Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu

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É preciso rebolar para atrair uma multidão. Se eu só ficasse lá parado, cantando, sem me mexer, as pessoas diriam que poderiam ficar em casa, ouvindo os meus discos. É preciso montar um show para as pessoas.

Elvis Presley

Nota: Em entrevista

"Eu queria que a gente fosse pouco mais construtivo, mais aberto as possibilidades boas. Queria que em vez de hostis e agressivos fôssemos mais gentio e *Civilizados*.

Eu bem que me controlo, mas sou tão sensível.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em 8 de julho de 1944.

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Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes
MORAES, V. de. Antologia Poética. Rio de Janeiro.1960

Nota: Trecho de "Soneto de Fidelidade"

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Pensei na palavra desajustado um momento. Talvez fosse a melhor descrição de mim mesma que eu já tivesse ouvido. Onde foi que um dia eu me encaixei?

Agora eu conheço esse grande susto de estar viva, tendo como único amparo exatamente o desamparo de estar viva. De estar viva – senti – terei que fazer o meu motivo e tema. Com delicada curiosidade, atenta à fome e à própria atenção, passei então a comer delicadamente viva os pedaços de pão.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Trecho.

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Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão.
Eu sou amor e carinho constante, distraída até o bastante, não paro por instante.
Já tive noites maldormidas, perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas não prometidas.
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar. Pensei em fugir, para não enfrentar, sorri para não chorar.
Tenho saudades de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo,
amigos que acabei perdendo. Mas continuo vivendo e aprendendo...

Martha Medeiros

Nota: Autoria não confirmada.

"Eu tenho a impressão que a hora que eu chorar, vai ser o choro mais triste do mundo."

E eu vou estar te esperando
Nem que já esteja velhinha gagá
Com noventa, viúva, sozinha
Não vou me importar

Vou ligar, te chamar pra sair
Namorar no sofá
Nem que seja além dessa vida
Eu vou estar
Te esperando

Luan Santana

Nota: Trecho da música Te esperando.

'Trecho Chason du mois de mai (canção do mês de maio)'

O burro o rei e eu
Estaremos mortos amanhã
O burro de fome
O rei de tédio
E eu de amor
No mês de maio

A vida é uma cereja
A morte um caroço
O amor uma cerejeira.

Eu tentei não me apaixonar, não me importar, não pensar e não chorar. Mas foi mais forte que eu.

Está faltando o sonho no que eu escrevo. Como viver é secreto! Meu segredo é a vida. Eu não conto a ninguém que estou viva.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Você é o brinquedo caro e eu sou a criança pobre.

Quem vive de migalhas são pombos e ratos.
Eu quero o amor inteiro!

Eu não suporto a saudade que tenho de mim ocupando espaço em você.

Eu gosto é do conversar despropositado,
do pensar bem-humorado sobre qualquer bobagem,
do caminhar sem pressa por alguma praça
do carinho puro e genuíno
sem intenção com alguém.
Gosto de cumplicidade,
intimidade e união entre duas pessoas,
gosto de uma coisa chamada amizade,
que tanto tem faltado entre aqueles
que julgam estar vivendo uma grande paixão...

Não adianta, eu já nasci assim. Sou retardada por natureza.

Eu cresci. Por dentro e por fora (e, reconheço, pros lados). Sou gente grande, como se diz por aí. E o mundo à minha volta, à nossa volta, virou aldeia, somos todos vizinhos, todos vivendo apertados, financeira e emocionalmente falando. Saudade de uma alegria descomunal, de uma esperança gigantesca, de uma confiança do tamanho do futuro - quando o futuro também era infinito à minha frente.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Coisas da Vida. Porto Alegre: L&PM, 2009.

Nota: Trecho da crônica "A interferência do tempo"

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Mas o problema é que você, meu caro, nunca saberá nem eu lhe poderei nunca dizer como se traduz, em mim, aquilo que você me disse. Não falou turco, não. Eu e você usámos a mesma língua, as mesmas palavras. Mas que culpa temos nós de que as palavras, em si, sejam vazias? Vazias, meu caro. Ao dizê-las a mim, você preenche-as com o seu sentido; e eu, ao recebê-las, inevitavelmente preencho-as com o meu sentido. Pensámos que nos entendíamos; de facto, não nos entendemos.
E conto velho também é o facto de o sabermos. Eu não pretendo dizer nada de novo. Apenas volto a perguntar-lhe:
- Porque continua, então, a proceder como se não o soubesse? Porque continua a falar-me de si se sabe que para ser para mim como é para você mesmo e para eu ser, para si, como sou para mim, seria preciso que eu, dentro de mim, lhe desse a mesma realidade que você dá a si mesmo, e vice-versa, e isso não é possível?

Estou aqui, Senhor. Eu orei, acreditei, vivi e venci. Abençoados são os que têm fé e confiam em Deus.