Eu te Amo mas Ta Dificil Conviver
Eu vou escrever o teu olhar e essa coisa que me dá dó
como a calmaria sinistra do Guandu conduzindo dejetos,
presuntos e fetos sem nenhum B.O
mas me leva nessa dor, me leva nessa dor
que o mundo é pequeno e arbitrário
nada é tão bonito, nada é explicitamente
definitivo como num epitáfio
a felicidade flutua nas brisas e marolas,
mas o amor se perde na imensidão dos que tem asas;
algum dia estaremos sozinhos ao nível do horizonte,
sem perceber que o futuro chegou e o passado foi ontem,
mas as canções eternas serão nossas trilhas sonoras
um dia olharemos o rio como dádiva divina que enriquece a alma
Quando eu não me conhecia eu culpava a mim mesmo pelo erro do outro.
Quando eu não me conhecia a minha beleza era resumida pelo olhar do outro.
Quando eu não conhecia o amor próprio era limitada ao amor do outro.
Tosco eu, da alma escravo como Romeu.
Querendo entregar o coração a Morfeu.
Ai você chega, com o barulho do seu olhar, me acorda, aconteceu.
Tentei disfarçar, não deu, no meu riso sem graça, eu sei que você percebeu...
Sergio Junior
Eu, de mim mesmo nunca cheguei, na verdade, tenho a perfeita consciência que fui sempre conduzido.
Engraçado, eu continuo acreditando em pessoas, mesmo depois de traído.
Se feri foi sem querer, talvez estive distraído.
Amo gritar, sorrir e falar alto, gosto de gente que leva a vida tão á sério que não deixa de fazer uma piada, até quando toma topada.
Me atraio facilmente por alguém que tem senso de humor .
Esse negócio de tentar impor respeito, fazendo cara feia é coisa de insegurança velada.
Amo pessoas que não tem medo de falar de DEUS, e que agradece a ELE por tudo.
Satisfação para mim é ver num rosto aflito, um sorriso, ainda que banhado com lágrimas.
Ouvir barulho de gente conversando, mulher grávida, choro de bebê, improviso e cobrança de resultados, aguçam em mim a adoração ao Supremo Autor.
Automaticamente me afasto e analiso de longe, quando alguém de energia negativa, pessimista e vitimista, tenta roubar a minha mente.
Porém, me comove muito facilmente, se enxergo necessidade real nas pessoas, desde que elas descruzem os braços.
Gosto de sereno, mesmo sabendo que vou ficar gripado.
Sou daqueles que gosta de ter a sensação de medo ultrapassada, só para testar a minha capacidade e sorrir depois, independente do resultado.
Eu me elogio sempre, me acho o máximo , autoestima nas galáxias, uma voz dissonante da de muitos da minha etinia.
O problema não sou eu , não, com certeza não.
O problema é que muitas vezes, o mundo em que eu vivo tenta me dizer que, apesar de artista, estou sem tinta e sem pena.
A intenção é me fazer sentir-me inócuo, inepto, bucólico e pastoril, em tudo que penso ou faço.
Diante da grande e massiva celeridade, traumas e pressões, sem falar das guerras.
Na evidência de uma geração egocêntrica, pregadora de competição e apologética do protagonismo.
Eu, aqui, com meu bojo idílico , haveria sido sucumbido sem perceber?
Tal ingenuidade de minha tenra infância, haveria persistido ainda que me tornei adulto?
Seria eu, um homem menino?
Se sim, só entenderei mesmo quando crescer.
E pelo que vejo, vai demorar muito...
...Então, eu não ia passar, não acreditava.
Sendo aconselhado, fui, parei e conversei; quando entendi, me desarmei e me deixei ser visto.
.... Sinceramente, não sei, deve ser alguma patologia.
Eu continuo lembrando, mas ao invés de chorar, me pego sorrindo.
O que me trouxe alguns problemas.
Primeiro que eu estou amando essa maneira de viver, ao passo que pareço nunca ter vivido o que vivi.
Segundo, que eu continuo incomodando algumas pessoas, simplesmente porque decidi que é melhor viver assim.
Elas, parecem querer se nutrir apenas de sofrimentos, confirmando assim os próprios.
E algumas inclusive, se sentem ofendidas, como se eu estando bem, automaticamente estivesse ignorando a dor delas.
Como se manter-me triste e em declínio social e moral, fosse condição "sine quoi non" para a identificação de relevância no grupo.
Como se não fosse interessante, minha superação e cura, sabe?
Dispenso esse tipo de reconhecimento.
Bom, se sou louco, jamais quero voltar a ser são.
DESMONTE
Porque simplesmente, há pessoas que valem a pena, então rapidamente, eu mesmo me desmonto.
Sem receios, sem arrependimento, aceito doses da bebida da reformulação; anseio que mesmo um pouco tonto, haja tempo para que eu fique pronto...
...Vejo-me de mãos dadas caminhando contigo na rua, depois na praia.
Eu, um simples mortal, à andar acompanhando da beleza, serenidade, ternura e paz.
Irradiação da alegria, na sua mais abrangente aparição.
Sorrimos, conversamos, almoçamos e vimos juntos o pôr do sol.
Era um mundo de felicidades, como um déjà vu.
E quando, esta aparente e distante fábula, parecia transcender à minha realidade;
Fui tomado por um súbito despertar desilusorio..
O QUE ACONTECEU COM A GENTE?
Eu, ainda estou estarrecido com a coragem dos homens atuais.
No oculto planejam suas estratégias de guerra e nas praças falam de paz.
Não conseguem conciliar a situação, a circunstância, com bondade e temperança.
Pelo contrário, só enxergam dor e pregam desesperança, mimados como criança.
Ávidos por aplausos, criam e potencializam casos, desrespeitam casas, inclusive as sem reboco.
Assuntos de cunho pessoal e opinião virando leis de talião, juiz tosco.
Na verdade, é tudo restrição, simplismo, reducionismo e obra de tédio.
Me pergunto se a este tempo, em que adultos já não vão às creches, ainda se consegue doar remédio?
Doentes são ou estão? Estão enfermos todas as etnias e ainda têm gente sã aguardando na fila.
É como se em um exercício de imaginação, se louvasse a sabedoria do pai e ao mesmo tempo falasse mal de sua família.
É só para destilar terceiras intenções, discordâncias e ataques intermitentes.
Aonde vamos parar, onde estão os felizes, crentes e contentes. Os conselheiros pacientes, o que aconteceu com a gente?
Sergio Junior
[...] É para mim justo,
por sua morte não farei luto.
Eu a odiava, era recíproco.
Fez mal aos meus irmãos
mas passou como vulto,
não vou cantar canção,
Não lhe prestarei culto.
O cafetão que a usou,
cruel ladrão, astuto.
Feriu, engravidou[...]
Matou, tudo oculto.
Seja por ele, ou por ela,
não falarei, não farei tumulto.
Não terá traço em minha conduta
Ainda que veja em alguns, a sombra
Seu olhar não me assusta
Sua voz não me assombra.
Em mim, habita o perdão
É o núcleo da minha religião
O sonho agora tem direção,
Preto, índio ou branco, é tudo meu irmão.
É Agenor, eu posso imaginar
a bola na garganta a entalar
E a impotência para desatar esse nó
Que agora, fizeram viver a filó, linda, só.
É que quando falta poesia,
a humanidade se esvazia,
a conexão distancia e
a alma é fria.
Senso solidário ou
amor a natureza,
Coparticipação ou sociedade
são uma meras expressões, falta grandeza.
Sem norte, sem mapa, sem nada
sem saber para onde o rio corre.
O humano cria seu próprio oceano
e nada, e nada, e como nada é nada.
Nada, nada, e morre...
Sérgio Júnior
Se há algo que eu já consegui entender, embora ainda não totalmente, é que o amor não tem nenhuma expectativa de colheita. Ou seja, não sabe fazer negócio. Na verdade, não gosta.
Por ser grande, coisa que eu estou bem longe de ser, ele semeia sorrindo, enquanto eu vejo sofrimento e dor.
A colheita para ele, já está na oportunidade de plantar. E o mais curioso, quanto mais o terreno parece infértil, mais sementes ele lança. E do seu perfume, ninguém pode escapar...
Eu estava seguro e maduro.
Havia acabado de construir o meu muro.
Me escondi, na sombra, no escuro.
Pois dá muito trabalho limpar o entulho.
Aí você apareceu assim, tão de repente.
E eu, que fazia um esforço para não ver gente.
Fui puxado para fora e fiquei contigo frente a frente.
Senti o teu calor, teu ânimo, sua alegria.
Deu vontade de correr, como de hábito eu fazia.
E você, sem fazer nada, fez eu querer sua companhia.
Eu estou surpreso e não sei o que fazer, pensar ou dizer.
Esse mundo onde as palavras faltam e o fôlego tremula.
É medicação para a alma, que nunca tomei nem li a bula.
E o pior é que eu, antes tão comunicativo, fico tímido quando você aparece.
A expectativa de encontrar amanhã, a cada noite cresce.
Meus lábios querem os seus e a sua alma já te contou.
Nessa linguagem silenciosa que o amor é doutor.
Esse seu silêncio que parece que não quer ou que não me entendeu.
Me deixa apreensivo e lembrando das vezes, que o meu coração já doeu.
O que eu faço agora, me diga como você entrou?
Pois esse coração que antes era valente, flechado por você se acovardou...
A GENTE NO DIVÃ - PRIMEIRA CONSULTA.
Eu já vou começar te dizendo que, por acreditar em uma mentira, você também mente. Nós reproduzimos o que escutamos e acreditamos durante a nossa vida, sobretudo na infância e juventude. É isso que formou a pessoa adulta que você é, a forma que você acredita nas coisas, como você interpreta uma frase ou uma palavra, como você enxerga as pessoas, mas sobretudo, como você enxerga a si mesmo.
Você, na verdade, é o resultado do que te fizeram acreditar. Assim, você pode ser, tanto uma pessoa positiva, cheia de boas ideias e energia contagiante, como também pode ser uma pessoa negativa, deprimente, temperamental e com a ideia de vítima.
Ás vezes, o problema não existe, é tudo uma mentira. Porém, você se sente confortável com essa mentira, porque foi o que te ensinaram. Te disseram tantas vezes que você não é forte, que você não é inteligente, que a sua voz é horrível, que seus dentes precisam de aparelho.
Falaram que o seu bairro é ruim, que seus vizinhos são fofoqueiros, que seu pai é um crápula, a sua mãe desequilibrada e que a escola que você estudou é ruim.
Parece ser uma coisa simples, mas não é.
Quando alguém diz que você é feia, que você está gorda, que você é fraco etc.
Essa pessoa está construindo uma crença limitadora no seu inconsciente.
A partir desse discurso, logo você já acredita que é uma pessoa feia, por consequência, você só enxerga beleza nas outras pessoas. Você não se acha inteligente, pois alguém que te conhece muito (geralmente mãe, pai, avós, amigos), te disse que você é estúpida. O que gerou uma insegurança, oriunda do seu inconsciente, que não te permite fazer afirmação positiva ao seu respeito.
E o pior de tudo, você foi ensinado a chamar isso de humildade.
Ou seja, só enxergar coisas negativas em você, segundo um idiota que eu não faço nenhuma questão de conhecer, é humilde. NÃO! Isso é AUTOSABOTAGEM.
Isso é construção de autoestima de escravos.
Era assim que os feitores faziam para manter os escravos subalternos a eles. Destruíam a autoestima deles, tiravam o acesso aos elogios e lhes davam açoites verbais e físicos.
Eles tiravam o acesso à leitura, aliás, se você chegou até aqui no texto, meus parabéns. Porque quem tem autoestima de escravo, não gosta de ler, pois acredita que não vai entender nada e que o texto é muito grande para a compreensão.
Eu teria muita coisa para te dizer hoje, mas como é a nossa primeira consulta, vou te deixar mastigando uma frase de Carl Gustave Jung, "Até você se tornar CONSCIENTE, o seu INCONSCIENTE vai dominar a sua vida inteira, e você ainda vai chamar isso de"DESTINO".
Bom, eu, Sergio Junior, quero te dizer que, independente do que você ouviu de negativo sobre você ou sobre suas origens, há sempre uma porta de esperança na fé em Deus.
É nisso que eu acredito.
Por isso, você é capaz, você pode, você é belo, você é inteligente e sua história é de um vencedor, não de um fracassado.
Você não é uma vítima, você é um sobrevivente, valente e lutador.
Vai dar tudo certo. Sua vida é muito importante.
E tem muita gente que te ama, sim, pare de acreditar que todos querem o seu mal, isto é uma mentira.
Desprograme esse seu cérebro sabotador agora, para de chorar, levanta essa cabeça, vamos!
Na próxima consulta, ponha a sua melhor roupa, use o seu melhor perfume e se prepare para uma conversa muito longa.
Ah, traga um dinheiro para pagar o meu almoço.
Beijos, vai com Deus.
Sergio Junior
Eu nunca aceitarei viver numa sociedade que usa fatos de injustiça e discriminação do passado para me fazer viver segregado hoje, mendigando aceitação social e um espaço de fala na sociedade, simplesmente por causa do meu tom de pele.
Eu não estou vivendo lá atrás, estou vivendo agora.
E a história do hoje, quem faz sou eu.
Não preciso de nenhuma ação reparadora.
Eu sou livre, independente e suficientemente competente para conquistar o que eu quero sem precisar de favor de ninguém. Nenhuma algema ideológica me aprisiona, eu sou livre.
Eu não sou vítima, nunca serei.
...Curiosamente, todos os passos bem sucedidos que dei nunca foram com o intuito de vencer, eu estava apenas fugindo da dor.
PLASMA
Quando eu era criança, um homem fracassado possuía um sentimento de decadência, de tédio, de desilusão e melancolia. Por isso enxergava uma inutilidade e uma futilidade na sua existência, então se resignava em casa, se deprimia numa batalha interna entre a resiliência e a desistência ou adotava um comportamento boêmio no estilo "mal do século" de Chateaubriand, até encontrar a fé em Deus e se erguer. Infelizmente, muitos se suicidavam e não tinham o divino despertar.
Hoje, o homem frágil e sem êxito na sua vida pessoal, não tem humildade de aceitar a sua decadência, rejeita as soluções espirituais e se diz vítima de erros biológicos e cromossomicos.
Então se acha no direito de invadir uma das searas mais sagradas, admiradas e profícuas da vida humana, a área da mulher, a obra mais venerada, perfeita e exitosa da criação.
Emulando grosseiramente, o jeito, a voz, o andar, as vestes e a penetração social feminina, o antigo fracassado, se crer um vencedor. E celebra publicamente a suposta vitória como se fosse objeto de realidade inquestionável.
Contudo, além da consciência gritando por dentro: "É MENTIRA"!, o angustiado também enxerga nos olhares e faces da plateia censurada que o aplaude, movimentos involuntários da maioria, que refletem a confirmação de que sua verdade foi estupdamente adulterada. E embora finja não perceber o desconforto alheio e reafirmar pertencer ao "novo mundo", no intimo, sabe que será sempre, apenas um plasma. Ninguém consegue matar um Y só pela força do pensamento ou do sentimento.
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