Eu sou uma Menina Levada mas Quietinha
Que eu não me perca em meus entendimentos, pois eles nada mais são que uma resposta às minhas vontades.
Hoje eu resolvi guardar dentro de uma caixa tudo aquilo que me fazia mal, comecei pelos sentimentos, tirei todo ódio que me cega, a amargura que tanto me envenena, depois tirei a minha solidão que sempre me faz afastar e tirei um pouco daquele amor que me sufocava. Quando acabei percebi que a caixa já quase transbordando apenas com aqueles sentimentos, resolvi parar por ali, já estava me sentido bem melhor sem aquele peso da mala que carregava, será que era de quando todo aquele sentimento? sei que não eram tão recentes, já guardava a dias talvez anos, mais agora sei que a minha faxina tem que ser diária, nada de guardar sentimentos ruins,nada de guardar lembranças que doam por mais que elas me façam crescer, elas não devem ser lembradas pois me levaria para o passado e pra lá eu não devo voltar.
Procurar alguém pra amar.
Ta aí uma coisa que eu não faria. É difícil fazer uma pessoa entender as coisas da maneira que eu prefiro entender - sim, porque a maneira mais fácil de entender tudo é entender do jeito que todo mundo entende.
Nada contra os caras que usam brincos, usam regatas, ouvem pagode, funk e have metal, que mascam chiclete colocando a língua pra fora, usam boné e não entendem nada das estrelas. Mas eu sou exigente.
Com 12 anos eu comecei a fazer a minha lista do homem perfeito, aquele com quem eu casaria. E eu vou te dizer que não era nenhum um pouco perfeito pra maioria das pessoas.
Eu escrevi que ele tinha que saber me irritar, me tirar do sério, mas também me deixar doida de amor com um só olhar. Tinha que ser nerd, falar de coisas que eu sequer sonharia em algum dia entender, ler os meus olhares e não sair do meu lado quando eu gritasse pedindo pra ficar sozinha.
Ele tinha que saber ignorar os meus chiliques, entender as minhas manias e respeitá-las - afinal, seria insuportável conviver com alguém que não respeitasse a minha organização pessoal.
Eu gostei de alguns rapazes. Gostei de verdade. Com 15 anos eu conheci um rapazinho que mexeu com meu coração. E ele me deixou ouvir as músicas que estavam no MP3 dele. Que horror! Ele ouvia pagode.
Eu desiludi.
Sofri por alguns dias, porque a amizade dele era importante pra mim, mas a minha exigência estava acima de tudo isso.
Por isso sempre fui chamada de inconstante. Uma hora gostava, outra hora não queria nem ver a cara do fulano.
Não preenchia os requisitos, me entende? Não me surpreendia. Se Deus tinha algo além do que eu pedia ou pensava, o homem que Deus separou pra eu casar deveria me surpreender. Mas eles não me surpreendiam.
Os agrados sempre eram previsíveis, as músicas nunca me agradavam, meus olhares nunca eram entendidos, e eu era nerd perto deles. Eu sempre gostei de escrever, e nenhum deles tinha a paciência de ler um dos meus textos de 3 páginas. Porque eu iria casar com um cara desses?
Mas eu tinha a maior das exigências: ele tinha que amar a Deus acima de tudo, acima de mim e de tudo o que a gente possivelmente construísse.
E lá estavam aqueles alguns que eu gostei na minha adolescência. Todos perdidos em algo dentro de si, esquecendo-se do essencial, do que sempre girou meu mundo: a vontade de Deus.
Eu até usei a amizade que tive com esses alguns pra falar do amor de Deus, e eu realmente acredito que a semente que eu plantei um dia florescerá.
Mas não passou disso.
Eu precisava me sentir segura espiritualmente com a pessoa com quem eu sonharia em me casar, não importa o preço que eu teria que pagar, o tempo que eu teria que esperar... Eu queria ele. Aquele que desde que eu estava no ventre da minha mãe Deus já cuidava pra mim.
Aquele que também estava me esperando.
Eu não acredito numa atitude de aceitar Jesus para agradar alguém.
Eu sempre digo que uma moça deve procurar por aquele que já é de Cristo, e não confiar naquele que ela traz do mundo para se converter e depois iniciarem um relacionamento.
Tenho exemplos disso dentro de casa.
Meu pai não era convertido, foi pra igreja por causa da minha mãe... E nos primeiros meses de casados, ele chegava do trabalho e ela servia Whisky pra ele. Ela orou por 15 anos para que ele se entregasse de verdade a Jesus Cristo.
E eu, definitivamente, não queria isso pra mim.
Eu preferi chorar muitas vezes mandando um ou outro rapaz que eu gostava muito sumir da minha frente, do que chorar anos a fio arrependida pela escolha que fiz.
Não me custou evangelizar nenhum deles, me custou algumas lágrimas fingir que eu não gostava, não atender o telefone, não responder o e-mail, excluí-lo das minhas redes sociais. Mas, sinceramente?
Foi a melhor coisa que eu fiz.
Eu confiei em Deus mesmo sem entender tudo o que acontecia, mesmo me achando uma louca inconstante que esperava algo que ninguém mais esperava.
Mas Deus me enviou ele.
O meu cientista que sabe me fazer ouvir e entender as estrelas. Que me mostra cada uma no céu, que me ensina sobre coisas que sempre me passaram despercebidas. Que se empolga nas suas explicações me enchendo de orgulho.
Eu esperei pela pessoa certa. A que preencheu todos os requisitos. Desse modo, não há motivos para desistência.
A gente se completa. A gente se encaixa. A gente se entende. A gente se ama como nunca amamos ninguém, e isso nem eu e nem ele precisamos dizer, porque a gente sente.
Amor, obrigada por me fazer ouvir e entender as estrelas todos os dias. Você é o que eu tenho de mais lindo, e presentes assim só são dados pelo Senhor. E à Ele eu serei grata pra sempre.
Te amo mais que a mim.
Eu sei.
Eu já devia ter vindo aqui postar um texto sobre um tema que uma leitora propôs.
Mas é que os dias tem sido tão confusos, tão poluídos sonoramente que eu não tenho tido um tempo com um silêncio precioso pra eu vir escrever.
Já ouvi alguns dizerem que só conseguem escrever ouvindo música. Mas eu não consigo.
Preciso de silêncio, mas de um silêncio tão profundo que me permita ouvir a minha respiração e os meus batimentos.
Mas o silêncio que está aqui em casa hoje não é agradável.
É aquele silêncio com cheiro de morte, lágrimas de dor e sorrisos constrangidos.
Diz a minha mãe que só viu o meu pai chorar desse jeito quando eu morri - a parte da história que eu morri eu deixo pra contar outro dia.
O meu avô faleceu ontem, às onze e pouquinho da manhã.
E dizer isso pro meu pai não foi nada fácil.
Dormir também não foi nada fácil, ainda mais porque durmo sozinha - numa cama de casal que é um exagero pra uma pessoa do meu tamanho -, e eu agradeci muito a Deus por ter um namorado tão prestativo que acordou às 4h da madrugada pra me acalmar depois de um pesadelo.
Dormir tá difícil, comer tá difícil, até fazer piadas é impossível.
Eu mal posso imaginar como vai ser daqui há algumas horas quando for a hora do sepultamento.
Como é difícil dizer esse tipo de adeus.
E exatamente por não saber me despedir de nada nem ninguém... Pela primeira vez eu não vou saber como terminar esse texto.
Descanse em paz, vô.
Eu lembro que era uma noite como outra qualquer. Depois de um telefone eu demorei um pouco pra dormir - já que eu nem lembro quando foi a última vez que peguei no sono sem ouvir a voz dele -, e naquela noite eu tive que dormir sem ouvir a voz dele. Foi terrível. Eu virava de um lado, virada do outro, e nada do sono chegar. Peguei o celular várias vezes, discava o número dele, mas não apertava SEND. Eu não podia. Ele tinha me dito que estava na festa de aniversário da prima dele, acabaria tarde e ele dormiria na casa da tia. Eu não queria aparentar a namorada chata - não que eu não seja, mas só ele sabe disso.
Acho que de tanto me dobrar e desdobrar na cama tentando encontrar uma maneira de conseguir pegar no sono, eu acabei dormindo. A noite passou muito rápido - não que eu tenha visto passar, mas é que eu mal fechei os olhos e o sol já estava raiando.
Minha mãe veio me acordar com um sorriso desconfiado dizendo que precisava sair com meu pai e que voltaria em 40 minutos e a mesa do café da manhã tinha que estar posta.
Não gosto de ser acordada às 07:00 da manhã pra arrumar a casa, isso eu faço depois das 10:00. Mas como eu já estava acordada e demoraria cinco horas pra pegar no sono de novo, resolvi levantar.
Lembro que vesti uma calça jeans, uma segunda pele preta e uma blusinha listrada por cima. Era Outubro de 2010, o inverno já tinha passado, mas eu ainda sentia frio.
Dei uma sacudida no cabelo, olhei a minha cara pálida enquanto escovava os dentes, e fui preparar o café.
Ouvi o motor do carro do meu pai, a Fanykita fez o escândalo de praxe que ela sempre faz quando meus pais estão chegando, e eu continuei na cozinha. O pai estacionou o carro na garagem, a mãe entrou em casa primeiro e ela estava estranha, achei que meu pai tivesse comprado kinder ovo pra me fazer uma daquelas surpresas engraçadas quando ele entra em casa segurando o kinder ovo como se fosse me entregar pra uma criança de cinco anos.
Eu apareci na porta da sala e meu pai segurava a porta do carro enquanto ele saía. Ele, o seu óculos, a sua mochila, e um sorriso que quase me fez desmaiar.
Eu mal pude acreditar.
Na noite anterior ele tinha me dito que estava no aniversário da sua prima, e naquele momento, lá estava ele, bem na minha frente, me olhando como quem olha um eclipse. Eu não tive outra reação além de dar um sorriso sem graça e abraçá-lo rapidamente antes que minhas patelas resolvessem ali mesmo caírem.
Eu queria ficar ali olhando ele por um bom tempo. Olhando por toda a minha vida.
Eu corri pro meu quarto e pulei na minha cama. Fiquei pulando em cima da cama como uma criança feliz. Eu não queria aparentar tanto nervosismo - o que foi inevitável - , mas eu precisava extravasar de alguma forma.
Cansada, eu sentei na beira da cama e naquele momento eu percebi que a vida, apesar de bruta, ela pode ser mágica.
Depois de tudo o que eu tinha passado, depois de todos os choros, decepções, ilusões, textos e músicas, eu respirei fundo e entendi que o que estava em mim era o que eu realmente precisava. Eu vi que tudo tinha passado, mas o que ficou era o que realmente me importava.
Ele estava ali. E não importava que eu tinha sido deixada uma vez, ele estava ali e alguma coisa me dizia que ele não faria igual.
Eu pensei nele durante todos aqueles meses imaginando que seria mais uma de minhas alucinações românticas, mais um dos meus quase sonhos realizados. Só de pensar que ele estava na sala, a poucos passos de mim, meus olhos marejavam.
E eu a pensar que aquela cicatriz deixada doeria horrores nos dias de chuva, que eu passaria o resto da vida olhando pela vidraça molhada pela chuva e lembrando de como eu poderia ter sido feliz. Mal sabia eu que a felicidade eu ainda não havia conhecido.
Eu ouvia aquela voz todos os dias, e eu tentei afastá-la de mim. Como eu tentei. Joguei sobre ela todos os meus medos, traumas, coisas travadas, coisas duras. E isso só me fez sentir mais amor.
Naquele instante, sentada ali, sentindo o cheiro do lírio que estava embaixo da janela do meu quarto, eu aceitei que eu não podia mais negar o que eu sentia. Respirei fundo e fui pra sala.
Ele estava sentado, arrumando o óculos, com cara de quem não estava envergonhado.
Eu sentei tensa ao lado dele, olhei-o por alguns instantes e tenho certeza que não pude conter meus olhos marejados.
Ele encostou na minha mão direita, que estava sob o sofá, e pareci levar um choque. Ele insistiu e a segurou e somente ele, com todo aquele jeitinho especial, consegue esquentar as minhas mãos.
Ele olhos os meus olhos como quem olha um aquário procurando peixes coloridos, e disse que me amava.
Eu queria tanto ele ali. Eu desejei por meses seguidos olhar ele sentado ao meu lado, eu me aproximei e encostei no ombro dele. Ele me abraçou como se nunca mais fosse me soltar, e sussurrou que nunca me deixaria.
Eu tinha esperado dezenove anos por aquela frase. Mas não somente pela frase, pelo momento, pela voz, pelas mãos, pela intensidade. Havia amor naquilo. Muito amor. E eu quis chorar litros no ombro dele, dizer o quanto eu esperei por ele, e como eu temi nunca encontrá-lo. Como eu temia os famosos desencontros da vida.
Mas você me encontrou, True. Me encontrou e me amparou.
E hoje, ao te ouvir novamente, você sussurrou a promessa que me fez aquele dia. E dessa vez eu chorei litros.
As pessoas prometem e continuam a vida como se nada tivesse acontecido. Eu sempre pensei que promessas são mais que compromissos. São coisas que te incomodam até que sejam cumpridas. Se você prometeu você perde o sono, a fome, você emagrece, engorda, fica ansioso, rói as unhas, morde os lábios... Promessas deviam incomodar.
E se você prometeu e ainda não é hora de cumprir, você se lembra da promessa todas as vezes que olha a pessoa.
E de tudo o que eu já ouvi, vi e vivi com você, hoje foi um dos momentos mais lindos. Você lembrou da promessa, e sussurrou com embargo na voz, como se faltasse pouca coisa para que as lágrimas finalmente rolassem pelo seu rosto.
Eu me lembro que quando você foi embora - levando um pedaço de mim - , eu fiquei por semanas ouvindo 'Can't Take My Eyes Off You - Lady Antebellum' porque me lembrava o seu cheiro. E hoje, quando resolvi postar esse texto, voltei a ouvir essa música e sentir o seu cheiro.
Resolvi vir aqui escrever porque, assim como eu, você ainda preza pelos detalhes, e são esses seus detalhes que me fazem te amar mais do que cabe em mim.
É amor, porque, se não fosse amor, não haveria saudade nem o meu pensamento o tempo todo em você.
E enquanto eu conseguir batalhar eu estarei de pé, pois a vida é uma guerra e cada dia é uma batalha.
-Otávio Olivera
Ontem mais uma vez me veio àquela saudade absurda que sufoca e esmaga a alma, mas dessa vez eu estava tão cansada de sentir tudo isso que só resolvi ficar inerte a ela e então procurei não pensar e simplesmente dormi. Ai quando acordei Tal SAUDADE tinha se esvaído e mais uma vez guardou-se pra voltar outro dia. Só que eu não estou mais tão disposta a sentir a DOR dessa saudade sem me mexer, agora eu quero e vou me mexer VOU SEGUIR com ou sem saudades eu vou seguir.
"O que sinto não é doença pra ter cura ou melhora,
eu te amo, uma vez que acontece não muda jamais,
ainda amo todas as minhas ex-namoradas,
o amor é coletivo!"
Nunca irei querer perfeição em alguém, porque perfeição é uma coisa que definitivamente eu não posso retribuir.
Eu poderia sair, beber... Poderia fazer uma fila de garotas e beijar todas elas.. Poderia viver como alguém que não liga muito pra essas coisas que tornam a vida mais encantadora...Eu poderia dizer foda-se, pegar o carro e curtir a noite, poderia estar bebendo agora. Poderia estar com qualquer garota , mas preferi ficar com uma, mesmo que fosse em pensamentos.
Razão ele tem muitas em uma só. Razão eu tenho uma em várias. Deus é silêncio de assertividade e sabedoria celeste.
. "Se todos meus amigos tivessem que pular de uma
ponte,eu não pularia com eles; eu estaria no fundo para pegá-los" :D
"Eu sinto uma alegria desproporcional ao meu coraçãozinho e ele dispara descontroladamente, que eu não sei porque, mais me deixa sem ar, é incrível como você tão distante pode causar todo esse tumulto em meu corpo.
E agora eu fico imaginando, se eu me aproximasse mais de você como eu desejo, o que mais me causaria? Será que eu suportaria? Pode até parecer tolice, mas a intensidade do meu amor é forte até pra mim mesma, mas é incrível como você não percebe, ou não quer perceber."
Hoje eu tive que fazer uma força enorme pra não ligar pra ele. Tava aqui pensando em tudo que poderia ter dito enquanto estávamos juntos ainda… Tava aqui me perguntando como eu estaria hoje se tivesse dito antes, tudo que tive vontade de dizer hoje. Teria dito que se a gente se esforçasse, poderia se fazer feliz, porque a gente tinha tudo pra dar certo. Mas aí cheguei à conclusão de que a felicidade não deve exigir esforço. E que se tudo pra dar certo não foi suficiente pra nós, é melhor mesmo que dê errado. Outra conclusão a que cheguei é que eu não teria chegado a essa conclusão se tivesse dito tudo isso antes. E fiquei feliz. No amor, a gente cai antes da ficha, mas a ficha um dia cai. Depois de colocar toda a culpa sobre mim mesma, eu finalmente consegui me perdoar. O difícil já passou.
Se eu pudesse te daria o sol, assim como te daria uma boa dose de veneno, quem sabe assim você não mudaria de ideia e começaria a me enxergar de um outro ângulo.
Amar é uma decisão, não um sentimento!
Eu decidi ama-la exatamente por quem você é, exatamente pelo jeito que é. Com seus defeitos, qualidades...
Abro mão de mim para ama-la. Caso contrario, ficaria comigo mesma.
Amar é ter paciência, é saber perdoar, a ouvir...
Amar não é só quando estamos bem com o outra, e sim ama-la exatamente quando nos deixa triste.
Amamos para fazer alguém feliz, e por isso decidi te amar!
Quero vê-la exageradamente feliz, e consequentemente serei feliz também.
Eu não tenho medo de morrer. Eu apenas tenho dó de deixar a vida. A morte é uma realidade tão cruel que muitas vezes acaba com a vida de quem fica.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
No canal WhatsApp do Pensador, você encontra exatamente isso: uma ideia por dia que faz sentido!
Quero receber no WhatsApp