Existencialismo

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Os dilemas de um franco-libertário - Ep. 2

A expressão mais ouvida pela boca dos conservadores é “liberdade”: liberdade para dizer o que querem, para fazer o que querem, como se não seguir as regras do jogo liberdade fosse. O que se mostra nítido é que não conseguem diferenciar o conceito de liberdade do de libertinagem, pois que a liberdade não precisa tampouco ser visível a olhos alheios, mas simplesmente que a vivencies em ti: antes em tua consciência, e depois em teus atos. E dessa forma, para o libertário que és, não serão as correntes do corpo que irão te cercear, mas aquelas que impões a ti mesmo quando atropelas todas as regras pelo exercício da tua alegada “liberdade”.

Por definição, não é apenas falsa, mas imoral, a liberdade que privilegia alguns em detrimento de outros, numa mesma escala de poder. “Numa mesma escala de poder?”, perguntarás... E te direi que não há nada mais desigual do que tratar desiguais de forma igual, e para tanto existem as diferentes escalas de atuação, e a cada qual se aplicam as regras que seus papeis lhes conferem. A isso chamamos de “ordenamento jurídico”, indispensável para que o direito à liberdade se estenda a todas as diferenças.

Liberdade, portanto, não é simplesmente pensar e agir do jeito que entendes ao cobrar o que é bom pra ti, mas transitar livremente dentro desse ordenamento; e opressão é lhe extrapolar as fronteiras, horizontal ou verticalmente, para subverter o pensar e o agir de outrem. Precisas antes aprender a pensar livremente, questionar – inclusive a ti mesmo – e formar tuas próprias opiniões não submetidas a dogmas e doutrinações. A tua real liberdade é, antes de tudo, a tua autonomia intelectual, sem o qual nunca serás livre. Enquanto não desenvolveres pensamento crítico para discernir entre uma coisa e outra não exercerás de forma autêntica a tua liberdade, pois que não se mostrará ética e, tampouco, responsável.

A liberdade legítima não pode prescindir da igualdade como um de seus pilares mais substantivos, asseverando a cada qual a posição que lhe caiba para escapar a injustiças. E quando atrelada a um “ismo” coletivo correrás sempre o risco de vê-la convertida de livre-arbítrio em efeito-rebanho, e é quando precisarás tonificar tua essência de franco-libertário, que só responde à própria consciência. O conceito de que “a união faz a força” não se estende ao cérebro, pois que, no grupo em torno de um lider, somente um exercerá a prerrotativa de pensar, cabendo aos demais segui-lo. Na ausência dele, por outro lado, nem dois dentre todos seguirão na mesma direção, o que pode se mostrar ainda mais desastroso do que a direção única, por mais equivocada que se mostre. Daí porque teu discernimento deverá ser o fiel da balança na batalha contra a opressão e a ignorância.

Súmula
Constituindo-se no segundo episódio da série "Filosofando”, o texto de Luiz R. Bodstein explora o conceito de liberdade a partir de uma perspectiva individualista e crítica, questionando a dicotomia entre liberdade e libertinagem, a visão superficial do conceito de liberdade, e defendendo que a liberdade em sua expressão mais plena consiste na autonomia intelectual e na capacidade de discernimento crítico sobre a complexa relação entre decisões individuais e ordem social. O autor argumenta que a liberdade não se manifesta apenas em ações visíveis, mas também na consciência individualizada, na capacidade de pensar criticamente e formar opiniões próprias, livres de dogmas e doutrinações. Pelo aspecto da interação social, afirma que liberdade não se resume à ausência de restrições externas, mas a capacidade de transitar livremente dentro de um sistema de normas e leis, respeitando a igualdade e os direitos de todos, sem que essa igualdade se traduza por uma homogeneização de pensamentos. Ele critica o tradicional conceito de que “a união faz a força” no que toca ao pensamento individual pelo argumento de que a liberdade de pensamento exige capacidade de questionamento e formação de opiniões autônomas. Bodstein destaca a importância do discernimento individual e da responsabilidade em relação ao próprio pensamento, advertindo contra a alienação e o conformismo advindos da adesão acrítica a ideologias ou líderanças que se estabelecem sem o crivo das análises racionais.

Inserida por bodstein

⁠Numa profunda angústia
perco-me na imensidão
a tinta flui a minha ausência
e o sono a minha própria negação
mas nesse mundo sem sentido
quanto tempo levara para a celebração
Caminho profundo no abismo
As quatro cadeiras da sala estão prontas para oração
desbotadas as suas fissuras irão ecoar os números
sobre o seu proprietário de coração
numa dança eterna, onde me consolo com a solidão.

Uma luz então surge
e ingenuidade que fica
e o que se reflete no espelho?
Lembrança me traz
cores púrpuras e lilás amarelado brilham em tom fantasiado
parece conseguir cortar o crepúsculo
ressoa então a sentimentalidade
aguardando a verdade que no fundo você sabe.

Inserida por Domcost

⁠Alma e Sonhos

É como ter todos dentro de si,
E estar em todos, sem jamais partir.
A saudade, essa parte que falta,
Viver sem ela é viver sem alma.

Voar... Ah, voar...
É a paz que vem sem a gente esperar.
A calma que mereço, mesmo sem saber,
Um momento onde posso ser.

Choramos, porque transbordamos,
Dor e amor que em nós clamamos.
A falta que o próximo traz,
Ou a presença que deixa a alma em paz.

E o sonho? Ah, o sonho...
Não é pequeno nem grande demais,
É o tamanho de uma vida, que jaz
No coração de quem busca a eternidade.

Inserida por Yaudim

Poema: "O Início da Última Temporada"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

⁠fisicamente fraco, mentalmente fragilizado.
em completa desesperança me encontro.
sinto como se estivesse no início da última e trágica temporada de uma ficção barata.
o drama, sempre exagerado, já transborda.
o medo, tento ignorar, finjo não existir.
me divirto, faço tudo o que eu quero, e como quero,
não me envergonho de meu hedonismo barato,
pois, ao escolher meu último dia, quero olhar para trás,
e romantizar tudo que vivi: todos os prazeres e gargalhadas,
todas as desgraças e derrotas,
cada lágrima derramada,
e concluir, então,
que se tudo foi em vão,
ao menos tive uma grande história,
daquelas que ninguém vai contar.

Inserida por diego_fernandes_5

Poema: Recipiente Vazio
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

sou um recipiente vazio,
e por ser vazio, a amargura sempre se aproveita,
trazendo com ela a ira, e a autodestruição,
a me preencher.
novamente sigo em alta velocidade,
hoje eu já enxergo o intransponível em meu caminho,
sem saber se tento frear, ou se acelero, sofro em silêncio.
se tanto inspiro e expiro tormento,
e não sonho mais com a luz ao fim do túnel,
é porque sei que quanto mais eu desejar e sonhar,
maior será a dor da colisão.

sigo aqui, mesmo exausto, pois temo que meu sangue respingue em dor, ruína e mais languidez a quem tanto amei. Se algum dia eu desistir, saiba que lutei até o fim.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Adicto em Declínio"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

aflito, de alma estafada,
o véu que separa o coração da razão
não me permite enxergar qualquer valor
ao olhar através do espelho da alma.
os pesadelos ainda vivem e consomem até a sombra,
e não há mais forças para lutar,
pois por tanto tentei,
acreditando ter dado meu melhor,
portanto falhei
ao tentar ficar de pé.
tal como uma cobra, hoje rastejo, mas menos que ela que sou,
pois ela ainda tem algum valor que um adicto em declínio.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: (deso)lamento
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

já não posso voltar atrás, consertar os desacertos
e desfazer tudo aquilo que me fez quebrar em pedaços tão pequenos,
me restando somente o futuro ora premeditado.
eu tento, tento remar com as mãos,
mesmo em frente à invencível tormenta,
mas, sabe, ainda estou aqui,
sofrendo, chorando e rindo de tudo e de mim mesmo,
ainda estou vivo, mesmo sabendo que o fim me espera.
então me debato,
choro e rio,
também me desespero,
choro e rio,
enquanto o doce abraço espero.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: Resignação
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

meu mundo está desmoronando,
e eu tento remendar os destroços, mas não consigo ir além.
minhas mãos já não são suficientes para construir estradas que vão me levar a algum lugar,
pois aqui as paixões morreram com as vontades, e só me resta forçar ficar à vontade e aceitar.
dói demais quando o que é, é o quê e como deve ser,
então enfrento, mesmo sabendo, afinal, é o que tanto espero,
o descanso de todas as dores que não param de arder, de tudo aquilo que nunca irá cicatrizar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: Desventura
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

O tempo que eu passei pensando sobre procurar um caminho,
apenas pensei, e nada fiz, continuei a arder em fogo andando em brasa,
e eu não sei como vou continuar,
pois nunca houve um plano B, algo a se fazer,
pois nunca pensei que ia querer ficar,
no fundo eu tenho medo, mas já é tarde demais para lutar,
as vozes não me deixam descansar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: Perdição
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

Engolido por frustração e medo, a energia negativa transborda, e
quanto mais penso sobre o mundo, aumenta exponencialmente a minha vontade de desistir.
As coisas dentro da minha cabeça não têm sido fáceis; já não suporto este peso que há tanto carrego,
e, fora da minha cabeça, a vida também não tem sido complacente.
Estou cada vez mais exausto e sem um pingo de esperança,
alcançando limites antes definidos como minhas derradeiras linhas vermelhas.
Está tudo tão diferente,
não me reconheço mais, não reconheço o que me cerca,

e não sei mais se é possível voltar a ser como era antes.
Não sei mais o que fazer, nem o que esperar, ou por que esperar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: Círculos
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

tudo está perdido,
tão perdido,
e eu finjo não ver todos os espinhos no caminho,
ignoro as feridas não cicatrizadas acumuladas.
segui caminhando, tão ferido, até chegar aqui.

mas hoje tudo me leva a crer que, se nada vai mudar,
por que não devo, então, me entregar?

tão perdido, continuo caminhando
até o incerto futuro que nem sei se existe mais.
tão perdido, eu não saio do lugar,
tão perdido, em círculos a vagar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Da aceitação do futuro"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

esperando a vida me varrer,
e me jogar em qualquer lugar,
eu já não ligo mais se vou continuar tentando,
ou se vou desmanchar em consequências,
pois o tormento que há dentro da mente é bem mais forte,
e confortável é o abraço que o abismo oferece,
mas o espaço que há entre o ser e o agir nunca será apagado da história.
e as dores persistirão na chuva,
derrubando as folhas secas,
deslizando a terra exausta.
o reflexo em branco é o futuro que me espera.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Teto"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

cruzei todas as linhas vermelhas,
não há mais como voltar atrás,
todos os planos foram exaustos,
toda a esperança,
que esperança?
apenas ilusão.
e me restou dizer que já basta,
dizer não ao sofrimento,
do meu jeito,
o único jeito,
e nos lembrar que em Lugar Nenhum há algum lar para descansar,
sem doer.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Real"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

sempre tão distante,
me empenhando em permanecer
no controle,
pois aqui dentro tudo pesa,
e o ar sempre sufoca,
o peito dói e a garganta machuca
toda vez que lembro não querer mais lembrar.
todo dia, um novo dia,
fantasiando o que poderia ser
tão real, ser real.
será que sou real?
eu nunca me senti real.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Chamas"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

o solitário tripulante de uma embarcação em chamas no oceano tempestuoso já não sabe mais o que fazer,
como conter as chamas, ou consertar as fraturas expostas no casco.
aos poucos, a água inunda e já alcança a altura do peito,
os alimentos estragam, e a fome não saciada me faz mastigar pele e carne de meu próprio corpo.
os gritos de socorro são abafados pelo som da tempestade; cansam a garganta que asfixia com a fumaça, e a fraqueza consome o corpo já exausto.
entre o mar e as chamas, permita-me queimar,
permita-me arder, sofrer,
dissipa-me,
extingua o sofrimento.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Olvido"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

dentro de meu peito o vazio toma conta do que faz arder,
nos meus ouvidos domina o silêncio de um quarto escuro
onde eu me cubro em lágrimas,
onde os horizontes são de concreto.
me faz lembrar que estou mais distante de um dia que já foi normal,
me faz pensar que todas as esperanças já se tornaram cinzas.
Sem razão e imerso em hedonismo autoflagelante,
como um rio desaguando no mar, e o mar no oceano,
sigo meu caminho rumo ao olvido.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Murmúrios solitários de um marinheiro perdido em alto mar"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

e como eu me sinto quando chorar se torna tempo de qualidade comigo mesmo?
tão dissociado, tão distante,
afastado de mim mesmo, nem eu sei como responder.
suas perguntas não me fazem encontrar respostas ou soluções,
me tornei incapaz de quaisquer decisões, e imprevistos que me façam mover
um palmo para fora de minha bolha,.
tão confortável,
onde tudo sei,
onde tudo tenho,
onde nada temo,
onde tudo que eu tenho é saber que eu já perdi tudo,
e que se não há nada a se fazer, então por que sofrer?

sei que o amanhã ainda está à espreita,
mas já estou pronto para atracar minha embarcação no meio do escuro e impaciente oceano,
e me afogar no eterno desconhecimento de tudo que um dia fui ou poderia me tornar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Saudades de mim, esperança"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

então eu tento, mais uma vez,
seguir em frente,
de cabeça erguida,
sem desviar os olhos.
ao céu limpo admirar o azul,
e o branco das nuvens,
e no canto dos pássaros
imaginar as histórias de como aprenderam a voar,
e nelas tomar alguma inspiração.
olhando para dentro,
ouvindo meus próprios conselhos,
tento então seguir sem me odiar.
olhando para dentro,
mergulhando rumo aonde me perdi,
tento mais uma vez me reencontrar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Relógio"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel
Dedicado para @xbarbiemarley.jpg

tanto tempo que eu tento escrever
tudo que eu sinto aqui dentro pra você,
mas o nada e o vazio sempre estão aqui
tomando todo o tempo, e o meu viver,
o meu precioso viver, e tão curto o tempo

eu não sei o que fazer,
eu já não sei aonde caminhar,
se meu olhar já não brilha mais,
então por que continuar?

em busca de uma resposta,
por ter tanto medo do inconcebível,
inimaginável, singular,
o eterno fim que nos aguarda

se vago pela estrada suja e sem asfalto,
é porque nela nasci, dela não consegui fugir,
sabendo que também nela será o meu fim.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Contagem Regressiva"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

O barco está afundando,
e não existe mais no que se ancorar.
Aquilo que se espera há tanto, tanto tempo...
se tornou mera questão de tempo.

Então o que restou,
senão incendiar tudo
antes de inevitavelmente se afogar
no infindável mar?

Os cacos que cortam as minhas mãos um dia foram belos mosaicos,,
e na aterrorizante escuridão que há aqui dentro
já houve cores, luz e esperança

Inserida por diego_fernandes_5

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