Fabio de Melo Acaso Deus Felicidade
Tô na Terra de passagem. Me encontro na viagem, paisagem e miragem; refletindo sobre o destino. Sou eu, ou Deus quem abre os caminhos? Deveres no raciocínio, afazeres que antecedem o declínio; plano de fuga; galho de arruda. O mundo é um Deus nos acuda; dedo que aponta, acusa. Mente pensante, da alienação não tá exclusa. Na mesa pega e debruça, com a refeição se empapuça. Quem se ofende veste a carapuça - de lança cutuco a consciência da onça na seção de kama Sutra.
Mente livre que desbrava seus limites, comportamento que renova seus horizontes. Estado de espírito, contrato vitalício, sou mais do que o Vinicius. Me encontro no centro da cidade. O capital, o que nos move a vaidade; a alma clama por amor, carinho e atenção, mas nosso trabalho é na matéria, objetos são a nossa obrigação. Trabalho é tempo perdido quando investido no sonho alheio. Prometo que dessa vez serei mas preciso - o tempo é curto - direi tudo que preciso: saúde, liberdade, imaginação pra lidar com qualquer situação, um banho pro espírito;por meus atos me responsabilizo, fragmentos de ações que me cobram no caminho. Sensibilidade pra doutrinar cada ação, escrevo meus mandamentos, o meu próprio alcorão.
O vazio da alma, somado aos traumas, remediado pelas drogas. Inteligência humana focada em ganho massivo, expressivo; o andarilho eu contabilizo - me disseram que é normal tudo isso - esqueceram de estudar a história, falta de conhecimento e aborrecimento gera paranoia. Legalizaram venenos. Mal sabemos o que queremos. Domesticamos animais, do planeta nos achamos os tais. O que move o mundo é que sejamos rivais, cansei de ter que fingir pra agradar. Vou dizer tudo que penso, e quem queira se afastar ou me acompanhar que o faça, muitos são apenas carcaça. Sei que quando julgo isso também me afeta; é perigoso usar a palavra direta, que esquenta a alma, que descongela e grita, cicatrizando os traumas.
Quando penso na minha vida, penso nela como um todo - ela não é só o meu corpo, mas sim tudo que existe; o mundo também sou eu, da mesma forma que também sou o mundo.
Vivência de uma vida, mera existência no tempo, entre a ida e vinda, só resta o momento.
Me lembro de quando a essência era a inocência, agora ambição. A reflexão é minha ciência, meu tesouro é meu coração.
Pra que teoria da conspiração, se já temos o capitalismo explícito?
Pra tentar entender quem criou e como funciona o esquema de alienação em massa?
O demônio está cansado de levar a culpa pelo erro do homem. Seria o homem o próprio demônio disfarçado?
Conservadorismo?
A única coisa que deveríamos conservar é o idealismo.
Como se já não bastasse o conformismo do existencialismo.
Valorizo quem me valoriza, vivo minha vida como se hoje fosse o último dia, digo o que está guardado, entalado, a angústia de guardar meus desejos sentimentos torna o sonho pesadelo, sou eu quem conduz a luz do dia-a-dia, sou eu o choro dá tempestade, o frio da cidade, o calor que penetra na medula, que revigora a estrutura, Deus é minha essência. Minha ciência e procedência, providencia minha estadia em perfeita harmonia, mesmo que seja na angústia, sinto sua presença em cada desafio denominado problema, você quem escreve o dilema que quebra a algema construída por uma mente mal instruída.
A vida é um pêndulo, quando mais centralizado o movimento, mais próximo da paz interior; o segredo é o equilíbrio. Amesma força que gera a alegria é a que cria a melancolia.
Fui falar de amor e só pronunciei a solidão, não sei se sou sincero ou agrado ao que espero, sou meu próprio cúmplice, só eu sei o que fiz, não adianta disfarçar, no próximo ato o universo tende a me cobrar, vou comentar sobre isso e o que ué me permito questionar. O que é viver? Ser ou ter? Amor me eleva ao sentido da existência em sua máxima excelência. Estica de uma vida ética. O vernáculo do cálculo e queivale ao balanço do pêndulo. Mesmo que me auxente sou crente na mente que mente e me empurra ao acaso, fiz pouco caso de quem tem me alertado. Superei fracassos que deveriam ser meus obstáculos. Fiz cálculos, assinei contratos, sou prático, pragmático, didático ao ponto onde questiono. Sou meu próprio dono, abono, bônus, sou eu quem investiga a realidade, estou em busca da minha verdadeira identidade, em busca dá humildade, curando a vaidade. Me diz se você sabe o que é viver de verdade?autenvidadede, culpiciddade.
Me demonstro quando Monaten, remonto meu passado, sou versículo versado, carente mal amado, humorado. Origina, identificado, me abestinei da razão, tropecei em fatos variados, assoalho molhado, triunfei em seguintes estigmas, fragmentos de momentos do meu aniversário, olhei por dentro e vi recortes de ventos cremados, drenados em linhas ninfaticas da tática de fuga, etremesse o chão a outrora do recomeço, sonho esse que tem me guiado, luz que difere o conhecimento, triste, beleza, represa, redondeza, me diz o que te faz feliz? Sou empresário que virar minha própria cicatriz, imagine o recado, o cadarço, olhe ao redor e perceba quem tem te alertado, cimento dor e lamento, me encontro por dentro, sou quem vê e enxergar o vento,
Os mesmos que dizem que: “o trabalho dignifica o homem”. São os que contam os dias para se aposentar.
Procurei no vazio o que me fazia viver; olhei pra dentro de mim e comecei a entender: lembrei de fatos do passado, mais o conhecimento acumulado - olhei pra quem tá do lado - mesmo quando gritei ou quando me mantive calado. Consequências de momentos lembrei nesse momento. Busquei o melhor argumento. Sufoquei o que tenho no peito. Sempre me vi como alguém desse jeito: sem jeito, sem leito, fragmento… suave brisa que me eleva na vida, cicatriza feridas; sou quem tem o controle da vida! Mentalizei o todo; me renovo de novo; me locomovo pelas vias da razão e emoção, trincheiras da vida que me guiam - escolho minha direção em cada ocasião. Sou a mão e as cordas do violão; me encontro pelas ruas da cidade. Na selva sou a águia; só quero viver, absorver o querer, agradecer cada amanhecer. Saber éviver, querer é ser, sentir é estar.
A falta de amor no mundo desenvolve a depressão. Pessoa tratada como número, não se valoriza o que está no coração. Afazeres, deveres… e a alma vive abandonada; prazeres, interesses… degraus que desço e subo nessa escada.
Socialmente, a alma é forçada a sorrir o tempo todo, vivemos uma falsa sensação de que tudo esta bem. No fundo todos sofremos com as mesmas angústias, discuti-las deveria ser o assunto de todas as conversas, o fato de desviarmos dessa necessidade cria problemas aos quais tentamos remediar com recursos financeiros. O único remédio da alma é gratuito, vem através da reflexão sobre si mesmo e do mundo que nos cerca.