Eu sou aquilo que Perdi Fernando Pessoa
Por que eu gosto tanto da natureza?
É onde sinto meu laço mais estreito com o Criador, onde consigo silenciar toda a agitação da minha mente e do meu coração. Para qualquer lado que eu olhe, há uma criação divina — sem interferência humana. É um lugar onde a paz que sinto transborda todo o meu ser e renova minhas forças para começar e recomeçar quantas vezes forem necessárias.
É na natureza que sinto Deus me conduzindo de volta à minha essência — sem máscaras, sem cascas.
Enfim, a natureza é a minha igreja: é onde posso me sentar e conversar com meu Pai, sem nenhuma interferência.
É ali que sou tocada e lembrada, com doçura, do Seu amor por mim.
E no calor do teu abraço, que de toda dor e tristeza eu me desfaço, nunca imaginei precisar de algo assim como preciso do teu abraço.
*Como nasceram meus contos.* Eu morava no bairro da Liberdade, em São Paulo e trabalhava em Corinthians Itaquera,por anos.Todos os dias, no metrô, eu era bombardeada por histórias. Pessoas falavam ao celular, discutiam com amigos ou contavam segredos a estranhos. Eu tentava ouvir cada história até o final, mas a multidão era impiedosa. Conversas eram interrompidas, vozes se perdiam no barulho e histórias eram engolidas pelo tumulto e o barulho do abrir das portas . Mesmo assim, eu continuava a ouvir, as que não ouvia por inteiro eu as reenventava... fascinada pelos contos que fluíam ao meu redor. Leila Boás
"A página que faltava em meu diário de adolescente"
Eu sempre fui um adolescente confuso com emoções à flor da pele e segredos guardados. Meu diário era meu refúgio, onde eu podia escrever sobre tudo o que estava acontecendo em minha vida. Mas, um dia, algo estranho aconteceu. Uma página do meu diário desapareceu.
Eu me lembro de ter escrito sobre meus sentimentos seria eu artista ou advogado sei lá ...minha relação sobre as brigas com meus pais e sobre as noites insones pensando no futuro. Mas, aquela página específica... eu não me lembrava do que havia escrito.
Com o tempo, comecei a me perguntar o que poderia ter escrito naquela página que era tão importante que eu havia esquecido. Será que era algo sobre meu maior medo? Ou talvez algo sobre meu maior sonho?
Um dia, enquanto estava arrumando meu quarto, encontrei um pedaço de papel no chão amassado. Era a página que faltava. E lá estava escrito: "Eu sou o Penha o cara forte, eu sou capaz, eu sou suficiente." Aquelas palavras me fizeram chorar, pois eu havia esquecido de que eu mesma havia escrito isso.
A página que faltava em meu diário de adolescente me fez perceber que, às vezes, precisamos redescobrir quem somos e o que somos capazes de fazer. E que, mesmo quando parece que estamos perdidos, podemos encontrar a resposta dentro de nós.
Entre as vírgulas da vida, me surpreendo com o ponto da morte e como eu queria que esse não fosse o ponto final. Eu queria escrever adeus para quem eu amo e dar tchau para quem me despreza, amar alguém que me pertence e desprezar quem não me suporta; se seria mesquinho e egoísta da minha parte, eu não sei. Nem consigo imaginar tamanho vazio nas mensagens que nunca chegarei a escrever; me verão de longe, sabendo que nunca mais me verão de perto; me abraçarão nas imaginações e me perderão no que é real. Se é que para mim, depois de ir para algum lugar que não tem fim.de alguma forma importaria o que é real... Será que todo esse tempo de nada servirá para alguma coisa depois que nada servir mais para nada? Será que o amor que exalei foi dissipado pelo vento ou propagado pelo ar?
Em um ônibus me encontro e, capotado, estou diante da estrada da vida; um soluço bastaria para me engasgar com uma dose de amargura e uma dose de desalento. Serei eu o bêbado que nunca bebeu ou a vítima que morreu no boteco de tanto se embriagar com doses de pessimismo? Mas nem tudo é história ruim; em mim bate o coração, dirão para mim que são coisas fisiológicas, e eu direi que não há lógica no meu físico, pois sinto que ele aperta quando o calo aperta e a dor me acerta. Serei eu poeta controverso que amor carrego em cada verso, ou um poeta sem sucesso que do dinheiro não me sobrou nem um resto? Escrevo pouco todos os dias, mas escrevo minhas agonias, e isso é muito para mim."
Hipocrisia é quando eu tento achar um adjetivo para um hipócrita e quando eu vejo, eu já estou virando mais um.
Eu vou me deixar
Sobrando no caos
Rasgando as lembranças
De noites de sóis
Prazer em viver
Desatando os nós
Daqueles que vivem
Procurando por nós
Sou o todo vazio
Buscando lençóis
As vezes em risos
As vezes sem voz
Quem pode me leva
Quem deve me entrega
Aquilo que as vezes
Nem eu mesmo sei
No fundo me sinto
O assunto preciso
Que fecha um ciclo
Mas abre um inciso
Que traz um troféu
Por vezes sem mel
Estrela que brilha
Sem paz no luar
Sou a forma que mede
O entorno a plainar
Um dia me aprendo
E vibro em frequência do mar
Florada querida
Abelha no ar
Cemitério.
Madrugada.
O orvalho fede a lembrança e carne velha.
E eu tô ali.
Com flores murchas na mão
e esperança enfaixada em gaze suja.
Sabe o que é amor?
É escavar a terra com as unhas
porque a pá ficou leve demais.
É sentir o cheiro de formol
e ainda assim achar perfume.
É abrir o caixão devagar,
como quem desembrulha um presente proibido.
E lá está ela.
Minha musa cadavérica.
Rainha do silêncio.
Pele cinza como as manhãs que eu perdi.
Lábios rachados,
mas o sorriso?
Mais sincero que o de muita gente viva.
Dizem: “isso é doente.”
Mas eu te pergunto:
e aquele cara que finge amar só pra não dormir sozinho?
Ou aquela que sorri por obrigação no jantar de família?
Quem é mais doente?
Eu amo cada verme que beija tua carne.
Cada lasca do teu osso que brilha na luz da vela.
Eu passo os dedos pelas costelas
como quem dedilha um piano
e ela me canta, em silêncio.
Uma ária morta.
Um sussurro do além.
Te vesti com seda e desespero.
Te deitei no lençol da minha culpa.
E fiz juras que até Deus viraria o rosto.
Mas ela não.
Ela me olha com olhos secos
e ainda assim me vê por inteiro.
E sim, a cama geme.
Não de prazer.
Mas de peso, de passado,
de pactos que não têm volta.
Eles me odeiam e eu sinto isso, eles queriam ter o que eu tenho em meu pescoço, eles não sabem como é ser eu e como é se sentir mau
Eu estou rindo para a morte
Eu a sirvo com whisky e xanax
Ela me encara me negando a morte
Ofereço dólares
E ela brinca comigo
"nunca diga eu não sei. Diga, o que eu posso fazer para realizar isso? A primeira é uma afirmação, A segunda é uma pergunta. A primeira coloca seu cérebro para dormi. A segunda coloca seu cérebro a pensar"
Seria o amor um sentimento essencialmente positivo? A resposta eu não sei, mas afirmo que as marcas de todos os que passaram foram dolorosas.
Aceitamos sempre os desencontros da vida, por sabermos que eu e você sempre fomos um. Nossos reencontros são momentos revigorantes do nosso amor, por estarem escritos na eternidade.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp