Eu sou uma Mulher Super Perigosa

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CARTA
Autor – Carlos Barros
Batidas insistentes. Sou arrancado da introspecção. Uma carta é lançada embaixo da porta.
Meu Caro,
Tu não sabes quem eu sou, mas sei quem tu és. Escrevo-te por conhecer as tuas dores na alma, as tuas dúvidas, os teus anseios sobre a existência. Sou conhecedor das tuas indagações sem respostas e das respostas que nada respondem. Tranquiliza o teu coração. Se a tristeza penetra tua alma. Se a angústia esvazia teu espírito. Se teu corpo não consegue sentir o mesmo ânimo. Levanta-te e anda! Há veredas que ainda não foram desvendadas. Há caminhos que ainda não foram trilhados. Há lagrimas que ainda não foram derramadas e alegrias ainda não vividas. Outros ainda precisam de tua renovada força. Se a vida é tragédia e comédia, que o choro se misture ao teu sorriso.
Desvia de ti a angústia e o medo. Se porventura estiveres indo ao fundo do poço, não te desesperes, pois, ao retornares, tu irás trazer contigo as riquezas só encontradas nas profundezas. Não procures sentido para tua vida. Se ficares te torturando por tal sentido, deixarás de ver a própria vida atravessando teu corpo.
Busca te afastar um pouco das interrogações. Deixa de lado os que querem te acorrentar nos calabouços da Ciência e das normas. Lembra-te que tu és, sobretudo, um animal que acredita estar acima dos outros animais. Busca ter cuidado com os criadores de ídolos e os inventores de verdades absolutas. Eles se alimentam da ortodoxia, da moral e do desejo de suprimir os instintos. Eles são sutis e dissimulados em suas palavras e crenças. Acreditam poder curar a alma humana e aliviar os sofrimentos.
Esperam que a vida possa ser explicada à luz da Razão. Eles não amam a terra. Nutrem-se de um incansável desejo de felicidade e sentido das coisas. Eles não são capazes de amar a vida como ela é. Inventam um mundo dividido entre o bem e o mal. Entre o sofrimento e o prazer. Entre a vida e a morte.
Meu caro, não te preocupes com a morte. Se acreditares no paraíso, prepara-te para o tédio da eternidade. Se acreditares no inferno, prepara-te para sofrer eternamente ao lado dos que não acreditaram no paraíso. Se acreditares na reencarnação, prepara-te para nascer e morrer várias vezes em busca da perfeição. Se acreditares no Nada, prepara-te para nada lembrar depois da morte. Liberta teu pensamento do passado. O futuro ainda não existe. Tua vida é agora. Dance com ela.
Não sou Deus, não sou demônio, não sou homem, muito menos desejo ser tua consciência. Desejo apenas que tu possas olhar a vida de outro modo.
Ass. Vida
Sinto-me possuído por uma adorável sensação de calma. A Vida se fez ouvir através de uma carta. Suas palavras seduziram meu espírito. Encheu-me o corpo de potência de Vida.

"Sou talvez, uma vírgula ou reticências. Mas nunca serei um ponto final."

Sou o outono da vida que,
no verão do amor,encontrou
uma primavera sem flor.
Que venham os invernos bem frios
pra congelar essa dor.
Porque tambem sou do mar,o gigante,
sou dos campos verdes,em trigos,
sou luta com vitorias,
sou a luz do luar.
Semeei rosas sem espinhos,sinta o perfume...
são pra ornar....
Doei carinhos e em desmazelo,vi o vento levar.
Mas sou forte!não se engane,
armas ainda tenho pra vencer.
Esta tempestade vai passar.
Hei de ver essa gente crescer.
Novos caminhos hão de surgir.
Sorrisos hão de me embriagar.
Meu espirito é jovem,não envelheceu.
Que culpa tenho eu?
Ainda suspiro,ainda respiro,ainda amo.

Evoluir é uma necessidade. Não vou dizer que sou apenas isso, porque sou realmente uma metamorfose ambulante e fico feliz por isso. Por saber que mudo de ideia todos os dias. Por saber que ser só uma não é interessante. Mudar é preciso para evoluir a alma, transformar carma em darma.

Uma RESPOSTA sem pé para uma PERGUNTA sem cabeça:

Não sou da Rede, nem Democrata, nem Tucano, muito menos Papagaio de Pirata. Tô mais para bicho-de-pé da oposição, gorgulho sem partido ou morotó da situação...

Se somos IGUAIS não é o bastante.
Se somos DIFERENTES também não.
Mas uma coisa é certa. Sou DIFERENTE, mas também sou IGUAL.
Sou DIFERENTE de muitos que só querem fugir dos próprios problemas, por medo de dar errado.
Mas também sou IGUAL aos poucos. Sou daqueles poucos que tem a coragem de se arriscar, mesmo quando o mundo me diz que não sou capaz.

Ser DIFERENTE ou IGUAL, nunca será o bastante para alguém, mas será o suficiente ser quem você é para aquele que te quer bem.

Lenilson Xavier (lexgrafia – 27/07/2017)

Não sou perfeito!
Sou humano, com tendência a falhar,
mas sigo uma ordem em minha vida:
não engane e nem se deixe enganar.

Sou uma espécie de teste. As pessoas ameaçam a entrar na minha vida, me observam e quando tiram suas conclusões sobre mim, caem fora. Na verdade é uma prova de fogo. Só os corajosos ficam… Te contei que no mundo tem faltado coragem?

Sai do meu casulo, agora vou procurar um jardim bem florido, pois sou uma Borboleta e não trago comigo nenhuma lembrança da minha vida de largata.

Desculpa pela preocupação,
Mas não sou quem pensa,
Sou um ser vazio sem crença

Uma farça
A farça que sou,
O ser que criei para "agradar-te"
O ser que te encantou,

Te encanto porque?
Se não sou o que pensa,
Sou a miragem que criou

O meu ser pede socorro,
Ele grita e chora,
Toda hora,
Que ser é esse?, que ser sou eu.

Sou uma casa. Está escuro dentro de mim. Minha consciência é uma luz solitária. Uma vela ao vento. (...) Todo o resto fica na sombra. (...) Mas ainda está lá. Os outros quartos, nichos, corredores, escadas e portas. (...) E tudo que vive e vaga dentro de você está aqui. Vive. Dentro da casa que sou.

Uma rosa dizia: "Sou a maravilha do universo, * será possível que um perfumista tenha coragem de fazer_me sofrer?" *Um rouxinol cantou: "Um dia de felicidade prepara um ano de lágrimas"

Sou uma guerreira com roupa de marinheira. Luto pelo amor e pela justiça. Sou Sailor Moon e punirei você em nome da Lua!

Sou um anjo decadente ..
Vivo ao relento, um fantasma...
Uma sombra que resiste ao tempo
O piano e o violino embalam ..
As minhas tristes agonias...
Esplêndidos amores, frios jazigos..
Carrego a minha solidão
Alimentando os corvos e os lobos..
Velas e rosas para sonhar contigo.
Nas minhas façanhas, vejo anjos a chorar
Lágrimas caem na terra húmida e fria,
Sobre as rosas mortas, num caminho sem voltas.
Noite sombria, suave melancolia.
Cobrem as minhas asas e o meu corpo ferido
Meu anjo querido, meu anjo caído....
Feitos de fantasia que conhecem a magia.!!!

Não sou apenas um conjunto de ossos entrelaçados por músculos e nervos, sou uma obra ainda inacabada que se molda, se transforma, buscando se tornar uma pessoa melhor

Sabem porque sou feliz? É que tenho uma filha que amo, uma família abençoada, poucos amigos mais este moram no meu coração, e o meu trabalho, por que amo o que faço. Respeito ao próximo, trato as pessoas como gostaria de ser tratado, aprendi uma coisa, gentileza gera gentileza.

Sou aventureiro, que aprendeu que o amor é como uma planta, quando não cuidada morre e se queser podes plantar outro, quando quiser.

Sou uma pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexo, sou misterioso, sou mistura, sou homem com cara de menino... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar... Não me douo pela metade, não sou seu meio amigo nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não acredito que eu seja ninguém de tão grande importância. Presumo que eu seja como qualquer um, com certos defeitos, porém acompanhado de qualidades. Posso ser constante, inconstante, ou até mesmo os dois ao mesmo tempo. Em grande parte do tempo, sou previsível, admito. Mas o imprevisível me acompanha bem de perto. Consigo ser o bem e o mau, o certo e o errado, a tristeza e a felicidade. Eu posso ser tudo, ou simplesmente nada. Talvez eu seja isso; uma porção de coisas, depende de como você me vê!

Amo e não sou amada,
Quero e não sou querida,
Mas de uma coisa tenho certeza...
Amo e não sou fingida.

Monólogo de uma Sombra

"Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!

A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A saúde das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!

Pairando acima dos mundanos tetos,
Não conheço o acidente da Senectus
— Esta universitária sanguessuga
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!

Na existência social, possuo uma arma
— O metafisicismo de Abidarma —
E trago, sem bramânicas tesouras,
Como um dorso de azêmola passiva,
A solidariedade subjetiva
De todas as espécies sofredoras.

Como um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo à Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho...
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
É com certeza meu irmão mais velho!

Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
Amarguradamente se me antolha,
À luz do americano plenilúnio,
Na alma crepuscular de minha raça
Como uma vocação para a Desgraça
E um tropismo ancestral para o Infortúnio.

Aí vem sujo, a coçar chagas plebéias,
Trazendo no deserto das idéias
O desespero endêmico do inferno,
Com a cara hirta, tatuada de fuligens
Esse mineiro doido das origens,
Que se chama o Filósofo Moderno!

Quis compreender, quebrando estéreis normas,
A vida fenomênica das Formas,
Que, iguais a fogos passageiros, luzem.
E apenas encontrou na idéia gasta,
O horror dessa mecânica nefasta,
A que todas as cousas se reduzem!

E hão de achá-lo, amanhã, bestas agrestes,
Sobre a esteira sarcófaga das pestes
A mostrar, já nos últimos momentos,
Como quem se submete a uma charqueada,
Ao clarão tropical da luz danada,
espólio dos seus dedos peçonhentos.

Tal a finalidade dos estames!
Mas ele viverá, rotos os liames
Dessa estranguladora lei que aperta
Todos os agregados perecíveis,
Nas eterizações indefiníveis
Da energia intra-atômica liberta!

Será calor, causa úbiqua de gozo,
Raio X, magnetismo misterioso,
Quimiotaxia, ondulação aérea,
Fonte de repulsões e de prazeres,
Sonoridade potencial dos seres,
Estrangulada dentro da matéria!

E o que ele foi: clavículas, abdômen,
O coração, a boca, em síntese, o Homem,
— Engrenagem de vísceras vulgares —
Os dedos carregados de peçonha,
Tudo coube na lógica medonha
Dos apodrecimentos musculares!

A desarrumação dos intestinos
Assombra! Vede-a! Os vermes assassinos
Dentro daquela massa que o húmus come,
Numa glutoneria hedionda, brincam,
Como as cadelas que as dentuças trincam
No espasmo fisiológico da fome.

É uma trágica festa emocionante!
A bacteriologia inventariante
Toma conta do corpo que apodrece...
E até os membros da família engulham,
Vendo as larvas malignas que se embrulham
No cadáver malsão, fazendo um s.

E foi então para isto que esse doudo
Estragou o vibrátil plasma todo,
À guisa de um faquir, pelos cenóbios?!...
Num suicídio graduado, consumir-se,
E após tantas vigílias, reduzir-se
À herança miserável de micróbios!

Estoutro agora é o sátiro peralta
Que o sensualismo sodomista exalta,
Nutrindo sua infâmia a leite e a trigo...
Como que, em suas células vilíssimas,
Há estratificações requintadíssimas
De uma animalidade sem castigo.

Brancas bacantes bêbedas o beijam.
Suas artérias hírcicas latejam,
Sentindo o odor das carnações abstêmias,
E à noite, vai gozar, ébrio de vício,
No sombrio bazar do meretrício,
O cuspo afrodisíaco das fêmeas.

No horror de sua anômala nevrose,
Toda a sensualidade da simbiose,
Uivando, à noite, em lúbricos arroubos,
Como no babilônico sansara,
Lembra a fome incoercível que escancara
A mucosa carnívora dos lobos.

Sôfrego, o monstro as vítimas aguarda.
Negra paixão congênita, bastarda,
Do seu zooplasma ofídico resulta...
E explode, igual à luz que o ar acomete,
Com a veemência mavórtica do ariete
E os arremessos de uma catapulta.

Mas muitas vezes, quando a noite avança,
Hirto, observa através a tênue trança
Dos filamentos fluídicos de um halo
A destra descarnada de um duende,
Que, tateando nas tênebras, se estende
Dentro da noite má, para agarrá-lo!

Cresce-lhe a intracefálica tortura,
E de su'alma na caverna escura,
Fazendo ultra-epilépticos esforços,
Acorda, com os candieiros apagados,
Numa coreografia de danados,
A família alarmada dos remorsos.

É o despertar de um povo subterrâneo!
É a fauna cavernícola do crânio
— Macbeths da patológica vigília,
Mostrando, em rembrandtescas telas várias,
As incestuosidades sanguinárias
Que ele tem praticado na família.

As alucinações tácteis pululam.
Sente que megatérios o estrangulam...
A asa negra das moscas o horroriza;
E autopsiando a amaríssirna existência
Encontra um cancro assíduo na consciência
E três manchas de sangue na camisa!

Míngua-se o combustível da lanterna
E a consciência do sátiro se inferna,
Reconhecendo, bêbedo de sono,
Na própria ânsia dionísica do gozo,
Essa necessidade de horroroso,
Que é talvez propriedade do carbono!

Ah! Dentro de toda a alma existe a prova
De que a dor como um dartro se renova,
Quando o prazer barbaramente a ataca...
Assim também, observa a ciência crua,
Dentro da elipse ignívoma da lua
A realidade de uma esfera opaca.

Somente a Arte, esculpindo a humana mágoa,
Abranda as rochas rígidas, torna água
Todo o fogo telúrico profundo
E reduz, sem que, entanto, a desintegre,
Á condição de uma planície alegre,
A aspereza orográfica do mundo!

Provo desta maneira ao mundo odiento
Pelas grandes razões do sentimento,
Sem os métodos da abstrusa ciência fria
E os trovões gritadores da dialética,
Que a mais alta expressão da dor estética
Consiste essencialmente na alegria.

Continua o martírio das criaturas:
— O homicídio nas vielas mais escuras,
— O ferido que a hostil gleba atra escarva,
— O último solilóquio dos suicidas —
E eu sinto a dor de todas essas vidas
Em minha vida anônima de larva!"

Disse isto a Sombra. E, ouvindo estes vocábulos,
Da luz da lua aos pálidos venábulos,
Na ânsia de um nervosíssimo entusiasmo,
julgava ouvir monótonas corujas,
Executando, entre caveiras sujas,
A orquestra arrepiadora do sarcasmo!

Era a elegia panteísta do Universo,
Na podridão do sangue humano imerso,
Prostituído talvez, em suas bases...
Era a canção da Natureza exausta,
Chorando e rindo na ironia infausta
Da incoerência infernal daquelas frases.

E o turbilhão de tais fonemas acres
Trovejando grandíloquos massacres,
Há-de ferir-me as auditivas portas,
Até que minha efêmera cabeça
Reverta à quietação da treva espessa
E à palidez das fotosferas mortas!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

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