Eu te Amo do Amanhecer ao Anoitecer
A diferença na narrativa entre "eu sou ansioso" e "estou ansioso" é que na primeira há uma identificação, enquanto na segunda há uma condição provisória.
Eu existo nas palavras
Eu hábito no navegar
Eu consisto no recitar
Eu moro na poesia
Enfim sou detalhes de uma sintonia.
Eu te amei.
De um jeito bonito, intenso e quase ingênuo.
Havia entre nós uma sintonia que não se explicava.
Você lia tudo em mim, e eu amava o fato de nunca adivinhar seus gestos.
A forma em que eu sempre era surpreendida por você.
E ainda lembro da noite em que você apareceu a pé, na madrugada,
só pra me entregar uma carta.
Sua coragem de caminhar quilômetros pra me entregar papéis com juras de amor.
Como se o amor tivesse pressa.
Tanta pressa que apressadamente tudo acabou.
E mesmo assim, você foi embora.
Me trocou como quem muda de estação.
Sem aviso, sem tempo de procurar o moletom (aquele moletom).
Anos depois, você voltou.
Com histórias, saudade
e um pedido de perdão.
Quase me fez acreditar
que o tempo podia curar tudo.
Mas você nunca soube permanecer.
É seu jeito de ser, ser inconstante demais.
Você sempre foi feito de vento.
Chegava forte, bagunçava tudo,
e depois partia sem nem olhar a confusão que deixou.
Você só sabe amar pela metade.
E não foi só comigo.
Passou pela vida das pessoas
como quem experimenta amores,
mas nunca mergulha neles.
Tentativas frustradas de preencher um vazio
que acho que nem você entende.
Você coleciona histórias,
mas nunca construiu nenhuma.
Um dia, quem sabe,
você perceba o que desperdiçou.
Mas já vai ser tarde.
Na verdade, já é tarde.
Porque eu estarei ocupada
vivendo tudo que você nunca me proporcionou, ao lado de quem soube me escolher, e, principalmente, me manter.
Na voragem das redes sociais, molda-se um "eu" que mal se conhece. Este "eu" deve ser belo, esbelto, triunfante e admirado.
A experiência da vida já não é mais sentida; segundos vividos são interrompidos para selfies, fotos que resumem a existência a instantes capturados, postados e, se agraciados com inúmeras curtidas, então se sente a efervescência da existência, onde os likes tornam-se a métrica. Uma alienação de si, forjada na engrenagem consumista.
Nas festas e baladas, namorar vários numa noite é motivo de vangloriar-se, seguindo a lógica da acumulação capitalista. Neste cenário, a formação da subjetividade contemporânea segue uma trilha materialista, sexista e patriarcal, que, inicialmente centrada no masculino, agora se expande para todos os gêneros.
É muito contraditório ser eu. Ninguém sabe de fato o que sou, quem sou. Posso ser vista como um mar, um rio, uma simples poça de água. Há quem me intérprete como um vazio, mas não. Eu sou uma mistura de tudo, Por isso, jamais saberão quem ou o que de fato sou.
De todas as ilusões, nada resistiu. Eu era... Já não sei mais se sou, se aqui estou. Vejo vultos, ouço lamentos, não são meus, sou eu.
Falta pouco pra amanhecer. Ainda não dormi, mas bem ali... No conto do quarto, há uma armadura a minha espera, a usarei para enfrentar o mundo, daqui a pouco. Pois é assim que tem sido todos os meus dias.
Eu não fui feito pra ser só, mas sou.
Tenho uma metade de um coração no meu peito, nessa metade, habita um desejo de amar maior que o mundo, mas não sei como nem por onde começar. Não sei.
Quisera eu fosses tu
e não a DOR
que hoje me tira
o sono.
Se estivesses aqui,
O tempo não levaria em
seus segundos os meus
dias
e eu decerto existiria
Que desgraça viestes tu chamado eu fazer nesta terra de esquecimentos! Por que não ficastes perambulando no abismo onde estavas? Viestes para cá trazendo muitos túmulos de sonhos e muitas covas abertas esperando os outros poucos que restavam. Que desgraça fizestes que nada em te floresce! Que herança tem repassado de te para te a cada renascimento! Por que te lembras do que fostes, mas não do que és! Enfim, não existe mais porquê. Todos os sonhos estão sepultados, a cova aberta agora espera pelo o pai, o pai do todos os sonhos, o sonhador.
Lcr.
À Amada Número 1
Sempre que eu fecho os olhos
Por inspiração
Vem o seu rosto
Cheio de charme e bonita
Queria parar...
Mas parece que você
É intrínseca
À minha vida e para sempre
És a ferida
Mas também és o remédio
A panacéia e minha cura
Você mantém os meus pés na Terra
E eu sempre volto
E eu vou vagar por você
18 de Junho de 2025
Autor Edinho (Edson Cerqueira Felix)
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