Eu sou uma Menina Levada mas Quietinha
Esquece. Não tente me decifrar.
Não sou bipolar (talvez um pouco, na dose certa e paliativa), apenas tento sobreviver ao caos, nas relações, promovido pelos desumanos trevosos que ocupam todos os segmentos da sociedade. Seja entre os nossos supostos amigos e/ou conhecidos, seja na nossa família, seja no nosso ambiente profissional, seja entre alguns dos amores os quais não deveríamos ter valorizado nem ter entregue o nosso sentimento mais sublime, seja no ambiente insalubre da política do nosso país e do mundo.
Esquece. Não tente me decifrar.
Não sou bipolar (talvez um pouco, na dose certa e paliativa), só não deixo qualquer um entrar no meu univerdo particular sem senha. Sim, sou seletiva. Sou feliz como sou. O que não significa estar , permanentemente, 100% satisfeita diante de todas as minhas experiências. Mas, fato é que, sou feliz como sou. E percebo que, sendo assim, me decepciono menos do que a maioria das pessoas que eu conheço (acho que passo menos ridículo também).
Consigo extrair pessoas da minha vida, com facilidade, quando percebo que, depois de uma vasta convivência, em nada me acresecentam ou simplesmente só sugam a minha energia. E não me sinto culpada por isso, pois sempre tento fazer com que a boa relação prevaleça e dure. Mas quando a outra parte só me enxerga com uma alternativa para benefício próprio, vira logo "era uma vez..."
E Sigo sozinha, sem olhar para trás. Muitas vezes, a relação também segue, mas sem tempero. Só com água e sal mesmo.
Como alguém que gosta de ler e escrever, viro a página como ninguém.
Ah, mas quando eu gosto de alguém, cuja a reciprocidade nos valores essências, para relação crescer e frutificar, torna-se uma marca e eu sinto que realmente vale a pena que este alguém se mantenha na minha vida, sou fechamento e não me privo de dedicar-lhe afeto. E demonstro muito mais nas formas menos convencionais. E dispenso a publicidade e a plateia.
Ao máximo possível, evito atender a demanda espontânea de alguém para que eu pratique a hipocrisia, na nossa relação. Por mais que seja uma necessidade da outra parte, ela que cresça e aprenda a lidar com a minha transparência. Egocentrismo? Eu também não deveria aprender a lidar com a imaturidade dela? Talvez, mas me permito não fazê-lo, quando a hipocrisia é a base, na troca
Procuro ser verdadeira em todas as minhas personagens. Personagens, Graça? Sim, personagens. Ou vocês acham que temos uma permissão incondicional para ousamos ser uma só pessoa, em tempo integral, diante das tantas faces humanas que cruzam os nossos caminhos?
Contudo, não se faz necessária uma inevitável falsidade. Manter a autenticidade em todas as nossas personagens é que é a grande sacada. É incrivelmente honesto e libertador.
Confundo. Desperto curiosidade. Sou invejada. Sou criticada. Sou mal interpretarda (nada disso paga a cerveja que eu adoro tomar, especialmente no verão carioca). Porém, o que eu sou copiada, não é pouca coisa. Mais do que isso, sou alguém tida como uma pessoa importante para estar na vida de muitos outros alguéns, apesar de eu ser indigesta, nas redes sociais e não raro, na vida real. Afinal, todo mundo gosta da verdade, da sinceridade, da transparência e da autenticidade do outro, mas só na teoria. Na prática não segura e corre logo para a terapia.
Não sou do tipo que enfia goela abaixo a minha presença na vida de ninguém. E também não aturo presença indesejada por muito tempo, quiçá nunca. Dou sempre um jeito de evaporar comigo ou com o outro.
Frieza? Não. Amor próprio. Liberdade para ser quem sou e atuar só quem vale realmente a pena.
Tenho consciência dos altos e baixos emocionais caracteriscos da espécie humana. Sei também ser paciente. Só não tenho paciência para mi-mi-mi infinito nem oportunista. Drama tem limite.
Até aqui, ainda não experimentei o que é ser uma pessoa dependente socioemocional. Quando acontecer, eu conto pra vocês. E tentarei fazê-lo em poesia que é pra vocês não esquecerem que eu também tenho um lado fofo de ser (rs).
Perdoe-me. Perdoe-me, pois sou um ser confuso e ingrato. Tanto amor recebi de quem amo e ainda assim tenho dificuldades em demonstrar esse amor para quem tanto fez por mim.
Imagino que você já saiba que sou muito mais socialista em minha teoria econômica do que capitalista.
Sou pássaro livre,
mas sempre serás meu eterno Colibri,
O pássaro que levarei eternamente em meu coração.
Não sou a favor da proibição do cinema, da música e da entrada de produções audiovisuais estrangeiras no Brasil, mas sou a favor da regulação da distribuição desenfreada destas obras no nosso território. Hoje, um adolescente pobre, que mora no interior da Paraíba, filho de feirantes, com livre acesso à Internet, reconhece de olhos fechados a voz do Goku, mas não sabe quem é o Curupira; assistiu Pantera Negra, mas nunca ouviu falar em Besouro; gosta de Tarantino, mas não sabe quem foi Glauber Rocha; ouve K-Pop, mas não ouve o Tropicália; venera Thomas Shelby, mas desconhece a história de Lampião, do Cangaço, das suas próprias raízes.
"Gaúcho Raiz"
Sou peão, xucro mesmo
Levo minha prenda pela estrada
E não me preocupo com nada
Carrego sempre minha adaga
É ela quem me defende
Sou galdério de traz pra frente
E meu verso
Não é repetente
Sou gaúcho raiz
Nascido lá no rincão
E trago minh tradição
De sapiranga
A porto Alegre
Que aprendi la no galpão
Lembrança do meu casebre
Senhor, diante das incontáveis bênçãos e belezas com as quais todos os dias sei que sou presenteado, peço-te apenas mais, meu Pai Celestial: ensina-me a ter olhos gratos para que eu possa reconhecer tua infinita bondade em cada uma delas.
Você é a pessoa que me completa, tanto como amante quanto como amiga, e sou grato por ter você em minha vida."
NOTURNO
Não sou o que te quer. Sou o que desce
a ti, veia por veia, e se derrama
à cata de si mesmo e do que é chama
e em cinza se reúne e se arrefece.
Anoitece contigo. E me anoitece
o lume do que é findo e me reclama.
Abro as mãos no obscuro, toco a trama
que lacuna a lacuna amor se tece.
Repousa em ti o espanto que em mim dói,
noturno. E te revolvo. E estás pousada,
pomba de pura sombra que me rói.
E mordo o teu silêncio corrosivo,
chupo o que flui, amor, sei que estou vivo
e sou teu salto em mim suspenso em nada.
Não preciso do mundo, apenas de mim. Sou capaz, independente das opiniões alheias. Preciso apenas me amar como nunca antes.
estranha
Sou diferente
Daquelas estranha e infantil
Daquelas que não sabem oque quer ou quer tudo
Daquelas que ama amar
Daquelas que tem medo de amar
Daquelas que fingi amar
Daquelas soltas
Daquelas apegadas
No final eu sou tudo
Sou confusa pra amar
Sei nem por onde começar
Mas eu quero amar
Mesmo não sabendo como funciona
Sou arte bem quebrada
Eu sou desatenta
Mesmo querendo eu escolho não querer
Sou um pouco mal educada
Falo as coisas sem perceber
Choro ao entardecer
Sorrio ao amanhecer
Pra ninguém desconfiar da minha dor
Me finjo de forte por dentro e por fora
Nem falo do meu outro lado pra não usarem contra mim
acostumei me auto sabotar
É o meu costume de se machucar
De dançar e cair
Se rir e chorar
De escrever e parar
De pintar e me sujar
Sou bem esquisita
Não sei puxar assunto
Mas eu falo com os olhos
E se eu tiver gostando de você
Você vai me ver rir sem me esconder
Vou ficar mais em silêncio pra ouvir seu coração bater
E se eu te amar
E seu coração parar
O meu vai fazer questão de parar.
