Existência - frases e Textos
Dinheiro é deus morto,
mas ainda assim nos ajoelhamos.
Ele não nos vê.
Não nos ama.
Mas imprime silêncio
nos corredores das clínicas,
nos apartamentos sem janelas,
nas decisões entre o pão e o ônibus.
E a gente segue,
curvado,
pagando juros por existir.
"Depois, tá bom?"... Quem te garante que existirá depois? Quem te garante que o seu momento não se acabe num sopro? Jesus é a única garantia de SALVAÇÃO ETERNA.
Todos os dias travamos uma luta silenciosa dentro de nós: entre pensar de forma consciente ou simplesmente viver no automático. O inconsciente nos empurra para hábitos repetidos, respostas impulsivas e uma existência guiada pelo conforto da rotina. Já a consciência exige presença, reflexão, escolhas intencionais. Viver conscientemente é mais desafiador, pois requer coragem para questionar, mudar e evoluir. É perceber que não somos apenas o resultado do que nos ensinaram, mas também criadores da nossa própria trajetória. A luta interna é, na verdade, um convite: sair da dormência e assumir a responsabilidade pela própria vida. Quanto mais despertos estivermos, mais sentido terá cada passo, cada decisão, cada encontro. O desafio é constante, mas a liberdade que nasce da consciência vale cada esforço. Afinal, só quem desperta consegue, de fato, viver plenamente.
Não sabia se estava exausta ou triste. Já não distinguia uma coisa da outra. Desliguei-me tanto de mim mesma por tanto tempo que já nem sabia definir as minhas próprias emoções — Os meus próprios eus. Agora, limitava-me ao ser. Eu era, sem saber o que era. Apenas era, porque sim. Reduzia-me a isso: Eu sou. Sou o quê? Sou alguém. E fui sendo até ser o que sou agora.
Sei que sou alguém pois tenho consciência, mas sei também, que ao mesmo tempo, não sou um alguém.
A vida não se mede pelo que acumulamos, mas pela diferença que somos capazes de fazer na vida de alguém — é isso que dá mais sentido à existência.
Outono
Outono! As folhas douradas, em queda livre,
Espalham-se dançando com o vento,
Num frenesi de liberdade.
São cores, formas,
Vida que se vai,
Mas que não perde a beleza em seu movimento.
As árvores despem-se lentamente,
E o chão se torna um mosaico
De formas e cores.
Um tapete dourado de memórias e saudade,
Ecoando em cada passo
Do caminhante sonhador.
As folhas que caem
São como páginas de livros,
Que contam histórias de um tempo que se foi,
Sussurradas no ouvido
Pela brisa outonal.
Com suas folhas amarelecidas,
O outono lança seu convite à reflexão:
A se despir das certezas,
E olhar atentamente para os ciclos da existência,
Para a impermanência da vida.
E encontrar, no chão,
A beleza da efemeridade da essência.
(Outono)
A verdade não é um destino, mas uma jornada constante que se revela apenas aos olhos de quem busca, sem temer o desconhecido.
A calmaria é o maior estado de loucura. O silêncio absoluto, a vontade de não falar, de não ouvir, é torturante. Você se perde nele como num mar sem fim. Mas então surgem sons abafados ao longe, ostinados que quebram o silêncio. Pessoas ao seu redor começam a chamar seu nome. Aos poucos, te puxando de volta, forçando você a abandonar o conforto do silêncio. O mundo não tolera a paz por muito tempo, e te obriga a responder, a existir...
Não somos senão artífices do invisível, forjando sentidos na vastidão do incognoscível, enquanto o tempo escapa pelas frestas do ser.
Nada mais triste que os pensamentos, os poemas e os momentos, que aqui não estarão, pelo esquecimento, erros do sistema, temor ou peso. Porém, nada mais alegre, até porque minha existência não pode ser contida em tão pouco.
“O tempo não é uma linha reta, mas um espelho que nos obriga a confrontar o que realmente valorizamos na imensidão do universo.
Este mundo, ou a circunstância em que me encontro submerso, não é apenas a paisagem que me cerca, mas também o meu corpo e a minha alma.
Eu não sou o meu corpo; encontro-me com ele e com ele tenho que viver, esteja são ou doente. Mas também não sou a minha alma; encontro-me com ela e preciso dela para viver, ainda que, às vezes, ela me sirva mal por ter pouca vontade ou nenhuma memória.
Corpo e alma são coisas, e eu não sou uma coisa, sou um acontecimento, um drama em movimento; uma luta incessante para me tornar aquilo que devo ser.
Ecos da Metamorfose: Mente em Guerra
Estou em constante movimento, Energia se dissipando no primeiro pensamento. Não me sinto presente neste momento, Consciente da falta de argumento. Certezas vagueiam como o vento, Se tratando de não saber, eu tenho talento.
Passagem paga para o vazio, Já estou no assento. Senti demais, meu coração é turbulento. Se o universo é pacífico, eu sou violento. Humanidade acelerada, Eu me sinto lento. Se o pior acontecer, Não estarei atento.
Entrei na manada, Pelo prazer estou sedento. Entreguei minha alma, Não tenho comprometimento. Estou lúcido, Ou estou mais próximo da loucura e do estranhamento? Meu corpo é saudável, Meu cérebro é pestilento. Se estou lúcido, Por que estou sonolento?
Sofri por saber demais, Vale a pena ter discernimento? Num mundo de baixa moral, Onde está o empoderamento? Me sinto abandonado, Igual ao chão sem pavimento. Se eu nasci livre, Por que me falta entendimento?
Um misto de emoções e sentimentos, A existência de consequências sem adventos. Se a perfeição é construída inteira e completa, Todos fazem cisalhamento. Meu chefe é a vida, E eu imploro por adiantamento.
E no fim, Só faço parte dos elementos. Quando se trata de mim, Não sei o funcionamento. Entre conexões rasas e distantes, Perdi o pareamento. Percebi a minha falta de pertencimento, E me sobrou apenas o amadurecimento.
Será que a felicidade e a tristeza Estão em consentimento? Será que da minha liberdade Eu estou isento? Ou não faz sentido escrever tudo isso, E eu deva sentir apenas arrependimento?
Seria tão simples Só comer, dormir e fugir do tormento, Mas tenho consciência De que preciso de um complemento. Me iludindo por achar que sou íntegro, Mas preciso de um desentranhamento.
Só queria Da minha vida ter um bom gerenciamento. Será que tenho talento?
Identidade
O homem, por mais que se erga sobre inúmeras sobreposições, não se afasta de si mesmo, pois é projeção de sua própria essência. Com respeito às sobreposições, não são estas desvios de quem ele realmente é, mas sim manifestações da mesma identidade, como reflexos de uma virtude essencial que se desdobra de diferentes formas sem perder-se.
X
Sou sonho de barro, disfarce,
a perder-se no traço sem forma.
Luz que não turva à sombra,
abismo, sem trono — aurora.
Lavei as mãos num rio sem nascente;
a cruz não pesa quando feita de névoa.
Não há dor na carne que aceita,
nem medo onde o fogo se entrega.
No coração do fogo não há queima,
tampouco centelha a aviltar.
Quem nada reteve, acendeu o ouro,
não fogo em palha a brasar.
Vejo a prata nascer da cinza imóvel,
fênix que arde num voo sem cruz,
sem dor, sem retorno nem em vão.
É fogo ou ouro ou luz?
Sereno espírito tenho,
Quando em ti penso
Em que no passado há,
O que hoje não há
Mas se hoje não há,
No que amanhã haverá?
Um espírito remato,
Ou um sequioso ser
Que nunca se farta do hoje,
Em que há em você.
O que em ti há,
De tão longe a conquistar?
Perpétua corrente estás,
Na superstição que há
Não no que em ti há,
Mas no que em mim há...
Alfétena II - Sonhos
É da sina de todo ser vivo desejar aquilo que está fora da sua realidade, ainda que tal desejo seja, literalmente, estar fora dela.
Digo isso porque acredito que todo sonho carrega em si sua própria condição de realidade, e é a realidade que sublinha de vida tudo o que existe.
"É muito louco esse mundo..."
É muito louco esse mundo…
Quando somos crianças, tudo o que queremos é crescer.
Ficamos ansiosos pelos 18, como se essa idade fosse um portal mágico pra liberdade, pra vida de verdade.
Mas quando ela chega… mal dá tempo de sentir.
Ela passa. Rápido. Rápido demais.
Mais veloz que um foguete, mais impiedosa que o tempo.
E aí, o que era sonho, vira rotina.
A liberdade vira responsabilidade.
A pressa vira cobrança.
E o medo começa a crescer dentro do peito.
Medo de não dar tempo.
Medo de falhar.
Medo de ir embora desse mundo sem entender direito o que viemos fazer aqui.
Porque, no fundo, ninguém sabe o que vem depois.
E talvez seja isso que mais assuste:
essa incerteza do destino final, esse silêncio depois da última batida do coração.
Mas enquanto estamos aqui…
Talvez o segredo não seja entender o final,
mas dar sentido ao agora.
Viver de verdade.
Amar sem medida.
Ser presença.
Ser memória boa.
Ser o que o tempo não apaga.
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