Existencialismo
Eu, contraditório?
Almejo casa,
Sonho conhecer o mundo,
Desejo paz,
Com minhas próprias escolhas, faço guerras homéricas dentro de mim,
Por hora,
Sou minha melhor amiga,
Por outras,
Arque-inimiga,
Noites inteiras acordadas,
Cerveja, cigarro,
Mas, espera aí...
Nem gosto disso,
Nasci pro dia,
Pra poesia,
Reflexão...
Nasci para o bem,
Sou feita Amor,
Imagem semelhança de Quem me criou,
Mas, por escolha,
Vezes,
Faço-me Caos,
Balbúrdia,
Incômodo infindável,
Soluço,
Choro,
Engasgo,
Procurando equilíbrio,
Fazendo-me embriaguez,
Mesmo em sanidade...
Sou um eterno desencontro de mim,
E assim me encontro,
Certeira,
De raros acertos,
Solúvel,
Versátil,
E com apetite voraz da verdade,
Por muitas vezes encontrada,
Hoje perdida,
Tudo isso, dentro de um Universo,
Chamado eu.
Pessoas que vivem até morrer te acharão louco, quando descobrirem que na verdade, você pode morrer de viver.
Dor existencial - 1
Minha alma grita dúvidas, e incertezas
sedenta de respostas, em dor existencial
procurando novos caminhos, e mais clareza
revira-se todo meu ser, em busca do essencial.
Minha mente embaraçada de pensamentos
meus sentimentos em tormenta visceral
se afoga em suor e lagrimas, de meus argumentos
me posiciono diante do real, e do surreal
Advogo a meu favor, mas vem uma voz alta
tinindo em fúria cheio de acusações
fico entre o certo e o incerto, enfialta!!!
Travo uma luta contra meu eu, cheio de aspirações!
Melancolia
Seja num dia escuro ou claro
Ela sempre está presente
Adicionando um filtro cinza
Porém, invisível
No seu olhar
Triste e cansado
Pensamentos confusos
Questionadores e angustiantes
Vão se formando
Por ser tão pequeno
Num lugar tão grande
E ser mais um, apenas
Mais um
Que a conhece bem
E não só a ela
Mas também as outras à sua volta
Com capacidades parecidas
Invasivas e destrutivas
Só entre amigos
Aqui e queria lá
Viver é assim?
Quero me libertar...
O começo estou cansado de ouvir,
pode ser o agora
Os passos que trazem aqui
não contam? não contam.
Malditos, meu trajeto não é pouco
Tire essas correntes que criei
Não te quero por perto
Eu tenho culpa
Eu sei!
Se isso for musica precisa de refrão
E vou dizer não
Não quero canção, quero a chave
A chave da prisão!
Mundo de fantasias
Quero a verdade
Luz da liberdade!
Tolos da sombra, sinto muito
Mais pena de mim,
Estamos presos ninguém consegue sair!
Mentira dizer que posso ver!
Sai daqui,
Sai de dentro,
Me esqueça eu mesmo!
Quem sou eu?
Como posso saber?
Start
E a ficha caiu
Não estou sofrendo por ninguém
Estou chorando por mim,
Dói e é bom,
Sei que só depende de mim
Mas agora meu coração também sabe.
Como é difícil para ele perceber ...
... o que a mente já semeava!
Bora se libertar?
Partiu conhecer as coisas que estão aí antes de nós?
Descobrir os tons e aromas...
Encantar os olhos com paisagens inesqueciveis,
Ficar bem! Ficar leve!
Dê uma chance para o seu ser aventureiro
Liberte-se do que você acredita
A vida é curta e única
Quero ser caçador de sorrisos e alegrias
Eu quero conhecer pessoas esquisitas
Dormir com um sorriso bobo
Acordar sem saber qual vai ser
Sentir o vento no rosto
Encontrar uma paixão
Fazer uma amizade
Entender o propósito
Atingir a liberdade
Cantar com meus amigos
Abraçar minha família
Ler um livro por semana
Caminhar em um parque
Olhar pra trás e sorrir
Olhar pra trás e cantar
Olhar pra trás sem arrependimento
Olhar pra frente e imaginar
Eu quero a imaginação
Fazer piadas da vida
Ouvir a história de um velho
Fazer uma fogueira
Adotar um coelho
Preparar um lanche
Estar rodeado de quem gosto
Dormir com um rosto lindo em meu peito
Chorar com uma canção
Sorrir na escuridão
Agradecer as oportunidades
Escrever um texto
POEMA – PRECORDIALGIA NUMA QUARENTENA
Hoje, eu só queria falar da dor, da dor que enlaça o meu peito nesse momento de confinamento. Sei que está sendo difícil, já senti vontade de chorar, até. Talvez esse seja um momento de encontro comigo mesmo. Quanto tempo que não tive mais esse contato, esse encontro, talvez a dor surge em meio a essa dificuldade de me encontrar e de conectar-me a mim mesmo no dia-a-dia. Nesse momento, talvez um acalento singelo pudesse apaziguar essa dor tão devastadora que urge em meu peito. A precordialgia me invade! Nesse nome, percebo o quanto o preço da dor dói em mim, o quanto eu permito ela doer em mim. Qual o preço da dor? Qual o preço da cor? Não sei! Mas, sei que estou pagando o preço por guardar tudo em mim, esses sentimentos guardados se transformaram em dor no meu peito, essa dor que me sufoca, que me tira o fôlego, parece que estou morrendo, que tem algo me corroendo por dentro. Fico pensando e imagino que o preço da cor está naquilo que eu não faço ou gostaria de fazer. Até colorir isso tudo, essa dor que está aqui dentro, levarei uma quarentena. Talvez esse momento seja para isso: para transformar a dor em cor, para refletir se vale a pena cultivar essa dor, para transformar a escuridão em luz, para colorir em aquarela a algia que surgiu quando eu entrei em contato comigo mesmo. A dor tem preço, e desse preço eu quero levar o valor da cor. Ao fim da tão dolorosa quarentena, virei um pintor de mim mesmo: a dor virou cor!
Quando se fecha os olhos profundamente , o homem entende o que é ser o Deus do próprio universo e que além dos ossos e das carnes o que sobrevive são os sentimentos e as ideias interiores.
Tudo o que dá sentido à vida é criação do homem. Ao materializar a vida, pelo trabalho, o homem cria a representação de si mesmo.
O mito de que possuímos liberdade plena foi superado desde quando nascemos e ninguém nos pediu antes opinião a respeito disso
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