Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu

Quando eu saio para a rua, algumas coisas que eu já vi e já vivi me impedem de poder sorrir.

Na sexta-feira volto a ser quem eu era e na segunda deixo de ser quem eu sou.

Tudo que eu sou hoje é fruto do que um dia achei que eu tinha que ser, e do que achava que eu tinha que viver, por pensar que seria bom para o meu desenvolvimento.

Um dos problemas da liberação do porte de arma é saber que eu mesmo, que sou contra a liberação, se tivesse o porte, poderia ser em alguma situação, um atirador em potencial.

Não se iluda, uma das pessoas mais legais que eu conheci foi a mesma que foi uma das mais tóxicas e destrutivas na minha vida. Não generalize as pessoas para o bem e nem para o mal. E lembre-se de que uma característica boa não anula uma característica ruim.

Tenho alguns amigos que eu considero como irmãos, mas que ainda assim eu não confio para algumas coisas. Infelizmente, é preciso saber que a vida tem dessas.

O álcool me traz a paciência para pensar e refletir que eu não tenho quando estou sóbrio.

Eu me encaixo entre o cara que dança – não importa o que aconteça – e o cara que fica sem paciência por qualquer coisa.

⁠Jesus foi crucificado, meu amigo. Jesus foi crucificado! Eu que sou mil vezes menos, serei crucificado mil vezes mais.

⁠Uma parada que eu me amarro de fazer é pegar o busão e ficar olhando pra fora, vendo a vida acontecer, evitando ao máximo de mexer no celular. (Tô até meio bolado agora de tá parando pra escrever isso enquanto tô aqui, e talvez perdendo alguma coisa lá fora). Peguei o 557 e sentei no fundão, na última fileira, do lado esquerdo. Tentei abrir a janela pra colocar o braço pra fora e sentir aquele ventão na cara, mas não deu pra abrir muito. Fiquei meio bolado porque só abriu até um certo limite curto. Olhei pro lado direito, para a outra janela, pra ver se abria mais, e notei que nem tinha janela, era só o vidro. Parei de reclamar.

⁠Às vezes, quanto tô em festa, e o álcool bate e a percepção muda, eu começo a escrever.

⁠Deveria ser o lema: se eu não fiz sóbrio, eu não faço doidão.

⁠⁠Eu queria ter mais poder sobre o mundo. Tô cansado de ver quem faz o errado continuar fazendo o errado.

Saudades da gatinha que entende o mundo como eu, ou talvez ela entenda até melhor. "Descaralhei" nos últimos tempos porque me alivia, e me faz esquecer um pouco. Não aceito como o mundo é, mas reconheço, e tento não morrer frustrado... Que, no final das contas, na verdade, é o que provavelmente vai acontecer com todos nós.

⁠Se eu já tinha cara, agora tenho toda a pinta.

⁠Eu sou o tipo de cachorro que anda sem coleira na rua.

⁠Se eu lembrar do que eu tive que fazer até aqui, eu choro.

⁠Quem escolhe o que é melhor ou não, não sou eu, as coisas que se mostram pra mim.

⁠Voltar de viagem me causa uma sensação muito estranha, sinto como se eu tivesse deixando uma parte de mim pra trás.

⁠Me surpreendo com a quantidade de vezes que eu posso me desiludir.