Eu Sou
“Eu sou desprovido de inteligência por não entender ou você é desprovido de inteligência por não saber explicar?”
Não há nada
mais santificado
do que uma
vadiagem poética,
eu sou o quê
você procura
no meio
da bagunça
do seu coração.
Inspiro e respiro
aquilo que nutre,
e te traz fascinação.
Transpiro em verso
aquilo que sugere,
e te traz inspiração.
Não há nada mais
o quê ocultar,
escrevo poemas
para os lábios
teus abastecer,
e me incendiar
mais ardente
do que uma
vela no altar.
Seduzo em prosa,
aquilo que desejo,
e atrai por sedução.
Induzo em canto,
aquilo sem reverso,
e que já é paixão.
Não há nada
mais delicioso
do que uma fuga
do cotidiano,
eu sou o quê
te desafia,
e provoca
real encanto
trazendo revolução.
É fato mais do que consumado:
eu sou um pedaço de você.
A tua estrela de todas horas:
matutina, vespertina e anoitecida
No afã de viver a vida de carícia
Só me alimentando de você...
É assim que comecei a surgir:
nascendo do amor que vive.
O mais lindo pedaço brotado
- dentro do teu coração.
Fiz-me de irresistível paixão,
Só para viver dentro do teu coração.
É sempre assim, e sempre será:
eu gostando de você, e você de mim.
O brilho mais lindo nos meus olhos
- espelhando o brilho desses olhos
Dessa tua doçura que ninguém resiste,
E que o meu coração jamais desiste.
Você não
se deu conta
Eu sou o que sou,
- autêntica
Escrevo por escrever,
E nem um pouco
oculta,
- sou a letra
depravada
Eu sou a boa
literatura,
Correndo nua
pela rua,
Escrevo o quê sinto,
Tudo o quê penso,
Até registros,
Faço arte pela arte,
Filha da criatividade,
Um tanto santa,
Porém, satânica confessa.
Podes ir, mas sei
que volta,
Vais com todos
os meus versos,
- na ponta da língua -
Silabando cada um,
Como o mel
que escorre,
Do meu estuário,
Para a tua boca,
e não te basta,
Além das orbes
celestes,
Lá estão
escritos os poemários
- todos registrados -
Em linhas intimistas
e bacantes,
Para embalar
poetas e amantes.
Você não
se deu conta,
Não escrevo
para você,
Escrevo para
celebrar a vida,
Brindar o amor
E cantar a paixão,
Para esperar
o amor que virá,
Lindo e ardente
como um verão,
Com dias de Sol
e noites
estreladas.
Cada linha
desse poema,
É confissão
plena,
sem confusão,
Liberta
de qualquer
conflito,
Que segue
a vida serena,
Portanto,
siga e voe
para longe,
Em cada asa
sua haverá
o meu rimário
Desse amor
resguardado
num sacrário.
Talvez você não
me enxergue,
Assim como eu sou,
Talvez você
não me amou.
Sim, o teu
discreto olhar
Traz para mim
uma esperança
- única -
Como um vagalume
a voar.
Talvez você
não me perceba,
Sou vegetação rasteira,
Sim, eu floresço;
Desabrocho,
Sou estrela-flor,
- em esplendor
Cravada nas areias.
Talvez ainda
não me ame,
Porque não
me conhece
- direito -
Nascida para
te amar,
- devotadamente -
Para satisfazê-lo
INTEIRO.
Eu sou a morena de Jarapatinga,
Você me olha, e eu faço graça,
Cheiro de mar e lábios de pinga,
A minha sempre cor convida,
Para a secreta e boa insídia,
Porque és caçador, e eu a caça,
Em si a regra a gente cria,
Quando o assunto é amor,
Não há caça e nem caçador.
Eu sou a tua Musa alagoana,
O teu coração bate por mim,
O amor jamais engana,
O meu vestido tem decote,
O vento o acaricia,
Ele é de chita,
E nem por isso é menos nobre.
Eu sou a tua morena cigana,
Que jamais reclama,
Só pede, e reza...,
Para um dia ser por ti amada,
E que só sabe dizer sim,
Quero você todo para mim;
Tenho cheiro de alfazema fresca,
Balanço como as ondas do mar,
Você nunca irá deixar de me amar...
A cúpula de Al-Aqsa
brilha na cidade antiga,
Eu sou o seu paraíso,
você é o meu presente
e meu poema bonito;
O nosso Universo por
acaso foi construído,
A almenara de amor
está sob o transe mistico.
Cada rima minha
tem a ligeireza
de uma Cutia,
Eu sou Poetisa,
e se você prestar
atenção escrevo
mais de uma
poesia todo dia.
Dança o Jacarandá-do-litoral
com a sinfônica ventania,
Você sabe que eu sou
o ar que você respira,
A tal mulher misteriosa
sonhada com olhos abertos
e feita totalmente de poesia.
Versos Intimistas que levam
tudo da Taipoca amorosa,
Você sabe que eu sou
a sonhada dama delicada
e cheia de paz afetuosa
que anseia pela sua
mão amável e carinhosa.
EM DEFESA DO MEU EU
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Pelo visto, você acabou descobrindo que eu sou um ser humano. Decepção; né? Não cabia em seu conceito, que um poeta romântico e socialmente sensível tivesse lá seus arroubos de franqueza tosca. De crueza e até de alguma injustiça. Ficou estampado em sua concepção distorcida, que um brinquedo padronizado como eu jamais lhe contrariaria. Que a minha ingenuidade como carrossel afetivo a manteria no lombo enquanto você quisesse... e sempre do jeito que você bem quisesse.
Precisei derrubá-la de seu andor. Não por maldade, mas por defesa. Em nome de minha pessoalidade; a manutenção de meu eu mais fundo. Alimentar seus caprichos, mesmo involuntários, de quem quer e não quer, expulsa e chama e no fim das contas não sabe a que vem ou não vem, fere frontalmente minha natureza livre. Resolvida. Dona do querer que tem. Sempre de bem com os próprios erros, acertos, defeitos e até virtudes que autenticam a própria existência.
No fundo, bem lá no fundo, não foi um problema para mim você não saber o que queria. Isso é bem compreensível. Eu mesmo, tantas vezes me flagro sem a menor ideia do que eu quero. O que me fez cair do poeta e ser abruptamente humano, foi a renitência com que você forjou querer como eu, me levando ao aparato ridículo de cena e cenário que serão sempre ridículos nas esperas frustradas não exatamente de quem não sabe o que quer... mas de quem não sabe o que não quer.
GRINGO AMOR
Demétrio Sena - Magé
Sem você
não tenho ninho nem clã...
Eu sou um vaco sem boia;
um éguo sem cavala;
quiçá cadelo sem cã...
Se lhe perco,
acho que fico sem fala...
Sou ovelho sem carneira;
abelho sem zangã
ou um galinho sem gala...
Sem seus olhos,
decerto minha'lma migra...
E viro cabro sem boda;
um leoo sem leã;
talvez tigreso sem tigra...
Não lhe ter
até me mata de ataque...
Acabo fêmeo sem macha;
damo sem carvalheira;
não tenho pátria e sotaque...
A mercê
deste flanco dolorido,
não quero munda nem vido...
sem você.
... ... ...
#respeiteautorias É lei
Ainda bem, meu anjo, que você me deixa chorar. Eu sou forte, mas tenho tanto medo do dia em que eu não me aguentar em meus próprios pés. Eu sou rápida em questão de fugir deste destino rígido e tenebroso. Ainda bem, meu querido, que você não fecha os olhos para minhas feridas, porque quer queira ou não, elas estão aqui - pulsando, flamejando, martelando em minha carne fina que se desmancha aos poucos. Todas as vozes acham bobagem, que tolice, que tolice, menina, pensar assim em tristezas profundas, pensar assim em finais tão bruscos. Eu me sustento. Ah, amor, queria ficar eterna em seu abraço. Se a morte fosse assim, quente, aconchegante, jovem com alma idosa, eu seria feliz. Se sua promessa fosse possível, eu seria borboleta e não teria medo de mostrar voo em apenas um dia, depois cairia com as asas flácidas. Mas o escuto, meu bem, presto atenção em cada palavra que sai dessa boca bonita e confiante, e você está certo. Eu sou dançarina, mesmo em duas faces, em dois cubículos tão opostos - dançarina gótica e dançarina rosa. Seus olhos que pousam tão penosos em meu choro me reconfortam, são uma chamada de compreensão a qual eu nunca tive. Não houve falhas, só reconhecimentos. Também não haverá futuros, só hojes. O agora se repetindo dia após dia, porque tem uma letra de música que eu não lembro, mas que dizia que o amanhã não existe mesmo. Então, anjo, eu durmo, você me aperta em seu peito, sinto seu coração tão vivo, e tão leve, e tão inteiro, e tão amado, descanso sorrindo. Assim, com aquele sorriso que você mais gosta, puro, essência.
Algumas Pessoas Falam que eu sou Marrenta e Metida,Podem Ficar Tranquilos Pois é Tudo Verdade.
SÓ DO MORAL A QUEM TEM!
Antigamente eu achava a Sally muito inteligente, mas só de
burro que eu sou. Só porque ela entendia de teatro, e peças, e literatura e todo esse negócio. Quando as
pessoas sabem um bocado sobre essas coisas, a gente leva um tempão para descobrir se são burras ou não.
Eu não espero nada de ninguém,
as pessoas não me darão nada de volta,
eu sou bem pessimista e cético em relação a isso,
abri-lhes as portas do seleiro para que venham me saquear,
muitos ladrões travestidos de amigos/amores,
dispostos a levar de tudo, minh'alma ficou, objeto vulgar e sem valor,
ando por ai nu, sujo e de mão estendida, e ainda tenho muita esmola pra dar,
mas por favor nenhum nesse mundo venha me ajudar,
pois os que agradecem recebem de mim um abraço gentil,
como um brinde no ovo de pascoa, mas os que retribuem o abraço,
esses sim ganham por mérito um lugar no meu coração,
bendita gratidão inexistente!
