Eu sou uma Menina Levada mas Quietinha
SONETO DO RIO BAGAGEM
A saudade é levada pelo Rio Bagagem
Na correnteza tão cheia de modulação
É canto, é sinfonia, cadência e emoção
Pelos seixos e húmus, poética viagem
Na moela das galinhas de sua margem
Tem diamante! Lenda ou verídica razão
O que voga é que pulsa ingênua a ilusão
Rio encantado, sensação, rútila imagem
No coração, uma serenata melodiosa
Estrela do Sul, teu leito, terra formosa
O borbulhar é história e n’alma cafuné
Assim, em tuas águas, vez em quando
Aquela sorte, a esperança vai lavando
Rio do irradioso diamante, bagageiro é.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 abril, 2024, 20’39” – Araguari, MG
*para a prima Lêda Brasileiro Teixeira Vale
No Labirinto do Tempo
Vejo o tempo escorrer entre meus dedos, como areia levada pelo vento. Sei o que precisa ser feito, enxergo os caminhos, mas estou preso a correntes invisíveis, refém de circunstâncias que não controlo.
As oportunidades passam como trens que não posso embarcar. Minhas filhas crescem, os dias se perdem, e o que poderia ser se dissolve no que nunca foi. A vontade de construir, de transformar, se esbarra em muros que não fui eu quem ergueu.
E assim sigo, segurando o peso de tudo que não consigo mover. Mas um dia, as amarras caem.
E quando isso acontecer, que não se espantem com a força de quem esperou tempo demais para finalmente se encontrar em um objeto certo. Sem desvio nenhum.
O LAMENTO DA ENCHENTE
Sabe quem sofre na enchente?
Quem teve a casa levada pelas águas.
Quem tá com a roupa molhada, e apenas ela!
Aguardando o Sol sair.
Num país de dimensões Continentais
Enquanto o SUL tá sofrendo com rompimento de barragem.
O NORDESTE tá comemorando com sangramento de açudes.
A AMAZÔNIA tá em chamas!
O CERRADO no correntão!
O SUDESTE curtindo o show da Madame.
Aos poucos tudo volta ao normal,
A dor do outro vira mídia social.
"Quando a opinião das massas sobre questões éticas é levada a sério, é sinal de que a sabedoria está socialmente morta".
Linda, mais que demais...
Essa tua faceta meiga e doce, quase um amenina levada, travessa como a personagem narizinho, com um ar de Emília e a autoridade do Visconde, oculta uma mulher forte e determinada.
Quero sentir o calor do teu corpo junto ao meu, quero te envolver no meu abraço de tal sorte e com tamanha volúpia que jamais deseje se desvencilhar de mim.
Quero o doce néctar dos teus favores inundando o meu paladar, enquanto finco minhas mãos nos teus quadris, imobilizando-a até que a última gota de teu prazer faça-a tremer a alma.
Quero você, descuidadamente entregue aos meus caprichos, para nutrir-me dos teus anseios, do teu prazer, para lhe consumir em paixão e fazer eclodir das cinzas a fênix de um amor sem medida.
Casthoro´C
Semente lançada na terra
Levada pela água do mar;
Semente agora na praia,
Insiste em querer brotar ;
Semente viaja nas águas
De ondas alvoroçadas;
Que passa pela tormenta
A fim de chegar na margem;
Semente foi encontrada
E de novo foi semeada;
Hoje a semente cresceu
Floresceu e da fruto;
Semente que sobreviveu
E também dá, sementes.
Do Nascimento à Vida do Poeta -
Numa tarde quente de Abril
minha mãe levada a parto
sofreu venturas mil
ao parir-me nesse quarto.
Nasci em dia sem razão
dum porquê que me transcende
a Vida comeu-me o coração
como um verso que nos prende.
E assim no quarto escuro
da minha longa podridão
nasci velho prematuro
com mil facas na mão.
E na verdade que perdura
num presente que é ausência
meus olhos de loucura
eram filhos da demência.
E sentia um vazio
que não podia compensar
minha mãe que me traiu
deu-me à vida p'ra penar.
Havia em torno Primavera
mas em mim era Inverno
ter morrido, quem me dera,
estava longe deste Inferno!
E o Pai que nunca tive
foi carrasco do Poeta,
mas quem sofre e sobrevive,
se não morre, recupera ...
A esperança estava a meio
entre os dois que era eu
e a metade de estar cheio
foi a dor que não doeu!
É o amor exactidão
p'ró destino indisponivel
mas quem sabe se a razão
não liberta o impossivel!
E p'ró mistério de chegar
fui matando a paciência,
fui levado a deixar
tão cedo a inocência ...
Fui velho ao nascer
num sangrar até doer,
velho sou e hei-de ser
sempre velho até morrer!
LEVADA DA BRECA
(Marcos Peixe)
Boneca de pano
Corre danada,
Grita, moleca:
MInha boneca é levada, levada da breca!
Boneca de pano
Pintona não cala
Bate panela: pein! pein! pein!
Minha boneca é levada, levada breca!
Boneca de pano
Traquina, se esbarra
Menina sapeca:
Minha boneca é levada, levada da breca!
Vocês são tão tristes, mas são banais, talvez seja por isso que sua tristeza não é levada a sério, sejam mais sérios, vocês têm muita coisa pela frente. Seres sem profundidade, seres cheios de ignorância, a sua banalidade me incomoda, se preocupe com o que realmente importa, talvez a vida não seja tão tola quanto você, então aprenda a viver.
"...e levada pelo sentido ilógico da vida,fatores alheios a sua vontade e conceitos conservadores,ela já não suportava o balanço do barco que a fazia vomitar...,então decidiu acreditar nas suas próprias forças(nada mais lhe restara).Chovia muito e a neblina não lhe dava esperanças. Pulou sem noção exata ,nem visão de terra a vista,nadando confiantemente em busca dos seus sonhos. O medo tentou persuardir a sua alma,mas ela se despediu desta,enganou a morte e atingiu a margem.Vislumbrou todo o mar percorrido e as grandes ondas que ao final conspiraram para lhe impulsionar até a margem. Ela olhou para o céu e sentiu que não chegara ali sozinha,sorriu e adormeceu,em busca de mais um sonho"
Simples folha voa ao vento
levada sem destino, vai
rabiscada de versos
segue o caminho
voa colinas e montes
pousa na paixão
ou nos beijos de namorados
folha cadê sua sina
és apenas menina
e voa, voa além
Vai ser poema
em frente ao mar
ter um fim um dia
antes de virar poesia
pra de novo se reciclar..
" Que a nossa vontade, não seja nunca levada como obsessão,
que a gente possa sempre respeitar quem nos quer longe e abraçar apertado quem nos quer como irmãos.
que algo de bom possa (re)nascer e florir, hoje e sempre.
que haja paz...
feliz Natal
Honre a si mesmo fazendo o que é certo, não deixe que tuas ações, levada por suas emoções, perturbe teu cérebro.
Num ambiente político marcado pela polarização levada às ultimas consequências nunca se analisa a procedência de uma crítica – por mais isenta que se mostre – sem que a esquerda nos acuse de “cúmplices da opressão” e a direita de “defensores da desordem”. Em outras palavras, somos combatidos apenas por atuar como um espelho de duas faces que expõe o radicalismo dos dois ao escolher o caminho mais fácil, que é lançar a culpa no outro lado em lugar de refletir sobre seus excessos e incoerências pela ausência absoluta de senso crítico.
Bolha de sabão
Ó bolha de sabão
Que levada foste pelo ar,
Em ti voa um coração
Que não sabe amar!
Procuro luz às escuras,
O que quero e não tenho:
Arestas das minhas curas
Limadas ao meu tamanho!
O vento que atraiçoa
Tão abatida e vã espera
Faz-me ser fria pessoa,
Ser quem não era!
Já não tenho restos
De força nas algibeiras,
P’ra entoar protestos
A esperas solteiras!
Ó bolha de sabão
Que não paras de voar,
Que posso fazer senão
Contra o vento, remar?
Luis Mateus
