Fabio de Melo Acaso Deus Felicidade
Cofres eram como quebra-cabeças. Quebra-cabeças que só podiam ser resolvidos por aqueles dignos dos segredos que guardavam.
Ninguém nunca apreciou nem entendeu sua genialidade, porque para entender sua obra, deve se engajar a ela.
Partiu meu coração pensar nas aventuras que podíamos ter tido, no que podíamos ter vivido, porque naquele momento eu soube que, de todas as pessoas no mundo, só havia uma com quem eu queria estar. E era ela.
Talvez sejam apenas manifestações da sua psique de sua autodúvida e sentimentos de inadequação. Você devia ser um cara durão. Ser capaz de combatê-los. E, mesmo assim, repetidas vezes, eles te destroem.
O século XXI inscreve-se em uma comunidade global, neoliberal e com inovações tecnológicas exponenciais. Tais mudanças reverberam global e regionalmente e ao mesmo tempo que trazem avanços também colocam novos desafios à implementação e defesa do estado de direito
A pandemia do corona vírus, bem como outras crises sanitárias, por conta de seu caráter invisível, invasor, multiplicador e transformativo é pautada pelo medo. O humano, não diferentemente de outros animais, quando se sente ameaçado pode atacar, atacar qualquer um que ele perceba como seu algoz. Que falta de criatividade desse suposto animal no topo da cadeia alimentar...
Vazio
Nas noites eu insisto em chamar o seu nome
Um dia você se senta silenciosamente
Como uma ilha deserta
E uma quietude de celofane fica presa na boca
O lamento da noite anterior
enterrado
sob os beirais baixos
Pela manhã quando as folhas verdes levantam suas cabeças
Vazio
Você vem correndo direto para mim
Na forma de luz solar recém limpa
A janela entediada
Puxa e empurra as nuvens o dia inteiro
E eu, que estou ainda mais entediado,
Puxo e solto as nuvens pelos chifres
E pelas entrelinhas do meu poema
Espalhando como tinta,
Você vem
Vazio.
EIS A PAUTA DE CRISTO
FOME - Pois tive fome, e me destes de comer,
SEDE - tive sede, e me destes de beber;
O DESCONHECIDO - fui estrangeiro, e vós me acolhestes;
ASSISTENCIA - Quando necessitei de roupas, vós me vestistes;
SAÚDE - Estive enfermo, e vós me cuidastes;
EGRESSÃO - Estive preso, e fostes visitar-me;
Eu vou varar madrugada
Só pra compor pra você
Ensaiar a batucada
Pra ver o meu bloco passar
Pra ver minha escola desfilar
Só pra ver você sambar
Desse jeito é meu jeito
Eu fico aqui só no meu mundo
Você pode entrar nele se quiser
Pode até tentar me compreender
E não me ver como um ser absurdo
Sou autista sim e sou assim
Deus cuida de você e de mim
Me respeita e me queira bem
Eu sou gente e sinto também
Nós somos todos diferentes
Eu sou de tal forma ausente
Até mesmo sou um distante
Mas, me acolhe que existo
Tenho sim esse meu jeito
Mas mereço amor e respeito
A ROSA SONHADORA
A rosa tinha muita inveja das outras flores, pois, quando passava pelos jardins e observava as flores, dançando ao bel-prazer do vento, que ora soprava em brisa leve e, em outras passava com rajadas fortes, fazendo-as rodopiar...
A rosa indócil, somente queria pertencer àquele mundo, que ela admirava, mas desconhecia o porquê de haver espinhos em seu caule e não tinha como dançar com as outras flores, quando o vento chegava...
Certo dia, a rosa determinou, sem muito raciocínio, extrair todos os seus espinhos. E, mirando-se, no espelho, sem perceber o sangue, que escorria, pensou: – Estou com ar mais aprazível, um verdadeiro porte de rainha, agora poderei dançar...
E, assim, aproximou-se das outras flores, toda faceira, com um sorriso. Mas sua surpresa foi grande, quando, todas as outras flores, lhe apontaram os dedos, mostrando-lhe o sangue, que escorria em seu caule. Não era o que ela esperava... Afinal, ela era a rainha das flores, justamente pelo perfume e os espinhos...
As flores, virando-se, para ela, perguntaram, em uníssono: Retirar seus ilustres espinhos, por quê?... Eles lhe faziam, além da sua beleza insólita, a tão respeitada rainha de todas nós...
Agora, somos flores sem reinado e sem rainha, não temos a quem idolatrar e você está ferida!
A coitada da rosa, ferida, agora, sem reinado e sem coroa, por querer ser igual às outras flores, que não tinham espinhos e, sem eles, elas dançavam ao desejo do vento, livres e soltas, como ele gostaria...
Jamais seria igual às outras flores, pois tinha espinhos, mas era a rainha, com certeza, de todas elas... Não perdeu a sua altivez, não mais seria rainha, porque o que a diferenciava, das outras, era o mais importante, aos olhos de todas as flores... Os espinhos, que ela havia retirado é que a tornavam diferente...
Naquele mesmo dia, a rosa, que sentia muita dor, por causa da retirada dos espinhos, morreu... A noite se findou, um novo dia raiou, com um maravilhoso sol e outra rosa nasceu, bela, cheirosa e com todos os seus espinhos, sendo eles a sua coroa...
As flores ganhavam, agora, uma nova e reverenciada rainha... Haviam esquecido a rosa sonhadora...
Marilina Baccarat de almeida Leão, no livro "É Mais oui Menos Assim
A uma professora que partistes
Professora tão cedo partistes
Deixando a saudade entre nós
E em todos os seus
Foste tão guerreira em sua luta
Mas, agora estás aí com Deus
Em vida fostes a criança em colo
Foste a adolescente de sonhos
Foste a mulher que amou
Foste a mãe que destes consolo
E também a professora que ensinou
Não nos conformamos com sua ida
Mas, descanse em paz amiga querida
Descanse na eternidade com Deus
A todos nós ficará a saudade imensa
E rezaremos por ti e pelos seus
Você estará sempre em nossa lembrança!
Maria Lu T. S. Nishimura
Somos motivados pelos nossos próprios sentimentos, sempre! Jamais damos ao outro a chance de se explicar e de esclarecer o que, para nós, já está tão claro.
Assim somos nós, quando somos vítimas de alguma situação que nos faz sofrer muito. Imediatamente achamos um(a) culpado(a) e jogamos nele(a) toda a nossa raiva, todo o nosso ódio e (por que não?) toda a nossa responsabilidade também.
A vida é feita dia-a-dia. Nada do que plantamos hoje não será colhido amanhã, assim como nada do que colhemos hoje não foi plantado por nós mesmos num passado que tivemos, remoto ou distante.
Às vezes nós mesmos abrimos brechas em nossas vidas, e elas acabam sendo preenchidas por outras luzes, por outras matérias, por "invasores", por "coisas" bem diferentes de tudo aquilo com que desejaríamos preencher essas lacunas, e, se isso acontece, essas brechas são de nossa inteira responsabilidade.
Contudo, há quem não deixe brechas em sua própria vida?! Há que se culpar quem deu este ou aquele espaço, permitindo que "invasores" se apoderassem daquele cantinho (ou daquela pessoa) que "era só nosso"? Há que se culpar o invasor pela invasão deliberada ou há que se culpar o "proprietário" que abriu as brechas e permitiu que o "invasor" chegasse?!
A vida nos surpreende com perguntas para as quais não temos respostas, mas é disso que ela é feita: de surpresas e decepções, de alegrias e frustrações.
O que nos cabe, portanto, é viver, um dia de cada vez.
Nara Minervino.
Em vez de construirmos as ambições preferimos mergulhar nela de cabeça, cavar, seguir adiante com nosso faro, para poder descobrir o que se esconde atrás do almejar de cada um...
E por isso, talvez, nessa busca solitária, nunca estamos sozinhos, pois o esperar torna-nos auspiciosos, os pensamentos fazem-nos companhia, mostrando-nos que, as aspirações não devemos discutir, pois cada ser, tem o seu gostar diferente...
No livro "E A Vida Tinha Razão"
Hoje, 23 de Abril, comemora-se, mundialmente, o Dia do Livro
Para mim, não poderia haver data mais santificada e simbólica do que esta.
Dia santo. Feriado, no meu coração.
Dia em que reverencio os meus santos de devoção: São Fernando Pessoa, São Carlos Drummond de Andrade, São Érico Veríssimo, São Eça de Queirós, São Machado de Assis, São Monteiro Lobato, Mia Couto, Balzac, Melville, Rachel de Queirós, todos os autores, que li, ao longo da minha vida, tantos que já nem me lembro da maior parte deles.
Mas, os tenho cá dentro de mim, que me marcaram a alma, a ferro, a lágrimas, a sentimentos.
Já esqueci inúmeros enredos, inúmeras tramas das milhares, que li, mas, todas deixaram pequenos traços na minha escrita, na minha personalidade, na minha maneira de ver a vida e o mundo.
Neste dia, dia do meu maior objeto de adoração, de devoção, o LIVRO, tenho pena de não poder ler tantos quantos eu gostaria, de ter tempo, ainda, para ler todos os que não tive o prazer de ler, de cercar-me, por eles, por todos os lados. Mas, não resta muito tempo agora, já não há tempo, para lê-los todos.
Se há algo, que me daria imenso prazer, neste momento de minha vida, seria poder ter os livros, que desejo. E são tantos!
Mas, neste dia santo, dia em que também fui agraciada com uma pequena conquista, ter meus próprios livro publicados, só posso ser grata aos meus amigos, aos meus leitores, ao meu editor João Scortecci. A tudo o que li, ao longo desses anos, vividos intensamente.
Não tenho pretensões de colocar-me ao lado de meus santos de devoção, meus amados escritores, as pessoas, que me abriram o mundo e o desvelaram para mim. Não quero isso. Quero, apenas, poder sentar-me com um livro nas mãos e, por toda a eternidade, saber o que há nas entrelinhas. Entender o que foi escrito e sentido pelo escritor, no momento em que o criou. Porque cada livro é um mundo.
Este é meu último desejo. É entender que a santidade, a verdadeira beleza do mundo está contida nas páginas de um bom livro...
Marilina Baccarat De Almeida Leão (escritora brasileira)
A vida tem as cores que a gente pinta.
O sabor das cores, das plantas, do céu, da infinita gama que a natureza nos dá, o gosto de observar atentamente… O que é belo na vida se esconde ali, e por tantos outros lugares. Basta saber onde, ou melhor basta querer enxergar.
Muitas cores passam todos os dias por nossas vidas, algumas das quais não percebemos mais graças ao ritmo frenético, a enxurrada de informações que recebemos e, até mesmo, por nossa falta de vontade para enxergá-las. Esperamos até o último dia do ano para finalmente enxergarmos o colorido à nossa volta justamente quando nos vemos naquela peculiar situação de escolher com que cor faremos a passagem de um ano para o outro, buscando nas cores desejos, anseios e metas para um novo começo, um novo amor, mais prosperidade, luz e paz.
Mas como vestir tantas cores para representar todos esses desejos?
Por que não utilizarmos cores aliadas aos sabores em busca de alegria, e bem-estar?
Quem sabe, na natureza, encontraremos as respostas de um maravilhoso recomeço.
“Essa natureza é sábia, acho que, baseada nessa ideia, ela leva cores à vida das pessoas, está sempre com o seu pincel em punho e com suas cores mil!”
Reescrevamos uma nova página, experimentemos uma nova receita, mudemos a rotina, pintemos a vida com novas cores recheada com novos sabores e belas atitudes. É você quem constrói seu destino na busca da felicidade, paz, equilíbrio e saúde. Faça o Melhor Possível. O resultado será uma incrível aquarela. Única. Sua. Bela. Feliz.
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a Vida "
Eu não sei quem vai ler isso, mas quero te dizer: se você está passando por um momento difícil e pensando em desistir, não desista! Essa fase vai passar. Você é forte, e esse problema não vai te parar! Lembre-se, você não está sozinho - Deus está com você!