderia me dar, e eu jamais poderia lhe cobrar. Eu queria que tivesse gostado de mim na mesma intensidade, mas infelizmente, isso não aconteceu, e minha cabeça não me permitiria acreditar que poderia ter sido diferente, era como se você fosse meu soulmate, minha outra metade, mas você sempre foi muito na sua, eu nem sequer sei sua cor favorita, ou o que você já assistiu, no mínimo algumas músicas que eu suponho que você gosta.
E gostar de você foi como um sonho, em meio a tantos pesadelos, a vontade de me abrir com você me consumiu, e eu despejei tudo sobre mim, em você, sem aviso prévio, eu queria que tivesse sido diferente, queria poder contar sobre mim, enquanto você falava sobre você, mas isso não aconteceu. Eu já te disse várias vezes sobre o fato de eu não gostar de ninguém, mas não me arrependo de ter dito, várias vezes, que eu gosto de você, sem motivo aparente, e eu sempre imaginei que não seria recíproco. Você parece ser uma pessoa incrível, com feridas não cicatrizadas, ainda, mas espero que elas se fechem e se curem logo. Eu queria que você tivesse sido meu melhor amigo, mas isso jamais poderia acontecer, o erro foi meu em pensar que poderia de algum jeito acontecer. Quanto mais tempo passava mais eu queria de você, e você não me dava, e não é sua culpa, eu mesmo já lhe disse que não era sua obrigação, mas eu já havia percebido uma coisa, você tem o poder que nem um outro tem, o de me machucar, tenho certeza que com algumas palavras você seria capaz de me destruir, só não creio que seja capaz de algo assim, eu não me arrependo de ter dito que "gosto de você" mesmo nós mal nos conhecendo, você foi uma das melhores pessoas que eu conheci, e acredite, foram muitas, mas o problema sou eu, talvez eu seja muito intenso e confuso, e um pouco dramático, mas só com você. Falar com você me conforta de um jeito surreal, eu não preciso de você e nunca precisaria, eu quero, ou melhor, queria você ao meu lado. Mas embora meu coração tenha te escolhido, o seu, não me escolheu, eu acredito que uma hora, ele irá bater tão forte por alguém, como o meu bate por você, mas infelizmente eu não serei essa pessoa. Você parece ser uma pessoa incrível, só não digo que é, pois não me deu a chance de te conhecer. Eu queria tanto um amigo, conheci tantas pessoas, mas nenhuma me despertava aquela sensação de "é essa a pessoa", aí eu achei você, mas enfim, eu espero de coração, mesmo que, talvez, não acredite na profundidade das minhas palavras, que você encontre alguém que faça você não querer calar a boca, e que você se sinta tão confortável que faça você vomitar seus problemas, eu realmente queria um amigo, mas você parecia mais um diário ao qual eu escrevia meus problemas e ele não me respondia, ou talvez eu estivesse cansado demais da minha solidão, e eu tive sorte, de ser você que tenha ganhado as chaves do meu coração, pelo menos você não o destruiu mais. Essa foi minha última mensagem para você, Teodoro, obrigado de verdade, por esses dias, e me desculpe se eu pareci mais problemático que o normal. Eu tenho que agradecer também por ter me ajudado a ter uma noite de sono tão boa, como a muito tempo eu não havia tido, você foi a cura que eu precisava, não precisa responder essa mensagem, eu só queria ser sincero sobre como eu me sentia. Você pode ser minha cura, mas algumas curas machucam, e nós a abandonamos no meio do caminho. Eu agradeço de verdade por esses dias, e espero que consiga acreditar nas minhas palavras, se não seria um desperdício de tempo que eu lhe tirei. Obrigado Teo. Eu do fundo do meu coração, queria que tivesse sido real, e melhor, me desculpe.
Eu desci da estação. Não foi fácil, não foi leve, mas foi necessário. Deixei o trem seguir sem mim, e junto com ele, tudo o que não era mais meu, tudo o que me prendia e me fazia duvidar de quem eu realmente sou. Não preciso mais correr atrás de algo que nunca foi para mim. Não preciso fingir que estou bem, não preciso lutar para ser mais do que sou. E isso, de um jeito estranho, me traz paz.
Eu desci carregando cicatrizes que ainda ardem, mas são minhas. Eu as aceito. Não vou mentir: ainda dói. Despedir-se de algo que um dia fez parte de mim sempre vai doer, mas agora eu respiro. Pela primeira vez em tanto tempo, respiro sem sentir o peso esmagador no peito. Não preciso mais medir minhas palavras, não preciso mais pisar em ovos. Não estou curado, não estou inteiro, mas estou livre. E essa liberdade, por mais amarga que tenha sido a conquista, é minha.
Aqui fora, a estação parece imensa. Mas não me assusta mais. O trem que seguiu em frente me deixa para trás, e tudo bem. Eu não preciso continuar naquele caminho. Finalmente, eu estou no meu próprio. A dor ainda me acompanha, sim, mas ela não me define mais. Eu a sinto, mas ela não dita meus passos. O horizonte é vasto e desconhecido, mas ao invés de medo, sinto um leve alívio. Não preciso saber o que vem a seguir, só preciso seguir.
Agora posso ser quem eu sou, sem medo, sem forçar um sorriso, sem tentar me encaixar em algo que nunca coube em mim. E por mais que isso traga uma espécie de solidão, ela é mais confortável do que qualquer máscara que já usei. Eu não preciso ser mais do que sou. E isso, finalmente, me basta.
Um amor que se despede, desejando a felicidade do outro. A história finda, mas a lembrança e o carinho permanecem. Seguir em frente é a prova de amor.
Um amor forte, mas que, por razões do destino, seguiu caminhos distintos. Talvez não fosse o tempo certo, talvez o universo tenha outros planos… Mas quem sabe, em outra vida, os reencontros não precisem de despedidas.
Gratidão, Fevereiro !
Hoje nos despedimos de fevereiro com o coração cheio de gratidão.
Cada dia trouxe aprendizados, desafios superados e momentos especiais. Que possamos levar conosco as boas lembranças e os ensinamentos que este mês nos proporcionou.
Obrigado, fevereiro, por cada oportunidade de crescimento! E que março chegue trazendo ainda mais luz
Gratidão pelo que foi, esperança pelo que virá!
Algumas feridas cicatrizam, mas suas marcas nunca desaparecem. Elas não são sinais de fraqueza, mas lembranças de batalhas vencidas. Cada cicatriz conta uma história e nos lembra de quão fortes nos tornamos ao longo do caminho.
Passarinho
É chegada a hora de se despedir, de descobrir e se reinventar. Logo eu que nunca fui de dizer adeus escrevo esses versos, como prova do meu desalento e mesmo querendo tanto estou indo embora para não mais voltar. Tão de repente você passou pela minha vida mostrando que o inesperado pode acontecer em um beijo dentro do carro em qualquer lugar. Mas insistir não é mais a solução, é necessário deixar fluir para limpar o coração. Me despedir agora é a única opção, quando se já não tem mais emoção. Ficam as lembranças e os dias se vão, guardo no coração momentos que não se repetirão. Mas de tudo tirarei uma lição, um passarinho inesperado te espera em qualquer estação, no estacionamento, na academia ou na fila para comprar pão. O importante é seguir o coração, em uma outra perspectiva agora a visão, de que amor é libertação. Deixar ir é a minha decisão, e dos meus últimos versos faço a minha confissão.
FUI QUANDO NÃO ESTAVA
Parti tantas vezes sem me mover.
Deixei que o silêncio me carregasse,
tornei-me ausência antes mesmo de partir.
Houve dias em que fui sombra,
presença sem voz,
um nome dito sem significado.
Eu estava ali,
mas não me sentia,
não me encontrava.
As palavras se calaram,
as vontades murcharam,
e no espelho, vi alguém que não reconheci.
A vida seguia ao meu redor,
mas dentro de mim,
eu já tinha ido.
Agora percebo—
partir nem sempre significa ir embora.
Às vezes, é apenas desistir de permanecer.
E o mais difícil não é partir,
é reaprender a estar.
Compreendo que a minha timidez tenha impedido de lhe dizer pessoalmente, esse pensamento maravilhoso que há dentro de mim.
Tenho receio que o possa assusta-lo, cada vez que o vejo, meu sangue foge das veias o coração acelera, a voz fica tremendo, as mão suando, as pernas enfraquece, tudo isso quando encontro contigo.
Na rua, na escola ou em qualquer lugar que eu vá, você sempre encontra no meu pensamento.
Compreenda que não posso continuar assim , na esperança de um dia te contar tudo. Morro de saudades só em ter a certeza de te perder, sem chance de mim explicar, e poder dizer QUE AMO VOCÊ, MAIS ADEUS. ADEUS MAIS EU TE AMO.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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