Eu Trocaria a Eternidade por essa Noite
E à noite eu paro e começo a pensar, pensar em tudo que acontece, pensar nas coisas boas, nas ruins. Penso no que os outros pensam, sem sucesso de descoberta. Talvez por um lado seria bom saber, saber o que realmente pensam, saber para não se iludir, saber para iludir.
E em uma noite qualquer você vai estar jogado na sua cama, e eu vou surgir na sua cabeça. Vou surgir mais rápido e mais forte do que um raio daquele Deus grego que nós tanto cultuávamos. E eu vou surgir. E você vai se lembrar da menina louca que do nada apareceu na sua vida e te falou em lendas, dor, e amor.
Atenção
A gente estava vendo um filme. Eram quase sete horas na noite. Eu não estava em casa. A gente se reuniu na casa do Wilian, o único de nós que tinha um aparelho de dvd na favela de quem a gente era chegado.
Eu resolvi ir embora. Alguém me mandou ficar mas eu não quis. Alguém falou que tinha algo errado mas eu não estava atento.
Atenção. Atenção é o que separa muitos de nós, vivos, do cemitério da vila formosa. Atenção é um bem precioso. Um pai que a tem salva o filho das drogas. Um operário salva o braço. Um motorista evita a colisão de frente. Da Vinci percebe o sorriso da mona Liza. Você aprende. Se mantém vivo.
Atenção. O pugilista não prestou atenção ao direto de direita que o derrotou. A mulher não deu atenção a dor suave e suportável com que o corpo a alertava sobre o câncer no estômago. O executivo não teve atenção à tímida previsão do analista novato que teria salvo sua empresa da crise mundial. Controladores de tráfego aéreo teriam percebido um avião fora de rota e avisado a defesa aérea no dia onze de setembro de dois mil e um.
Não atentei para a rua de entrada da favela deserta as sete da noite de um sábado. Não atentei para a possibilidade de correr um perigo sem volta. Não percebi que a favela estava em guerra, mais uma vez.
Atravessei o portão de grade e antes que eu me desse conta que estava na rua senti algo gelado e áspero na lateral do meu pescoço. Eu teria em qualquer outra situação colocado a mão no lugar para saber o que me causava o frio mas por estranho milagre não o fiz. Sabia o que era. Olhei para o chão e a lâmpada do poste projetava uma sombra fácil de decifrar e difícil de aceitar. Um ser apontava uma arma pra outro. Era uma arma grande. O mais baixo se encontrava parado na mira do primeiro. Perceber que eu não tinha uma arma na mão fez com que minha barriga e nuca gelassem tanto que a arma me pareceu relativamente quente ao meu pescoço.
A sensação de morte é algo estranho. Já vi a morte de frente algumas vezes mas nunca realmente acreditei que fosse morrer por mais que fosse óbvio. Essa noite foi um desses casos. Não me movi por um segundo que me pareceu uma hora e pensei "Se me mexer ele atira, mas tenho que explicar que não sou inimigo, um invasor de outra quebrada" - ainda que ele pudesse ser.
Tentei ficar calmo e prestar atenção, ainda que tardia. Ele não disse nada. Hoje nada me ocorre mais plausível do que aquele segundo que alguém espera, um pouco antes de atirar fatalmente em alguém que não tem chance de defesa. Acho que por isso os vilões quando tem o herói na mira ficam discursando em vez de executar logo o rival. Não é fácil - pra minha sorte - se tornar um carrasco. Não tem volta. Atirar em alguém que pode ser uma ameaça é mais fácil que subjugar alguém com tanta covardia, pelo menos para quem tem algum escrúpulo.
Ouvi a arma ser engatilhada. A sombra no chão confirmou o áudio como um retrovisor. Ele ia atirar em mim. Eu ia morrer ali naquela calçada. Nunca teria visto a minha esposa nem tão pouco acalentado minha filha. Não teria visto o rosto no espelho com barba. Seria só mais um. Pensei em tudo isso nos quatro ou cinco segundos que durou toda a cena mas nem assim eu acreditei que ia morrer. Não era a hora. Como alguém que crê no gol até o último minuto e quando o juíz apita o fim sente que mais um último ataque seria eficiente. Percebi que é fácil perder mas não é possível aceitar a derrota sem vê-la face a face.
O Wilian gritou algo de dentro do portão. A frase tinha um nome próprio e uma explicação que me absolvia, mas me apliquei tanto em prestar atenção no meu executor para quem eu ainda não havia olhado que não ouvi o que o wilian disse. Outra frase se seguiu me chamando para dentro, mas eu não tinha ação. Uma mão me puxou para dentro com violência e eu finalmente olhei para o atirador - que não atirou. Era alto, careca, de camiseta regata. Parecia o MV Bill com uma espingarda calibre doze cromada de cano serrado. Não me lembro do seu rosto mas me lembro da arma. Senti a ponta áspera do cano dela na minha cabeça. Nunca vou esquece-la. O portão se fechou. Eu estava vivo.
Victor Arapê
O que eu queria era alguém que me recolhesse como um menino desorientado numa noite de tempestade, me colocasse numa cama quente e fofa, me desse um chocolate quente. Apagasse as luzes, me cobrisse com um cobertor, um beijinho na testa só para ficar seguro nessa noite e me contasse uma história, uma histórinha qualquer, só para eu dormir feliz. E pela manhã, me acordasse com um belo café da manhã, cheio de pãezinhos de queijo, um chocolate bem quente, ou morninho. Tanto que venha quente, porque eu prefiro as coisas quentes. Tudo quente, até o amor.
"DE OLHOS FECHADOS"
"Esta noite eu quero renovar a minha alma
Quero despir o meu espírito das chagas da vida
Desprender-me de tudo o que me consome negativamente
Algum dia me foi dito que o destino não existe
Que somos nós os desenhistas do nosso futuro
Se assim o é, usarei as cores mais vivas para traçar as formas da minha história
Sem medo dos traços não-lineares, vou começar o meu trabalho de olhos fechados
Fechados para o medo...
Abertos para a felicidade...".
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O amor pode ser...
Uma noite se com você eu me deitar
Um bom dia se com você eu acordar
Pode ser um lugar se você estiver lá
Criança se juntos podemos brincar
Uma música, só se você cantar
Poesia se o nosso amor você declamar
Eterno pra a gente nunca mais parar
Pode ser família pra juntos nós dois formar
O amor pode ser apenas amor
E podendo ou não podendo
A gente sempre possa amar.
Não sei se é tarde, não tenho horas não vi o sol se por nem a noite chegar. Estou trancada eu to desisperada , você se foi e parece que não vai voltar. Pego o violão mesmo no escuro e começo a dedilhar uma canção .... Som que tem da alma abre as janelas dos meus sonhos, faz chover estrelas ,traz as mais brilhantes .vou sair voando em novos horizontes quero ser feliz mesmo só por um instante ......
Se é dia: sou dono do mundo e me sinto filho do sol.
Se é noite: eu me entrego ao clarão da lua e me sinto filho das estrelas.
Como eu queria está contigo nessa noite de solidão, escutando sua respiração soprar em meu ouvido, sentindo seu corpo grudado ao meu e o gosto da sua boca encostada na minha... Como é difícil enfrentar a realidade.
Tudo que eu quero é uma noite de luar, de luar. São palavras doces as que eu quero escutar, eu sou o seu amor, me entenda! Você precisa descobrir o que está perdendo, é, o que está perdendo! Botando banca, posando de star, ah, você precisa é dar-se! Pouco importa o que esta gente vá falar mal…
Um dia eu me acostumo com os fantasmas da noite, que velam seu sono da meia noite às 7 e depois somem pra todo o sempre.
"ELA"
"Eu contemplo os seus olhos como quem observa o céu em noite de luar.
Cada gesto que vem dela é como uma orquestra que apresenta os seus melhores músicos.
Ela tem o poder de transformar os dias cinzentos em dias de sol.
Ela desperta em mim o que nem mesmo eu pensava ser capaz de ser ou sentir.
Ela me faz amar...
Ela é o meu amor...
O mais purificado amor...".
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III {a noite...} [íntegra]
A lua nova fez-me a noite ficar mais longa. Eu encabulado por querer e não ser, por buscar e não achar, desenhei um castelo onde imperava aquela rainha que me faria por toda a vida conhecer a sua paz. Num delicado copo depositei o que eram esperanças, para encontrar no prato não só o deleite do meu apetite, mas a alegria de ficar à mesa, de comungar do que não é simplesmente carnal, humano e limitado, mas totalmente transcendente e vivente, imortal e incontável. Ela como que aos poucos foi se mostrando, enquanto eu ainda acordava meus sonhos por coisas imensas. Sim quão belo foi encontrá-la, assim sorrateiramente, à porta de minha tenda, vê-la estender sobre mim seus braços abertos, e eu querendo a imitar para sermos só um outra vez.
Nas sombras do passado apareciam grandes feras que intentavam contra nossa união, ela ria de mim como que caçoando, porque eu tolo como sempre me arrazoava com aquilo que já não existia a não ser na memória e no tempo sem regresso. Assim ficamos, e ela brincava comigo e me dizia insistentemente que olhasse para ela com paixão de agora, enquanto eu preso com insatisfação do ontem me acusava toda hora de não ser digno dela, de nunca poder conhecê-la.
E nós nos conhecemos, quem diria que não? Quem negaria que ela veio quando tudo se passou contrário ao que lhe traria? Ela veio e me ajudou a amar meu passado sem que me desfizesse dele, ela me encantou tão gravemente que fiquei doente crônico por suas graças. Ela me fez caminhar, não só pelas sombras, mas por tudo o que dava medo até no sol do meio dia. Quão agradável se mostrou me fazendo irromper para além das minhas mazelas, me levando para os campos de trigo maduros que se apoiam na força do vento para bailar sem receios. Me conduziu por estradas de chão, por caminhos tão sinuosos que me fazem ver outras belezas no caminho, que se vão para trás um passo a cada passo que dou para frente. Me fez aperceber que ater-se ao passado é parar durante o percurso para olhar o que se tem deixado sem continuar andando, ao passo que o horizonte me convida a novas razões para ir.
Eu não quero deixa-la jamais, mesmo que me cortem todos os membros, não quero perdê-la, pois sei o que me custou, e não só por isso, porque mesmo que nada custasse somente a queria sem porquês.
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