Eu Vou Seguindo sem Voce
Adormecida
Uma noite eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte
Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras
Iam na face trêmulos — beijá-la.
Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava, ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
"Ó flor! — tu és a virgem das campinas!
"Virgem! tu és a flor da minha vida!..."
Acumular mágoa dá câncer. E eu adoro a vida, por isso tento me livrar dessas cargas ruins. É claro que nem sempre consigo, é claro que reclamo, é claro que xingo, grito, berro, esperneio, bato o pé, faço birra, me revolto, me rebelo e sou ranzinza. Mas reclamo tudo que dá e depois me limpo. Viro outra, fico nova. Tenho essa capacidade de renovação grande - e me orgulho disso. Odeio juntar tristeza dentro da bolsa.
Eu me sinto como uma criança, que tem medo de estender a mão machucada, para não se machucar de novo.
E ao me sentir ausente
Me busque novamente - e se deixes a dormir
Quando, pacificado, eu tiver de partir.
Eu não sou o tipo de pessoa que costuma descumprir regras e nem por isso sou um vegetal ou uma santa.
"Escrever" existe por si mesmo? Não. É apenas o reflexo de uma coisa que pergunta. Eu trabalho com o inesperado. Escrevo como escrevo sem saber como e por quê – é por fatalidade de voz. O meu timbre sou eu. Escrever é uma indagação. É assim: ?
" - Cá estais vós, amigos! - Ah, todavia não sou eu,
Quem queríeis vós?
Hesitais, pasmai - ai, melhor seria se sentísseis rancor!
Eu - não sou mais eu? Estão diferentes a mão, o andar, o Eis rosto?
E o que eu sou, não sou mais - para vós amigos?
Vós ireis? - Ó coração, tu suportaste bem,
Forte ficou a tua esperança:
Mantém tuas portas abertas a novos amigos!
Deixa os velhos! Deixa a recordação!
Se já foste jovem, agora - és jovem de um modo melhor!
Ó saudade da juventude que não compreendeu a si mesma!
Aqueles por quem eu aguardava,
Que eu julgava transformados tal como eu,
O fato de terem envelhecido afastou-os:
Só o que se transforma continua meu amigo.
Ó meio-dia da vida! Segunda juventude!
Ó jardim de verão!
Inquieta ventura no estar perscrutando e esperando!
Espero os amigos, noite e dia disposto,
Os novos amigos! Vinde! É tempo! É tempo! "
Eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas (...) o que eu disser soará fatal e inteiro!
Eu não caibo no estreito,
eu só vivo nos extremos.
(Marla de Queiroz)
Pouco não me serve,
médio não me satisfaz,
metades nunca foram meu forte!
(Desconhecido)
Ainda é cedo e eu preciso de amor. Só um pouquinho de amor... Quero que ele veja o quanto mudei por causa dele, na esperança de que seu riso congelado saia do automático e eu ganhe um único sorriso verdadeiro... Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor.
Ainda que eu conseguisse dizer as mais belas palavras, ou te oferecer tudo o que há de melhor neste mundo, eu não conseguiria expressar toda a gratidão que tenho a você.
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