Eu sou uma Mulher Super Perigosa

Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal.

Um pouco de cultura é uma coisa perigosa.

A espécie mais perigosa de estupidez é uma inteligência aguçada.

O homem é uma corda esticada entre o animal e o super-homem, uma corda por cima do abismo.

Basta um dia para se tornar um super-herói, mas é necessário uma vida inteira para se fazer um homem de bem.

A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.

A idéia que não é perigosa, não merece ser chamada de idéia.

A mais perigosa criação no mundo, em qualquer sociedade, é um homem sem nada a perder.

Entre os animais ferozes, o de mais perigosa mordedura é o delator; entre os animais domésticos, o adulador.

A tentação mais perigosa: não se parecer com nada.

Covarde: alguém que, numa situação perigosa, pensa com as pernas.

De todas as perversões sexuais a castidade é a mais perigosa.

Sabe aquela mulher super equilibrada? Que nunca te cobra nada? Super segura, nada ciumenta e calma?
Ela tem outro.

viver é super difícil
o mais fundo
está sempre na superfície

A lucidez perigosa

Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do quê:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
– já me aconteceu antes.

Amor: uma perigosa doença mental.

Pouco conhecimento é uma coisa perigosa, muito conhecimento, também.

A lucidez perigosa

Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano - já me aconteceu antes. Pois sei que – em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade – essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.

Vivemos em uma época perigosa. O homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo.

Eu tô sempre indo embora, mas aí vai um super clichê: é de tanto que eu só queria ficar. E queria que você não achasse que sou sempre louca, ainda que eu seja.